sábado, 28 de agosto de 2010

O Blog Simultaneidades por Isabel Sprenger Ribas

O Blog Simultaneidades é um excelente mecanismo de divulgação das expressões artísticas e dos eventos ocorridos em nossas entidades culturais de Curitiba e do Estado do Paraná.
Observa-se o profundo interesse de Andrea Motta, sua idealizadora, ao registrar todos os eventos de relevância que ocorrem em nosso meio cultural. Além do item Últimas Atualizações deste Blog, que permite ao leitor acompanhar os fatos conjunturais de idêntica relevância e os históricos de modo sempre atualizado, ali são feitas as alusões ao passado e aos fatos que merecem e precisam ser rememorados para que nossa história não se perca. Neste número de Simultaneidades aparece “Um Passeio pela História: 29 de Agosto de 1853, Criação da Província do Paraná. Eis que estamos completando 157 anos, no próximo dia 29 de agosto. Portanto, um fato digno de ser rememorado.
Vemos ali também a notificação dos Concursos que se apresentam a Agenda das Entidades Culturais as quais Simultaneidades vêm se reportando e os endereços destas mesmas entidades, o que facilita a busca dos usuários por qualquer razão ou interesse.
Segundo as palavras de sua idealizadora seu objetivo não é outro que não:
Este espaço é o lugar de encontro de todas as vozes, de todos os sonhos e de todos os poetas paranaenses. Foi criado com o objetivo de difundir a poesia, a trova, o poeta e o trovador paranaense, compartilhando assim o fazer poético do Paraná com os mais diferentes públicos. Levando a arte paranaense em todas as suas vertentes além das fronteiras do nosso Estado.”
Deste modo, caríssimos confrades e confreiras, eu acredito que muito mais importante do que somente ler Simultaneidades e a imensa fonte de informações ali contidas, vale também prestar colaboração de todos os modos tendo em vista a eventual participação nos textos, o encaminhamento de poemas, sugestões e ou comentários. Estes, principalmente, se fazem necessários para estímulo daqueles que ali registram suas subjetividades.
Qualquer Blog torna-se bastante enriquecido se acrescido de comentários sobre o que lá se encontra. Vamos nos predispor a retribuir este presente que nos chega como potencial de utilização e divulgação daquilo que é a própria obra do escritor paranaense.
E obrigada a Simultaneidades.
Isabel Sprenger Ribas.
Membro AFLP, ACCUR, CLP E CPFC
=================

Obrigada Isabel pelo carinho e generosidade de suas palavras. Andréa Motta

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Literatura Paranaense - Provocações. Por Carlos Zatti

Provocações

Teve alguém que disse: “Ou o poeta mata o soneto ou o soneto acaba com a poesia”. E não foi com tal radicalismo que se chegou ao bom poema de nossos dias. Vivem e convivem: quadras, sonetos, sextilhas, trovas, décimas, poesias livres e sem rimas, haicai... Só o féretro da antipoesia deve passar sem o acompanhamento de leitores.
A arte é da vanguarda porque rompe o entrave de regimes e ideologias, e o Modernismo é um movimento de vanguarda, por excelência. Aos escritores, artistas e poetas cabe a responsabilidade de guiar os povos, restaurando valores, porque o entulho destrói a sociedade e, isto tem muita importância num mundo aético, de valores invertidos, espalhando e espelhando formas de anticultura.
Já virou modismo representar a miséria e, dói-nos dizer, chegam a divertir-se com a desgraça. O trágico vem sendo apresentado como pitoresco. Não seria melhor apresentar ao povo o bom e o belo, do que conduzi-lo ao pessimismo? - É preciso preservar e defender valores, destacando em primeiro lugar o direito à liberdade.
As idéias éticas e sociais estão inseridas nas artes e na literatura, tanto os aspectos materiais da vida, quanto os sonhos, as lendas, os mitos, os ideais, o imaginário e tudo quanto é humano, como a esperança.

***

Feito isso, como intróito, posso agora revelar que foi diante da dificuldade em localizar literatura regional paranaense, para meus trabalhos, que me perguntei:
Existe uma literatura que identifique o Paraná?
Bento Munhoz da Rocha Neto, como querendo eternizar um episódio, reproduziu em livro o que a revista carioca “A Ordem” escreveu:
“O Paraná é um Estado típico desses que não têm um traço que faça deles alguma coisa notável, nem geograficamente como a Amazônia, nem pitorescamente como a Bahia ou o Rio Grande do Sul. Sem uma linha vigorosa de história como São Paulo, Minas e Pernambuco, sem uma natureza característica como o Nordeste, sem lendas de primitivismo como o Mato Grosso e Goiás”. Por isso o Paraná “forma nessa retaguarda característica de incaracterísticos”. E mais adiante: “O paranaense não existe”! E conclui categórico, o articulista: “O Paraná é um Estado sem relevo humano”.
- Então Bento revidou: “Bendizemos a plebe que floresce ao suor fecundante do semeador a criar riquezas. E temos os lances generosos do gaúcho. A galhardia cativante de suas atitudes francas. A linha correta das condutas elegantes. A coragem de encarar de peito descoberto as situações precárias. E de vencê-las de cabeça ao sol”.
Mas nossos escritores se valem deste paranaense, escrevendo em sua defesa, valorizando-o e identificando-o em suas narrativas?...

Quem são os escritores “paranistas”?
1) Paulo Leminski tem uma temática de estilo próprio. Espalhafatoso identifica a si mesmo e não a sua terra, nem em prosa e nem em versos;
2) Helena Colody é uma poetisa da língua portuguesa e, por incluir – vez ou outra – a palavra “pinheiro” em suas estâncias, não é identificadora do paranismo;
3) Dalton Trevisan se identifica como o “Vampiro de Curitiba” por não apresentar, em sua temática, uma referência de identidade, tão diversa é sua estética;
4) Domingos Pellegrini, também, variando a temática entre o urbano e o micro-regional, pouca contribuição tem dado para a afirmação de uma literatura identificadora do Paraná...
5) Noel Nascimento, autor de “Casa Verde”, pode ser considerado “paranista” por romancear a historiografia do Paraná. Descreve tipos de uma época e numa área geográfica difícil de uniformizar as gentes, pois os conflitos do “Contestado” se deram nos limites do campeiro com o matuto. Por seu esforço deve fazer parte da galeria dos literatos paranistas.
6) Adolpho Mariano da Costa, notadamente com três de suas obras “O Donatário”, “Canal de Desvio” e “Parábolas da Terra sem Males”, contribui para registrar, mesmo que pouco, o tipo do homem das micro-regiões Oeste e Sudoeste do Estado.

