sábado, 17 de abril de 2010

A Poesia do Paraná e seus poetas

SANDRA ALMEIDA — uma miscigenação de mineiros, paulistas e baianos. Nasceu no Paraná está radicada em Rondônia, depois de percorrer diversas regiões do Brasil. Tem 3 filhas (Thays,Rúbia Helena e Maíra) e 2 netos (Joaquim José e Maria Eduarda). Membro Fundadora da Academia de Letras de Cacoal/RO (ACLEC), Cadeira 3, Patrono Machado de Assis. Publicação em vários sites e participação em várias antologias. Geógrafa por formação e poeta por opção!

FIM DE LINHA
© SANDRA ALMEIDA

Quando meus
olhos fingem
não te ver.

É quando meu
silêncio interior
rompe-se.

Sinto-me neutralizada
e tento uma desculpa.

Mas a sintonia desafinou...


PAULO WALBACH PRESTES — Iniciou sua vida literária, quando no científico, em 1965, um professor de português dasafiou a turma, exigindo uma poesia com o tema “Policromia”... em 15 minutos o trabalho deveria estar terminado. Desenvolveu a poesia conectando-a à criação do Universo por Deus, e assim, obtendo o glorioso e inesperado primeiro lugar, lendo-a em todas as salas de aula. Nascido prematuramente a 28/04/45 na fria Curitiba, tem formação em Direito. Entrou para o Centro de Letras do Paraná, através de seu saudoso padrinho cultural, Tulio Vargas, Presidente da Academia Paranaense de Letras. Hoje, Paulo está como o segundo Vice-Presidente da entidade quase centenária, e é associado também da Academia Paranaense da Poesia, as quais participa com assiduidade, alegria e prazer. Escrever é uma questão de sentimento e emoção. A inspiração é soprada por Deus, vem do infinito em forma de poemas, passando pelo coração e canalizando da mente ao papel... A poesia acalma, alegra, faz rir e chorar, desperta o sentimento de gratidão e semeia sonhos pelo universo, direcionando as emoções para o bem.
A família é a célula mãe de uma nação. Tem uma irmã que praticamente adotou como filha, uma sobrinha que acolheu em seu coração e uma neta que o faz virar criança... Além da poesia ou prosa, tem o dom da pintura, da fotografia, e artesanalmente faz réplicas de móveis em miniaturas. Tem uma grande coleção de miniaturas trazidas do mundo inteiro por amigos e parentes. Classificado e premiado nas três modalidades das artes, participando em várias antologias nacionais. Tem um livro feito artesanalmente com o título “ Sonho de Luz”, sobre a França, (que tem o sonho em conhecer) com 45 estrofes sobre aquele país e todo ilustrado, recebendo elogios do Consul da França em Curitiba e do Embaixador da França no Brasil.

APENAS UMA PLUMA
© PAULO WALBACH PRESTES

Sou apenas uma pluma carregada pelo vento;
vou vivendo a minha vida, por aqui ou acolá,
sem morada, sem família e sem ninguém.
Sou apenas uma pluma, desgarrada de meu sabiá...

Não tenho asas, não tenho canto,
não tenho vida, só tenho encanto.
Sou suave, leve solta eu sou,
Sem presa, sem saber para onde vou.

Sou apenas uma pluma do meu sabiá,
que voava e cantava pra viver...
Mas, um dia, triste dia aconteceu:
Uma pedra, dura pedra o abateu.

E soltei-me da plumagem de seu peito,
e do sopro derradeiro, eu voei...
Sou a pluma separada do meu ser,
que morreu, sem saber do meu viver!

Minha vida se é vida, feito assim...
Pouco dela sei, pouco sei de mim.
Pois eu vivo, se o sopro me soprar,
se a brisa ou se o vento me levar.

Mas um dia, a sorte me pegou
pelo vôo de um pássaro de acolá,
carregando-me pelo bico familiar:
Era o bico da mulher do meu sabiá.

De uma vida com passado, sem futuro,
transmutada de um dia para cá...
Do nada, quase nada, virei ninho
da ninhada dos filhotes do meu sabiá!


SYLVIO MAGELLANO — Seu nome de batismo é Sylvio Alvares de Magalhães. Paulista de São José do Barreiro, no Vale do Paraíba, radicado em Curitiba. É poeta titular da cadeira nr.06 da Academia Paranaense de Poesia, cujo patrono é Leôncio Correia. É diretor da Sala do Poeta desta academia. Tem poemas publicados em várias Antologias. Seu livro de poemas denominado “O casarão”, será lançado em breve.

COMO DA VEZ PRIMEIRA
© SYLVIO MAGELLANO

Percebi que você chegou,
No escuro da noite
Se aconchegou.
Como da vez primeira.

