quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Palavra Fiandeira: Entrevista Glória Kirinus

O Blog Palavra Fiandeira, REVISTA DE LITERATURA,publicou em dezembro último, excelente entrevista com a escritora Glória Kirinus. Vale a pena conferir!

No editorial esclarece: "É preciso que a força da poesia invada os corações aflitos. Ela é mesmo uma força, que está além do simples trançar das letras, das rimas, dos rumos e dos muros. Talvez seja apenas a mais delicada forma de se dizer. Aquilo que está nela é ela. PALAVRA FIANDEIRA é também poesia, e vela pelos que embelezam a alma. Nesta edição uma poetisa, uma escritora, uma autora de livros infantis. Ouçamos a sua palavra, vamos nos enredar em sua leveza. Quem sabe ela nos poderá dizer que o mundo pode ser como o menino e a menina querem. Com vocês, PALAVRA FIANDEIRA! Seguindo a sua audaciosa trilha da felicidade."


Como tecer Glória Kirinus? Como compreender a sua força poética, mansamente refugiada nas frestas dos afazeres cotidianos? Talvez seja de fato apenas uma observadora, ou esteja a extrair dos cantos e recantos das cidades por onde vagueia, a poesia, aquela que a si catalisa o que é puro e sincero. Ela batiza o mundo com as suas sílabas, escreve para crianças, e tateia ousadas reflexões.

Glória Kirinus é poeta, e tem consciência da sua imensa responsabilidade, por isso transita longe das flores banais.

Consegue estar no olhar da criança, e, dona do aprendizado do cerzir as cicatrizes, também encanta-se com a oralidade infantil, por isso segue com verso e conversa com os pequenos.

É teórica e é prática, e a sua prática reside no poetizar. É assim que responde ao mundo e é assim que demonstra o seu estar. Com a sua palavra fiandeira nos leva ao acalanto dos olhos e nos enriquece.

ENTREVISTA - GLÓRIA KIRINUS - PALAVRA FIANDEIRA -EDIÇÃO 15 DEZEMBRO (Trecho)

1. Quem é Glória Kirinus?

No espaço: um pouco peruana, um pouco brasileira.
No tempo: uma sexagenária distraída que perdeu de vista a folhinha que marca os anos.
Na vida: escritora, leitora, mulher, mãe, avó, filha, irmã, amiga.
No trabalho: formiga e cigarra inventando ofícios todo dia... com alguns títulos acadêmicos para avalizar as ousadias.
No planeta Terra:uma habitante a mais
No céu astrológico: canceriana, com lua dupla e ascendente em aquário.

2. Em um de seus cursos, disse que "Ler, Escrever e Compreender um poema ajuda a respirar melhor". Fale-nos sobre isso.

No momento em que estou finalizando um livro teórico “Sintomas de Poesia na Infância”, onde aproveito a terminologia médica para equilibrá-la com a conduta poética da criança, essa pergunta é bem pertinente. Não vou sozinha nessa percepção da poesia como canal de auto-conhecimento e cura do corpo e da alma. Bachelard me acompanha. É ele quem diz:
“toda criação deve superar uma ansiedade. Criar é desatar uma angústia. Deixamos de respirar quando somos convidados a um esforço novo. Há assim uma espécie de asma do trabalho no limiar de toda aprendizagem” (A terra e os devaneios da vontade p. 114).

Não duvido que ler, escrever e compreender um poema ajude não apenas a respirar melhor, como também a viver melhor. Algo de córtex frontal deve ser tocado com a leitura e a escrita. Algo de contaminação feliz deve provocar uma inédita dança celular no corpo e na alma. Algo... Mas quem sou eu para entrar em áreas que apenas adivinho?

Leia a entrevista completa clicando
Aqui!

Fonte: Revista de Literatura Palavra Fiandeira

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