Ninguém duvida quando lê Graciliano Ramos, José Lins do Rego ou João Cabral de Melo Neto, que sejam nordestinos;
A obra de Monteiro Lobato também é regional (de São Paulo e metade sul de Minas Gerais), porque em seus personagens não figuram os gaúchos, os nordestinos, os amazonenses, e nem os tropeiros e os pantaneiros;
A literatura regional gaúcha é identificada de sopetão, porque, como disse Mário de Andrade: “De todas as literaturas regionais do Brasil, tenho a impressão que a gaúcha é a que mais apresenta uma identidade de princípios, uma normalidade geral dentro do bom, uma consciência de cultura, uma igualdade intelectual e psicológica, que a torna fortemente unida e louvável”;
A Bahia se identifica em Jorge Amado assim como Jorge Amado identifica a Bahia, na sua escrita.

***
Parece que o “modernismo”, da famosa Semana da Arte Moderna de São Paulo, de 1922, ainda não chegou ao Paraná! Por que é que não repercutiu no meio literário curitibano?
Apenas alguns elementos da Academia Paranaense de Letras tentaram, na década de quarenta, implantar o modernismo, mas os “imortais” venceram a parada, e os modernistas tiveram que se declarar antiparanistas! – Um absurdo, pois no significado exato da palavra eram muito mais paranistas justamente os que apoiaram o modernismo e não os acadêmicos que, naquele momento se portaram como reacionários!
Trevisan estava entre aqueles modernistas, assim como Bento Munhoz da Rocha Neto que, em 67, ao assumir a cadeira disse: “A Academia tem a responsabilidade diante dos jovens que estão surgindo, venham eles do panorama clássico do Paraná ou convirjam para a sua metrópole, dos quatro cantos de nossas regiões pioneiras”.
Mas surgiu um regionalismo tão tímido que não conseguiu mostrar o rosto paranaense. Trevisan, Munhoz da Rocha, Guimarães da Costa, entre outros, esqueceram que, com raras exceções, não é a literatura urbana que identifica os regionalismos. Temos como exemplo os grandes: Manuel de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias), Machado de Assis, Raul Pompéia, ou mesmo Mário Quintana e Aloísio Azevedo, pois o cenário deles poderia ter sido a geografia de qualquer cidade do Brasil, sem perder nada da beleza de conteúdo e qualidade.
Como naquele tempo, que aos críticos elitistas não interessava a revelação de servidões no campo e na cidade, o homem comum, a injustiça social, a vida, as lutas do povo paranaense... ainda hoje, aquela posição retrógrada se reflete de algum modo no formalismo, com o empobrecimento do conteúdo, emperrando o desabrochar do paranismo... – Ainda, há dois anos, quando a Assembléia Legislativa tentou oficializar uma indumentária tradicional (do tropeiro) que identificaria o paranaense, a mídia conseguiu demover o governador para que não assinasse a lei, e continuamos sem identidade “visual”.

Assim, num apelo mais provocativo do que teórico, pergunto: Não é hora de se dar uma marca, uma identidade à literatura regional do Paraná, com temática e estética paranaense, ou paranista?
- Não poderíamos nós, escritores independentes da ACPAI e da UBE-PR, assumir este papel resgatante e propagandista?
- Não deveríamos identificar os escritores que tenham tal propensão, e incentivá-los para que firmem uma temática e uma estética de nosso chão, e para o nosso chão?... E daí para o mundo...

Nada mais legítimo nem mais humano do que o amor à paisagem de todo o dia, ao cenário da querência, com sua marca própria de grandes campos ondulados, salpicados de capões com pinheiros; visual que o habitante do interior se habituou.
Mas o escritor paranaense ficou entre São Paulo (centro econômico e político) e o Rio Grande do Sul (o irradiador da cultura campeira e tropeira que identifica sobremodo o “modus faciendi” do paranaense tradicional). Na paisagem sulista estavam, e estão, os elementos geográficos que podem servir de base para a iniciação de uma cultura literária própria. Própria e comum, com Santa Cataria e o Rio Grande do Sul, como são comuns aos três Estados: a geada, o pinheiro, o mate, o tropeirismo, etc...
Estes Campos Gerais que, desde Jaguariaíva, se estendem para o sul abrindo o leque que abriga Castro, Ponta Grossa, Guarapuava, Palmas, Lapa, Curitibanos, Lages, Vacaria, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Cruz Alta e, pela região Missioneira – também de campos gerais -, derrama-se pelos pampas de São Gabriel, Alegrete, Uruguaiana, Livramento, Bagé, donde se manda “a la cria” Argentina e Uruguai adentro, eram, como ainda são, convites para embrionar uma literatura bem nossa.

Não nos falta nada, como fonte temática, para que tenhamos nossa literatura identificada. Temos uma paisagem exuberante: serras, campos, quedas d’águas...
Temos flora e fauna como os demais.
Temos gentes como os demais: índios, brancos, negros...
Temos uma História riquíssima: a mineração do primeiro ouro do Brasil, a província índio-cristã de Guaíra, a independência da Comarca, abolicionismo, imigração, Revolução Federalista, Guerra do Contestado...
Temos dois ciclos econômicos inspiradores: Tropeirismo e erva-mate;
Temos lendas, superstições e até uma culinária regional;
Temos os caminhos da Graciosa, das tropas, do Peabiru...
Temos as sagas de Guairacá, de Bento Viana, de Silva Gomes, dos monges...
Temos o romantismo de Paiquerê, de Naipy e Tarobá;
Temos vocabulário, linguajar, expressões...
Enfim: Temos todos os aspectos necessários para o pano de fundo à criação literária terrantesa: mitos, usos, costumes, ditados, símbolos e heróis. Temos até o arquétipo que se formou no Paraná tradicional, que é o tropeiro, que é o biriva, que é o tingui. Só nos falta uma identificação!
Mas que não seja um crachá de última hora, mas sim um documento legítimo e substancioso, para um povo de estirpe elevada e que se orgulhe de sua gente e de seu jeito, de seus ancestrais, de sua história, de seu chão e de sua literatura.