Depois que tantas luas se passaram,
Me afastando cada vez mais,
Novamente lhe conquistava.

Sentia na presença o aroma que é seu.
Nuances de perfume na solidão compartilhada.

No brilho dos olhos, cumpliciados desejos,
Provei cada gota de suor
Como o sol suga as águas do mar.

A noite fugaz de amor passou,
No horizonte, tingiu uma cor alaranjada,
Ainda de madrugada,
Suavemente saiu... como chegou.

Nenhum sorriso sobrou.


LUCY REICHENBACH — Heterônimo de Maria Lucia Ferreira Barbosa, nascida em 28 de outubro, formada em Direito pela Universidade Estadual de Londrina e pós-graduada em Direito Ambiental pela Universidade de Castilla La Mancha, Toledo-Es. É Promotora de Justiça aposentada e dirige uma sociedade de advogados em Londrina, Estado do Paraná. Em 2004 retomou o hábito de escrever em versos. Seu estilo é o de versos brancos ou livres. Preocupa-se mais com a mensagem e menos com a métrica, rima ou ritmo. Publicou seus poemas pela primeira vez em Cantos do Mundo, uma antologia cooperada luso-brasileira pela Editora Abrali, mantém a Oficina de Poeta (http://www.oficinadepoeta.org/), seu site http://www.lucypoesias.com/, além de dispor de uma página no portal www.abrali.com. Tem no prelo sua primeira publicação solo, com o título Meta-Morfose pela editora abrali em data ainda indefinida.

RÁBULA DA POESIA
© LUCY REICHENBACH

Sou ignara da estrutura poética,
não sou poetisa nem menestrel,
tenho rudes noções de estética,
mas tomo a pena como ao pincel!

Por norte tenho minha emoção
que expresso sem compromisso,
tecida nas malhas deste coração,
ali derretido, algures insubmisso...

Poemas, de versos, ou de prosa
importa conter naco de poesia,
podem mostrar uma alma furiosa
ou uns versos com sediça ironia

Versos loucos, nihil, dadaísmo
o tema pode ser um panejírico
e até apresentar subliminar lirismo
ou assumir feições e tons satíricos

Tudo é vão, que restou dos sofistas?
Sua eloqüência jaz na vala tétrica
Igual destino tiveram os puristas,
todos viajantes míticos desta terra...

Não me seduz a fama ou a glória,
já as tive e provei noutras searas...
Fugazes e escorridas da memória,
vão-se todas! E levam até a tiara...

Um comentário:

Anônimo disse...

Silas Corrêa Leite, criado desde os seis meses de idade em Itararé, sul do estado de São Paulo (que ele chama Santa Itararé das Artes), nascido no bairro de Harmonia na cidade Monte Alegre, Paraná (hoje Telêmaco Borba, nome de um bandido e jagunço com o qual o escritor não concorda), é Teórico da Educação, Jornalista Comunitário, Conselheiro em Direitos Humanos (SP), e escritor, poeta, contista, romancista. Participou de mais de cem antologias literárias em verso e prosa, muitas delas fruto de premiações em concursos literários de renome, inclusive no exterior. Tem contos, artigos, ensaios, poemas, críticas, letras de rock, etc. publicados em quase 500 sites, inclusive em língua espanhola, e em dezenas de publicações como Revista Ao Mestre Com Carinho, Revista da Web, Revista Construir, Revista Panorama Editorial, jornal Correio do Brasil, Jornal de Letras, O Boêmio, etc. Premiado em alguns concursos de renome como Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-SP), Prêmio Paulo Leminski de Contos (PR), Prêmio Inacio Loyola Brandão de Contos (SP), Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor (SP), Prêmio Microcontos Simetria, Portugal, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia (Livro O Homem Que Virou Cerveja, Giz Editorial, SP, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio), entre outros. Foi resenhista do site Leia Livro da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e premiado no Mapa Cultural Paulista. Autor de Porta-Lapsos, Poemas, e Campo de Trigo Com Corvos, Contos, Editora Design, finalista do Prêmio Literário Telecom de Portugal. Autor do e-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE, onze contos fantásticos, cada conto com três finais, um feliz, um de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, destaque na mídia, inclusive televisiva (Metrópolis, Provocações, TV Cultura), Rede Band (Momento Cultural, Márcia Peltier), Rede 21 (Programa Na Berlinda), e ainda no Estadão, Jornal da Tarde, Diário de São Paulo, Revista Época, Minha Revista (RJ). Tal obra, pioneira, de vanguarda, única no gênero, é o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, e foi recomendada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem, na Universidade de Santa Catarina, tese de Mestrado da Universidade de Brasília e Tese de Doutorado na UFAL-Universidade Federal de Alagoas. E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br – Livros a venda nos sites www.livraricultura.com.br ou na Livraria Martins Fonte via www.cronopios.com.br