sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lançamento REVISTA ESCRITA, número 9


Escrita 9, pescada a muitas mãos!

Um trabalhador simples oferece ao freguês o produto de sua labuta diária, inteiramente à mostra, dependurado a um pedaço de bambu. Rotina de Ciudad del Este que chama a atenção do olhar apurado da fotógrafa, que passeia no lado paraguaio do rio. Ainda no Paraguai, agora em Hernandárias, uma jovem brasileira observa com admiração os versos expressos em quadrinhas, escritos por uma paraguaia, ajudante de cozinha, que escreve na língua originária de seu povo, o guarani.
Tudo. Peixe, fotografia, língua e poesia vão parar nas páginas da Revista Escrita, edição número 9, que ganha as ruas e os leitores por meio do programa Tirando de Letra de popularização da leitura. A Associação Guatá - Cultura em Movimento - assina a publicação que, em quarenta páginas, reúne as diferentes formas de expressão e de experimentação da linguagem escrita e visual, através de autores com origens e intenções igualmente diversificadas.

Assim, como uma teia, o emaranhando criativo contido na Escrita, absorve a produção de artistas consagrados e de aprendizes, todos tendo como objetivo central o de promover a expressão. Neste número, 30 autores se revezam nas sessões “olhos”, de artes visuais, e “palavra”, dedicada ao texto.

Os mineiros Iara Abreu e Marcus Venícius participam da Escrita 9 com peças visuais.

A artista Iara Abreu, de Belo Horizonte, por exemplo, conheceu as atividades da Associação Guatá através de uma amiga, escritora, conterrânea de Minas Gerais. Desta espécie de política de leite-e-erva-mate, esta nova edição da Revista Escrita ganhou o traço mineiro e maneiro, com desenhos marcados pela óptica urbana e pela visão sensível lançada sobre a vida nas cidades. Os trabalhos enviados por Iara Abreu para a publicação, integram a exposição itinerante “Aspectos Urbanos”, onde a obra da autora dialoga com poemas de diversos autores espalhados pelo mundo.

Perseguindo o objetivo de proporcionar espaços para todas as formas de manifestação, Escrita mantém as portas abertas para os recém-chegados ao universo criativo. A dona-de-casa Maria Theolina Guder Welter, a estudante e comerciária Alana Carla Borges e a também estudante e artesã Estela Valiati oferecem a sua poesia, enquanto que o músico Fumê abandona temporariamente a viola para apresentar a sua fotografia, extraída de momentos do cotidiano.

Da fronteira, a fotografia de Letícia Lichacovski e a poesia guarani de Sonia Barreto

Entre muitas outras surpresas, Escrita 9 traz três contos da paulista Vanessa Campos Rocha. Conversam com eles, a poesia paranaense de Rodrigo Garcia Lopes e de Andréa Motta. Ele, escritor de Londrina e um dos editores da revista cultural Coyote. Ela, de Curitiba, editora do blog Simultaneidades.

Aliás, o levante literário dos paranaenses se completa com a homenagem a dois escritores já falecidos. Do poeta Paulo Leminski, que morreu em 1989, a Revista Escrita ressalta a contribuição sobre a (in) utilidade da obra de arte. O conjunto se completa com o conto exasperado de Walmor Marcelino, escritor e jornalista catarinense que escolheu Curitiba para viver, e que faleceu no final de setembro.

Em dez números, incluindo uma edição experimental, a Revista Escrita já publicou mais de 300 autores, preservando sempre como princípio a liberdade e a autonomia de criação dos seus autores. Entre os seus colaboradores, figuram artistas paranaenses, de várias outras cidades brasileiras e pessoas que vivem em outros países do mundo. ]

TIRANDO DE LETRA – A cada número da Revista Escrita lançado, todas as escolas da rede pública estadual de educação são contempladas com exemplares gratuitos da publicação, através do Programa Tirando de Letra, mantido pela Associação Guatá com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, a Itaipu Binacional e de apoio cultural mantido por empresas locais. Cerca de 40% dos exemplares da revista chegam a estudantes, professores e bibliotecas de 64 escolas, espalhadas por 10 cidades da região, para serem utilizados durantes as aulas de literatura, artes e em atividades de leitura e de produção de texto.

Conforme a professora Djeuci da Silva, coordenadora da equipe pedagógica do Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu, instituição que oferece apoio ao projeto auxiliando na circulação da publicação, a distribuição da Escrita é feita de acordo com o número de alunos de cada estabelecimento, variando entre 30 e 50 exemplares dirigidos a cada escola.

(Paulo Bogler/Guatá
Fonte: Guatá

Um comentário:

Arroz312 disse...

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