Devemos, sim, o quanto antes, criar o sentimento terrantês, sonhado e proposto na “Semana de 22”, buscando temática nos motivos folclóricos de nossa terra.
No realismo, o romancista tem condições excepcionais de conteúdo numa terra tão riquíssima, mas tão desconhecida de seus habitantes.
Após tais reflexões, cabe-nos o alerta: Se não tomarmos esta providência, o Paraná corre o risco de ver o povo desligar-se de suas raízes.
________________

Exposto e refletido o problema, e sabedores d’onde queremos chegar, cabe abrir e trilhar o caminho paranista. Seja em prosa, seja em verso, não há mais motivos que justifiquem nublar a identidade dos paranaenses.
Seguindo a historiografia e a geografia humana, não temos nada para criar, mas apenas recriar o Paraná Tradicional e dar-lhe vida.
Certo é que, abandonado como foi, notadamente no último meio século, onde o rádio e, principalmente, a televisão foram se impondo e uniformizando todos os aspectos e valores do cotidiano de nosso povo, num verdadeiro desserviço ao regionalismo, é forçoso dizer que a empreitada não será fácil.
Não será fácil porque as potências não vêem com simpatia os pólos culturais nativos, haja vista representarem obstáculos para sua invasão cultural.
A cultura de massa impondo-se dia-a-dia, vendendo o seu produto através da publicidade, de um lado e, do outro ficou a cultura popular, não dirigida, respaldada apenas na tradição oral.
Com certeza não há espaço na sociedade industrial para valores, hábitos, costumes e ritos da sociedade tradicional. E, é exatamente nesta bipolarização de sociedade tradicional e industrial que se vê a condição de uma literatura resgatante, para os novos escritores, já que os grandes literatos não se aventurarão nesta direção.
Estamos em tempo, ainda, porque nem tudo foi banido pelo surto progressista. O tradicionalismo campeiro conseguiu, até o presente momento, manter, sob a cinza poluidora, uma brasa à espera de um assopro para virar labareda.
E, se é pela tradição, que algo é passado à geração seguinte, seja através do elemento dito ou escrito, e algo é entregue, isso constitui tradição – e nos constitui.
Evidente que a narrativa literária está mais preocupada com a ficção do que com a realidade, mas nem por isso pode-se negar que tenha entrado onde a historiografia não penetrou com segurança em certas particularidades e, isto pode ser ampliado de modo que possa vir a ser algo grandioso, como se percebe nos regionalismos de outras plagas brasilianas.
O primeiro passo para que o paranismo possa ser praticado e divulgado é estudar a História do Estado e da Região. Sem isto não há como criar um romance que identifique este torrão. Não há maneira de identificar o regionalismo sem a paisagem e a geografia para pano de fundo.
O palco do paranismo são os Campos Gerais, tendo por bastidores a sua História. Seu personagem principal é o tropeiro, pilchado e de cuia na mão, seja ele estancieiro, escravo ou peão.
====
Carlos Zatti, gaúcho de Constantina, nascido em 1947, radicado no Paraná há mais de 30 anos. Tradicionalista e musicista, Bacharel em Ciências Contábeis, é Escritor, associado ao Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR). Membro fundador do Gesul e secretário geral do Movimento O Sul é o Meu País.

Aconteceu em 26 de agosto de 2010

Diversos eventos aconteceram em Curitiba no último dia 26 de agosto, agitando a comunidade literária curitibana, dentre as atividades destacamos a brilhante palestra proferida, nas dependências do Centro Paranaense Femino de Cultura, pelo jovem professor Guilherme Romanelli, que a Convite da Presidente da Academia Feminina de Letras do Paraná, Lygia Lopes dos Santos, discorreu sobre o tema: Porque a Música conversa conosco?
Não menos brilhante seguiu-se dentro do projeto da Academia Paranaense da Poesia - Oficina Permanente de Poesia, a Palestra proferida pela Academica Lília Souza, que para seleta platéia na Biblioteca Pública do Paraná, debateu a Poesia da Poetisa Paranaense Adélia Woellner.
Finalmente para coroar o dia, aconteceu no ínicio da noite na Confeitaria San Domingos, agradabilissima confraternização em comemoração ao aniversário da Presidente da Academia Paranaense da Poesia - Poetisa Roza de Oliveira.

Abaixo algumas fotografias dos eventos. Para visualizá-las, basta clicar sobre as imagens.

Academia Feminina de Letras




Oficina Permanente de Poesia




Aniversário Roza de Oliveira

XVI Semana de História

A Academia Paranaense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná promovem a XVI Semana de História, a ser realizada de 22 a 24 de setembro de 2010 na sede do IHGPR à rua José Loureiro nº 43 em Curitiba.

As inscrições serão gratuitas e poderão ser feitas no período de 23 de agosto a 17 de setembro de 2010 das 13:30 às 17:30 na sede do IHGPR, ou pelo e-mail ighpr1900@hotmail.com. Serão fornecidos certificados aos participantes que comparecerem a no mínimo 2/3 do programa. Mais informações com Muniz pelo telefone (41) 3224-0683

CICLO DE PALESTRAS - PROGRAMA

1. 22 DE SETEMBRO DE 2010, QUARTA FEIRA

16h00 às 16h10 - Abertura
16h10 às 17h00 - Palestra.
17h00 às 17h10 - Intervalo
17h10 às 18h00 - Comentários/debates
18h00 às 18h30 - Debates (platéia)

TEMA: REVOLUÇÃO DE 1930: ANTECEDENTES, CAUSAS IMEDIATAS, ECLOSÃO E CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO.
PALESTRANTE: Prof. Armando Martins Filho, do Colégio Militar de Curitiba e da UNIANDRADE.
COMENTADOR/DEBATEDOR: Prof. Marcus Boeira, da Faculdade Dom Bosco.

