quinta-feira, 3 de junho de 2010

Talento Jovem: Valéria Borges da Silveira

Natural de Curitiba reside na Lapa – Paraná. É filha de Maria Inês e Luiz Carlos Borges da Silveira, tem uma filha. É graduada em Administração com habilitação em Comércio Exterior e pós-graduada em Direito, em Gestão Empresarial e em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar. Atualmente é Secretaria Municipal de Cultura da Lapa, Vice-Presidente Conselho Municipal da Mulher da Lapa – PR, Presidente Associação Literária Lapeana, Presidente Comissão de Cultura da BPW, Idealizadora e Coordenadora da UTIL – Universidade da Terceira Idade da Lapa e Coordenadora do Projeto CRIANÇAS.COM. Participa de diversas antologias além de possuir diversas publicações solo entre elas: “Rastos”- (Poesias, 2000) e em Versão em Braille – 2005. Lapa, Tropas e Tropeiros: Caminhos da História (2006) em co-autoria com Maria Inês Borges da Silveira e “Tantos Eus” (poesia – 2007). Em seu percurso literário, obteve várias premiações. Participa de diversas entidades culturais, é coordenadora cultural Instituto Histórico e Cultural da Lapa, coordenadora geral Instituto Borges da Silveira, além de membro Centro de Letras do Paraná, do Centro de Letras de Pontal do Sul/PR, da Academia de Letras e Artes de Pato Branco-PR, Academia Cultura Curitiba, Academia Paranaense de Poesia e da Academia Paranaense Feminina de Letras.

A poesia de Valéria:

AGUA

Como uma voz que em segredo
Reza em momento de magoa,
Sai gemendo um fio d’água
Do coração do rochedo.
O sangue branco das águas...
A água correndo...
Parece a ladainha amargurada
De alguém que está sofrendo...
Água...
Sangue vivo no rio, como em artérias,
Estuante, e pelos córregos azuis, pelos veios
A fecundar o corpo vivo e esquivo da terra,
A tumultuar, no leito das areias...
Estás presente nas vasas deletérias
Onde a vida se perde,
Na decomposição do brejo verde,
Nos riachos do Brasil...

*
APENAS PALAVRAS

... E as palavras correm soltas no papel
Como saíssem de minha boca
Belas, loucas
E eu me calo como quem esconde o rosto
E leio minhas palavras
Nem perfeitas, nem eternas, nem mesmo algo mais absoluto,
Sou isca de minha própria vida, palavra.
(do livro - TANTOS EUS)

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