domingo, 31 de maio de 2009

Em Destaque: ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS

ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS (assina: A. A. de Assis).
Nasceu em São Fidélis – Estado do Rio de Janeiro, no dia 07 de abril de 1933. Reside em Maringá.Hoje aposentado, foi professor do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Maringá – Paraná.Integrante da Academia de Letras de Maringá e da União Brasileira de Trovadores (seção de Maringá).Editor do boletim trovia, da UBT – Maringá.Editor do jornal de trovas Trovamar, da UBT – Balneário Camboriú.
Publicações:
Robson; Itinerário;
Coleção Cadernos de A. A. de Assis – 10 volumes;
O português nosso de cada dia;
Poêmica;
Caderno de trovas;
Autor dos versos da “Missa em trovas”.

Livros disponíveis na Internet: e-books
Tábua de Trovas;
Trovas Brincantes;
Cem trovas no Cen (Cá Entre Nós), antologia de vários autores;
60 Trovas de Amor, antologia;
60 Trovas de Humor, antologia;
60 Trovas de Saudade; e,
Triversos.


Um Soneto do autor:

POR UM BEIJO

Por um beijo eu lhe dou o que sou e o que tenho:
os bons sonhos que sonho, as plantinhas que planto,
a pureza, a alegria, as cantigas que eu canto,
e o meu verso se acaso houver nele arte e engenho.

Por um beijo eu lhe dou, se preciso, o meu pranto,
as angústias da luta em que há tanto me empenho,
as saudades que trago do chão de onde venho,
as promessas que eu faço, piedoso, ao meu santo.

Por um beijo eu lhe dou meus anseios de paz,
minha fé na ternura e no bem que ela faz,
meu apego à esperança, que insisto em manter.

Por um beijo, um só beijo, um momento de amor,
eu lhe dou meu sorriso, eu lhe dou minha dor,
o meu todo eu lhe dou, dou-lhe inteiro o meu ser!

Poeminhas (à moda de haicais):

Florzinha caipira.
Até o girassol, tão nobre,
ao vê-la suspira.

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Um pingo... dois pingos...
não parou mais de pingar.
E se fez o mar.

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Sempre assim supus.
Pirilampo ou vaga-lume,
tanto faz: é luz.

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Trenzinho da serra...
Pa... Pa-ra-ná... Pa-ra-ná...
pra Paranaguá.

==

Releio Pessoa.
Finjo tão completamente,
que a tristeza voa.

A. A. de Assis é o trovador mais premiado do Brasil, em certames nacionais, estaduais e internacionais.

Moderno, poupa viagem
o novo pombo correio:
- Hoje ele manda a mensagem
numa boa, por e-mail...

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De dia caleja a palma
o irmão que cultiva o chão;
de noite alivia a alma
nas cordas de um violão!

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Num tempo em que tantas guerras
enchem o mundo de terror
benditos os que na terra
semeiam versos de amor.


Colaboração: José Marins

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