2. 23 DE SETEMBRO DE 2010, QUINTA FEIRA

16h00 às 17h00 - Palestra
17h00 às 17h10 - Intervalo
17h10 às 18h00 - Comentários/debates
18h00 às 18h30 - Debates (platéia)

TEMA: EVOLUÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA DO BRASIL NA ERA VARGAS (1930-1945)
PALESTRANTE: Prof. Luís Alexandre Carta Winter, da PUC/Curitiba e UNICURITIBA.
COMENTADOR/DEBATEDOR: Acadêmico Léo de Almeida Neves

3. 24 DE SETEMBRO DE 2010, SEXTA FEIRA

16h00 às 16h50 - Palestra
16h50 às 17h00 - Intervalo
17h00 às 17h50 - Comentários/debates
17h50 às 18h20 - Debates (platéia)
18h20 às 18h30 - ENCERRAMENTO

TEMA: "EVOLUÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA DO PARANÁ NA 'ERA VARGAS (1930-1945)'"
PALESTRANTE: Prof. Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná.
COMENTADOR / DEBATEDOR

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Notícias de Paranavaí: Nomeação da Poetisa Dinair Leite.

Mensagem de Dinair: Caríssimos amigos

Repasso a oficialização da nomeação que recebi para o cargo de Presidente Nacional da União Hispanoamericana de Escritores no Brasil, neste agosto, por ocasião do CONGRESO UNIVERSAL DE POESIA HISPANOAMERICANA - CUPHI, realizado em Tijuana - México com a presença do presidente fundador da UNIÃO HISPANOAMERICANA DE ESCRITORES, o renomado poeta peruano Carlos Garrido Chalén, a quem, como participante do seleto grupo internacional, tive a honra de indicar para o prêmio Nobel de Literatura - 2011, representando o Brasil.

Indicação consequente dos inquestionáveis méritos de Chalén, destacado como um poeta de raro quilate, como as "gemas preciosas que aparecem a cada certo tempo na história humana" na voz de Ernesto Kahan, Prêmio Nobel da Paz, que desde 2008 respalda a candidatura do escritor.(ver texto na íntegra no final da mensagem)

Divido com vocês este momento especial, contando com o Poder Superior para me fazer desempenhar este papel à altura e honrar as expectativas de tão nobres companheiros que distinguiram o nosso Brasil e minha humilde pessoa para compartilhar este caminho.

E agradeço de modo especial ao Movimento Poético Nacional, sediado em São Paulo e presidido pelo estimado Dr. Válter Argento, creditando esta abençoada conquista principalmente aos trabalhos, encaminhamento, orientação e acolhimento dos saudosos baluartes do MPN, minha primeira Casa Cultural, poetas Dr. Silva Barreto, Sylvya Reys e especialmente Jacintha Karelisky.

Coloco-me inteiramente à disposição dos amigos escritores e poetas de todos os estados do Brasil, a quem com as graças de Deus pretendemos atender e dedicar nosso trabalho.

Abraços fraternos

Dinair

NUEVOS DESIGNADOS EN LA UHE

1.- DINAIR LEITE: Presidente Nacional de la UHE en Brasil
2.- PORFIRIO BONILLA ARAUZ (de México): Director Mundial de Finanzas de la UHE
3.- ADRIANA BARBA ÁVILA (de México): Directora Mundial de Asuntos Sociales de la UHE
4. RAFAEL NEGRET FERNÁNDEZ: Presidente Nacional de la UHE en Panamá.


PROPONEN A POETA PERUANO CARLOS GARRIDO CHALEN A PREMIO CERVANTES 2010 Y PREMIO NOBEL DE LITERATURA 2011. Y AL PREMIO NÓBEL DE LITERATURA 2011 DESDE BOLIVIA

Poetas de más de quince países del mundo que participaron en el I Congreso Universal de Poesía Hispanoamericana (CUPHI) realizado en Tijuana, México, del 08 al 14 de agosto, reconocieron el valor de la obra literaria del laureado poeta peruano Carlos Garrido Chalén, Premio Mundial de Literatura "Andrés Bello" 2009 de Venezuela; y acordaron a través de la Sociedad Internacional de Poetas, Escritores y Artistas (SIPEA), con sede en México, proponerlo al Premio de Literatura en habla castellana "Miguel de Cervantes" 2010 de España; mientras que la Sociedad de Arte de Bolivia (SAB), acordó desde el país del altiplano postular al aeda tumbesino, al Premio Nóbel de Literatura 2011, de Suecia, con el respaldo de importantes Universidades de América.

El anuncio de la propuesta de Garrido Chalén al Premio "Miguel de Cervantes" 2010 de España, lo hizo en Tijuana (México), el Fundador de SIPEA, Doctor en Literatura, Manuel S. Leyva Martínez, y el de la validación al Premio Nóbel de Literatura 2011 en Estocolmo Suecia, la Presidente de la SAB, la poeta boliviana Patricia Collazos Bascopé.

Ernesto Kahan, Premio Nóbel de la Paz, que desde el 2008 respalda la candidatura de Carlos Garrido Chalén al Premio "Miguel de Cervantes", Premio consagratorio que se otorga a los escritores de hispanoamérica que más han contribuído con su obra a fortalecer el acervo de la lengua castellana, mostró su satisfacción por esa decisión asumida por SIPEA de México y dijo que "poetas de la talla de Garrido Chalén, son como gemas preciosas raras que aparecen cada cierto tiempo de la historia humana".

De ese mismo criterio son los poetas Adi Yagur de Israel, Manuel Leyva Martínez, Elizabeth Leyva, Isabel Cristina Murrieta López, Adriana Barba Avila, María Oralia Rodríguez Gonzalez Jaime García Tenorio, Rene Arriaga del Castillo, Carlos Valenzuela y Luis Torres (de México), Dinair Leite (de Brasil), Bella Clara Ventura y Héctor José Corredor Cuervo (de Colombia) y Carmen Rojas Larrazábal (de Venezuela), entre otros, quien sostuvieron en Tijuana, México, que la obra de Carlos Garrido Chalén es genial; aseguraron que se encuentra en la cima de la poesía de América y constituye un aporte sin precedentes a la literatura mundial.

Carlos Garrido Chalén, que se encuentra actualmente en Méjico, es autor de una veintena de obras publicadas en los géneros de poesía, novela, cuento y ensayo. El Instituto Nacional de Cultura (INC) de Perú le otorgó en 1997 la distinción "Patrimonio Cultural Vivo de la Nación". Es Embajador Universal de la Paz del Círculo de Embajadores Universales de la Paz de Ginebra Suiza y uno de los abanderados de la lucha contra la corrupción y a favor de la paz en el Continente.A comienzos del mes fue incorporado como miembro de la International Writers and Artists Association (IWA), con sede en Toledo, Ohío (EE UU) a la que pertenecen Rigoberta Manchú (Premio Nóbel de la Paz de Guatemala), los escritores Eduardo Galeano (Uruguay), Ernesto Sábato (Argentina), Torri Morrison (Premio Nóbel de Literatiura de EE UU), Isabel Allende (Chile) y Leonardo Boff (Brasil) y otros escritores y artistas de prestigio mundial y es considerado como uno de los poetas más laureados del Continente.

Poesia dedicada por Dinair Leite, ao Comite Organizador do Congreso Universal de Poesia Hispanoamericana (CUPHI) e a todos os participantes do magno evento

ODE AO CUPHI!

Chorei...chorei com a dor
da tristonha despedida,
de um povo que é puro amor,
num país que vibra vida!

Viva emoção o meu peito
preencheu... e quase explodiu!
Mas meu coração com jeito,
vibrou no peito...e sorriu!

CUPHI foi iluminado
por corações varonis
bebendo seu mel sagrado
espargido em mil barris...

Tom certo, com maestria,
MANUEL LEYVA ofertava
noite a dentro e pelo dia,
glorioso ele brilhava!

MARTÍNEZ , sua família,
honrados agradecemos
o saber vivo em vigília
que tão felizes bebemos

Família culta e unida
com sua equipe gentil
que em transparência luzida
acolheu nosso BRASIL!!!

Tantos poetas eu vi
a receber e doar
buquês...e com frenesi
a Liberdade cantar!

Escritores também vi,
chegarem de tantas partes,
com mesmo ideal dali,
abraçando irmãos em artes...

Tijuana! És tão linda...
e abrigastes com afeto
poetas,canções infindas,
em teu coração dileto...

Para ti hei de voltar
um dia se Deus quiser!
Com teu povo eu hei de orar
à Virgem Santa e mulher...

Senhora Guadalupana!
Que tanto me comoveu...
fêz-me sentir mexicana
pela fé que me envolveu...

Vivi doce experiência
com um cultor envolvente
que impôs a sua gerência
feito um correr de nascente!

Maestro LEYVA! Meus vivas!
Pelo CUPHI eu te bendigo:
- Sempre a Liberdade avivas!
Que a Paz esteja contigo!

TIJUANA foi celeiro
de Grãos de Milho de porte!
Foi um útero-viveiro,
foi nosso ninho e suporte!

Poetas Del Mundo eu choro
a dor....saudade sem fim,
de um choro bom e sonoro:
MÉXICO! Lembra de mim!
Dinair Leite

Hábitos do musgo - lançamento Kafka Edições

Lançamento da antologia Hábitos do Musgo
da poeta irlandesa Eiléan Ní Chuilleanáin
Organização e tradução Luci Collin
Ela vem de Dublin para os lançamentos.
Dia 27 de agosto em SP (USP) e dia 31 em Curitiba (UFPR).

dia 31 de agosto, terça-feira às 20h no anfiteatro
da Reitoria, no 1º andar do Ed. D. Pedro I - na R. Gal. Carneiro,460,
Clique sobre a imagem e saiba mais.

Coluna Simultaneidades Aconteceu

Aconteceu no último dia 23 de agosto do corrente ano, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, Recital em homenagem aos 200 anos de Chopin, na oportunidade Júlio Enrique Gómez brilhou ao piano.
Veja as fotos do evento clicando na Coluna Simultaneidades Aconteceu, na barra lateral direita deste blog ou diretamente no link abaixo:

http://colunaaconteceu.blogspot.com/2010/08/recital-chopin-200-anos.html

O Centro de Letras do Paraná, prestou singela homenagem ao Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, com interessantissima palestra proferida pela Professora Roza de Oliveira. Saiba mais sobre o evento e veja as fotografias, clicando na Coluna Simultaneidades Aconteceu ( barra lateral direita deste Blog) ou diretamente no endereço abaixo:

http://colunaaconteceu.blogspot.com/2010/08/centro-de-letras-do-parana-presta.html


lançamento do livro "A Caminho do Sol" de Ney Tadeu Machado.


A POÍESIS - Apoio Pedagógico e Administrativo
convida V.Sª. e demais membros desta instituição para o lançamento
do livro "A Caminho do Sol" de Ney Tadeu Machado.
Clique sobre a imagem e saiba mais

Conservatório de MPB. Cursos especiais 2010

Conservatório de MPB abre inscrições para cursos especiais

Estão abertas até 3 de setembro as inscrições para cursos especiais que o Conservatório de Música Popular Brasileira estará oferecendo à comunidade, de 11 de setembro a 30 de outubro de 2010. Os cursos são os seguintes: banda infanto-juvenil de MPB, guitarra para violonistas, no ritmo do berimbau e percuteria brasileira. As aulas serão ministradas todos os sábados, das 14 às 16h. A carga horária é de 16 horas-aula com 8 encontros de 2 horas. Segue uma descrição resumida de cada curso.

Banda infanto-juvenil - Professor Sérgio Wolf
Curso dirigido a estudantes de música na faixa etária de 8 a 20 anos, executantes de instrumentos de sopro (madeiras e metais) ou percussão. Consiste na formação de uma banda de música dedicada exclusivamente ao repertório da MPB.
40 vagas

Guitarra para violonistas - professor Jackson Franklin
Tem como público alvo estudantes de violão de nível médio e violonistas que atuam no mercado de trabalho e tenham interesse em conhecer a linguagem da guitarra elétrica com o objetivo de abrir o leque de opções como instrumentista.
15 vagas

No ritmo do berimbau - professor Fábio Macedo
Aberto a iniciantes ou não. A proposta é apresentar o universo rítmico do berimbau tradicional e também sua potencialidade de adaptação e utilização em distintas formas musicais.
20 vagas

Percuteria brasileira - professor Denis Mariano
“Percuteria” é o termo usado para definir um kit de percussão múltipla com instrumentos dispostos de forma semelhante ao set de bateria. Neste curso serão abordadas algumas possibilidades de combinações aplicadas a diversos ritmos brasileiros.
20 vagas

Serviço:
Inscrições para cursos especiais
Local: Conservatório de MPB - Rua Mateus Leme, 66 - Centro Histórico
Data e horário das inscrições: 23 de agosto a 3 de setembro (9h às 12h e 14h às 18h)
Informações: 3321-3318/ 3321-3315
Investimento: R$100,00

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um passeio pela História: 29 de agosto de 1853 - Criação da Província do Paraná

O Paraná completará 157 anos, no próximo dia 29 de agosto.

A denominação “Paraná” vem da língua guarani e quer dizer: “para” ... mar + “anã” ... parecido, parente, semelhante, significando rio grande, rio como mar, rio semelhante ao mar.

É termo de origem geográfica e refere-se ao Rio Paraná, o maior curso d’água em território paranaense, que divisa o Estado do Paraná da República do Paraguai e do Estado do Mato Grosso do Sul. Originalmente a pronúncia correta do termo era Paranã, porém, com o tempo alterou-se a acentuação da última vogal. Em se tratando de estudo toponímico, deve-se levar em conta que o topônimo Paraná, aparece, dentre várias citações, em três outras importantes denominações no território paranaense, a saber: “Rio Paranapanema”, que divide, a norte e noroeste os Estados do Paraná e de São Paulo; “Paranaguá”, primeiro município criado no estado; “Rio Paraná”, situado na porção oeste paranaense.

A denominação Paraná, dada ao Estado da Federação, surgiu a partir de 1853, no período da elevação da então Comarca de Curitiba, que era jurisdicionada à Província de São Paulo, à categoria de Província.
A sanção do projeto que criou a Província foi do Senador Honório Hermeto Carneiro Leão (Marques do Paraná), da Província de Minas Gerais. Até então o nome que prevalecia para a porção territorial que hoje compõe o Estado do Paraná era Curitiba, em função da denominação da Comarca. Nos livros, documentos e jornais da época conhecia-se este território, então paulista, por Comarca de Curitiba.
Em 1811, Pedro Joaquim de Castro Correia e Sá pretendeu criar uma Capitania no território que é hoje o Estado do Paraná. Ambicionava ser Capitão-General e apostou seu prestígio nesta proposta. Sobre a intenção de Correia e Sá, o historiador Romário Martins, em História do Paraná, pág. 321, diz o seguinte: “... viu na Comarca de Paranaguá, dilatada, pobre e distante da sede do governo paulista a que estava sujeita, o campo propício aos seus desejos”. Apesar do apoio político obtido, o aspirante a Capitão-General não obteve êxito em seus objetivos. A Corte lhe fechou as portas. O autor classifica Correia e Sá de oportunista e destaca os nomes de Floriano Bento Viana, Francisco de Paula e Silva Gomes e Manoel Francisco Correia Júnior como verdadeiros baluartes da criação da Província do Paraná. Eram patriotas, pura e simplesmente idealistas.
Bento Viana era militar e, a 15 de julho de 1821, iniciou um movimento separatista que passou para a história com o nome de “Conjura Separatista”. A princípio os ideais de Bento Viana foram bem aceitos por seus companheiros, mas no momento mais importante, na exposição de seus argumentos para a criação da Província não recebeu apoio de ninguém. Ficou sozinho.
Depois de Bento Viana o nome de Francisco de Paula e Silva Gomes destacou-se no cenário político do separatismo. Segundo Romário Martins: “... ele trazia à baila os seus argumentos sobre as necessidades da criação de uma nova província em Curitiba, necessidades nacionais de ordem política, econômica e militar”. Silva Gomes morreu assassinado por um índio tapuio, que havia sido criado como seu filho.
Por último, concluindo a trilogia dos heróis da criação da Província do Paraná está Manoel Francisco Correia Júnior, um ilustre parnanguara que, dentre outras coisas, para a consolidação da Comarca de Curitiba em Província, em 1842, por conta da Revolução Paulista “armou, fardou e manteve à sua custa um batalhão legalista” Romário Martins, História do Paraná, pág. 328. Correia Júnior havia recebido promessa da alta cúpula militar imperial que, se vencida a revolução, transformariam a Comarca em Província. Sobre Correia Júnior escreveu Moreira de Azevedo: “... viu os seus haveres abalados pelos sacrifícios que fez na qualidade de coronel da Guarda Nacional encarregado da defesa da Comarca, ameaçada em 1842 pelos revoltosos de São Paulo.”
No dizer de Romário Martins a ação política de Correia Júnior foi obscurecida por João da Silva Machado, então encarregado das providências militares da Comarca de Curitiba. Silva Machado não teria, em suas correspondências ao Presidente da Província de São Paulo, se referido às ações desprendidas de Correia Júnior. Silva Machado, o futuro Barão de Antonina omitiu injustamente o serviço ideológico de Correia Júnior, que havia investido sua fortuna nesta empreitada, tendo-a perdido, ficando sem seus bens, sem prestígio e sem amigos.
O patrono da Província acabou sendo João da Silva Machado, um tropeiro gaúcho de excepcional visão política e empresarial. De Silva Machado o historiador Romário Martins diz o seguinte: “Sua presença em Curitiba por ocasião da revolta de Sorocaba (1842) lhe inspirou duas resoluções que ele levou a cabo com completo sucesso: a de apossar-se de latifúndios por todas as partes da Comarca e a de conseguir a elevação desta à categoria de Província e fruir os proventos políticos que daí adviriam. Não houve região alguma da Comarca vastíssima onde ele não registrasse uma posse de terras escolhidas entre as melhores. Não houve também, é justo que se diga, esforço que não desprendesse no sentido de congregar prosélitos para a causa da separação e constituição da Província. Todas as honras e proventos lhe couberam no dia da vitória. A Comarca fê-lo barão de Antonina. A Província fê-lo senador”.
A Lei Imperial n.º 704, de 29 de agosto de 1853, sancionada pelo Imperador D. Pedro II, criou a Província do Paraná.
Art. 1º A comarca de Curitiba, da Província de São Paulo fica elevada à categoria de Província, com a denominação de Província do Paraná. Sua extensão e limites serão os mesmos da referida Comarca.
Segundo Ruy Christovam Wachowicz, em História do Paraná, pág. 119 “... no processo de emancipação da Comarca, não houve participação da população nem sua maior mobilização. Tudo se resolveu nos escalões imperiais. A diminuta participação das próprias elites regionais no processo de emancipação, levou as autoridades imperiais a batizarem a nova Província. Recentemente, havia sido criada uma Província no norte do Brasil que teve seu nome tirado do maior rio da região: Amazonas. O mesmo comportamento foi aplicado à Comarca de Curitiba. Sendo o Paraná o maior rio a banhar o território provincial, dele foi extraído o nome da mesma: Paraná”.
A forma como surgiu a denominação do Estado do Paraná foi impositiva. Não houve consenso. Foi uma decisão “de cima para baixo”. Se prevalecesse o bom senso continuaria o nome da antiga Comarca de Curitiba. O primeiro Presidente da Província do Paraná foi Zacarias de Góes e Vasconcellos, que governou de forma brilhante, deixando seu nome marcado pelas ações acertadas de sua administração.

Fonte: Secretaria Estadual de Cultura do Paraná

Abaixo interessante matéria publicada no Jornal O Diário no dia 29/08/2008.

Paraná completa 155 anos rico na economia e na cultura.Edson Osvaldo Melo.

Há exatos 155 anos, em 29 de agosto de 1853, quando o imperador Dom Pedro II assinou a Lei 704, criando a Província do Paraná, dava-se início a uma história rica e multicultural que culminou no quinto maior Estado e um dos celeiros do Brasil. Este ato, a contragosto dos paulistas que não queriam abrir mão do rico território paranaense, não aconteceu por acaso.

Foram mais de 10 anos de luta política, envolvendo as mais diversas lideranças paranistas, entre elas Paula Gomes, Bento Viana e Cruz Machado, unidos em torno da mesma causa: a autonomia da região em relação à Província de São Paulo.

Criada a Província, tomou posse como seu primeiro presidente, um amigo do imperador, o conselheiro baiano Zacarias de Góis e Vasconcelos, em 19 de dezembro daquele mesmo ano. Desde então, as duas datas passaram a fazer parte das comemorações paranistas, uns preferindo a primeira como marco paranaense.

"Bento Munhoz da Rocha Netto, sociólogo, historiador, deputado federal e ex-governador do Paraná sempre dizia que a data de 29 de agosto deveria merecer maior comemoração que o 19 de dezembro", afirma o vice-presidente do Movimento Pró-Paraná, desembargador Luís Renato Pedroso.

"O 29 de agosto foi o coroamento de uma grande luta pela nossa emancipação", continuou Pedroso. Como reflexo imediato desta mobilização, os tributos aqui arrecadados deixaram de ser aplicados em outras áreas que não as daqui, sob decisão da administração sediada em Curitiba e não em São Paulo, como ocorria antes da criação da Província paranaense.

Pedroso lamenta não haver nos dias de hoje o costume de se comemorar a data paranista de maneira apropriada. "Desafortunadamente não há o costume de reverenciar as datas históricas e nem os grandes vultos paranaenses. É necessário que as escolas e entidades cívico-culturais se preocupem em festejar tais acontecimentos", comentou.

Pedroso analisa o comportamento do paranaense e afirma: "o nosso povo é muito tímido. Ele não sabe reivindicar junto aos canais competentes os direitos que lhe são próprios e por outro lado alguns são autofágicos, o que é muito ruim", disse. Segundo o desembargador, nos dias de hoje o Paraná merece um tratamento diferenciado das autoridades federais "pela sua pujança econômica e cultural".

Para não deixar passar em branco, o Movimento Pró-Paraná realizou um encontro no auditório do Centro Universitário Curitiba, na capital, ontem, para comemorar antecipadamente a chegada do 155º aniversário do nosso Estado. Coube ao historiador José Carlos Veiga Lopes, 2º vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná as honras de oficializar a cerimônia cívica realizando uma palestra sobre o tema.

Veiga Lopes destacou que ao contrário de um existem três Paranás: "Há o Paraná tradicional, o Paraná do Norte e o Paraná do Oeste", afirmou. Para o historiador, o Paraná tradicional é aquele que começou pelo povoamento dos portugueses no litoral e posteriormente subiu ao planalto, criando Curitiba e acolhendo os imigrantes europeus. O Paraná do Norte teve sua colonização capitaneada por mineiros e paulistas e o do Oeste pelos gaúchos.
Fonte: Odiario.com

PARÊNTESES ABERTOS SOBRE O ATO DE LER

Zack McCoy, personagem retratado por John Updike em “Busca o meu rosto”, dizia, quanto às telas que produzia, que o espectador deveria “penetrar” a sua pintura, pois somente quando “possuísse” a obra poderia descobrir o seu significado.

Metáforas sexuais à parte e devendo-se levar em conta que estas refletiam os ideais do movimento expressionista abstrato, essa imagem conduz a reflexão acerca do “ato de ler”, com o sentido abrangente que vem assumindo.

Segundo a visão que gradualmente se consolida, ler a arte é ação que se desenrola mediante o diálogo entre o leitor e o objeto de leitura, literário ou não.

Enveredando por tal trilha, que oferece novos desafios, o ato de ler implicaria na reinterpretação do objeto da leitura, fundindo as experiências e percepções do leitor com os elementos que compõem esse objeto.

Essa interlocução produziria uma recontextualização do objeto da leitura, o qual assumiria um significado individual para cada leitor, único e distinto, desvinculando-se, inclusive e especialmente, daquele proposto pelo autor/criador.

Consoante essa visão, o ato de criar uma obra de arte passa a se identificar com a “arte” de criar um filho, inicialmente modulado pelos valores de seus pais e que é posteriormente entregue à ação do mundo, como meio único para a construção de sua individualidade.

O autor/criador projeta para a sociedade suas idéias, valores, percepções, produzindo essencialmente uma obra que, para ele, possui um significado determinado.

Ao difundi-la para a sociedade, aliena esse significado, permitindo que cada espectador/leitor a reconstrua, a “possua” para si e, fundindo seus próprios elementos intelectivos e sensoriais, recrie a obra, fazendo-a única e ímpar.

A obra de arte, por um instante, se faz autônoma, emancipada do seu criador, para em seguida entregar-se a um novo domínio, presa à interpretação do seu leitor.

Se assumida de forma radical essa concepção, poder-se-ia concluir que talvez a arte seja isso, um simples “nada”, entre aspas mesmo.

A obra de arte, por não possuir significado próprio, apresentar-se-ia com uma fluidez plena, cuja existência dependeria de modo absoluto da leitura de seus espectadores/leitores, aos quais, em análise extrema, estaria agregado seu autor/criador, na qualidade de primeiro leitor.

Tomando essa idéia como paradigma, como poder-se-ia avaliar a obra literária, que joga com a linguagem escrita, usando as palavras que, em tese, possuem significação já consolidada?

Sem maiores reflexões, já que o propósito do texto não é o de firmar conclusões, cumpre apenas deixar uma afirmação para finalizar: tolo é aquele que acredita que as palavras falam por si.

Sérgio Malheiros Mahlmann
24/08/2010

Centro de Letras do Paraná - programação setembro 2010

A DIFICULDADE EM FAZER CULTURA

O nosso Cenáculo é um dos mais antigos e pujantes do Estado.

Desenvolvendo ampla atividade cultural, mercê, principalmente, dos eventos literosmusicais de todas as terças-feiras, oportunizando lançamentos de obras literárias, oferecendo ampla biblioteca e publicando rica “Revista”, é evidente que necessita de recursos financeiros, ainda porque conta com um corpo de eficientes e dedicados servidores, merecedores de justa retribuição pela colaboração.

E, para enfrentar tais despesas, que atingem, mensalmente, a cifra de seis mil cento e vinte e três reais, afora as imprevistas, notadamente quando dizem respeito a sede em que a entidade está instalada, urge a arrecadação de indispensável numerário.

A irrisória mensalidade de dez reais de corpo associativo é insuficiente, mas indispensável, obrigando a diretoria a recorrer a outras fontes, muitas vezes escassas, certo que do Poder Público nada é auferido, por isso que apenas a Fundação Cultural oferece auxílio, representado pela gravação dos eventos.

Assim e ante a evidência de que uma grande maioria de confrades e confreiras deixam de contribuir, é que esta presidência seguidamente renova o apelo, a fim de que sejam saudados os débitos existentes.

Peço, encarecidamente, aos caríssimos companheiros que ajudem o nosso querido Centro de Letras do Paraná e, outrossim, prestigiem as promoções que são feitas, para que possamos muito realizar em prol da cultura, disseminando-a, de forma a atingir todas as camadas de nosso povo!


PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO/2010

DIA 07 - FERIADO NACIONAL

DIA 14
17 horas: "Pátria Brasileira”. Homenagem pelo Coronel José Evane Dutra.

DIA 21
17 horas: “Terça da Poesia”. A cargo da Academia Paranaense da Poesia.

DIA 28
17 horas: “Cidade, Cenário do Encontro”. Exposição do jornalista Eloi Zanetti.

LUÍS RENATO PEDROSO
PRESIDENTE.

Poesia na Praça Sete

“Poesia na Praça Sete” volta em 4ª Edição

O maior desafio da poesia continua sendo o de estar a serviço da vida e da humanidade. O projeto “Poesia na Praça Sete” vem desde 2006 promovendo poesia para as pessoas que frequentam a Praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte e para as que circulam constantemente pelo centro da capital mineira e que pouco tem tempo ou acesso à arte poética. Também é um importante momento para se popularizar a poesia. Muitos tem a oportunidade de respirar arte através deste acontecimento poético. Ali, o gosto pela literatura poética é promovido e há uma importante contribuição para com a cultura popular.

A partir do dia 27 de agosto, de 15 ás 18 horas, na Praça Sete de Setembro, coração da Capital mineira estará acontecendo a primeiras fase do projeto “Poesia na Praça Sete - 4ª edição”, idealizado pelos poetas Rogério Salgado e Virgilene Araújo e realizado com os benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

Na abertura dessa primeira fase estarão se apresentando os poetas Eugênio Magno e Marlene Reis Barbosa. As Metáforas Poéticas – Sonoras e Criativas ficarão a cargo do Grupo “Sarau Tropeiro”.

As próximas apresentações do projeto “Poesia serão nos dias: 03 de setembro com o Grupo Família Poética Gonçalves e os poetas Anderson Lobo e Maria da Cruz; 10 de setembro com o Gupo “Poetas Pela Paz e Pela Poesia” e os poetas Rodrigo Leste e Bilá Bernardes; 17 de setembro com o Grupo “Queijim Mineiro” e os poetas João Luiz Gonçalves\Jotagê.e Coleta Lutkenhaus; e no dia 24 de setembro com o Grupo Capoeira Unida “Volta ao Mundo” - Mestre Toninho Cavalieri, além das poetas Aurita Barbosa dos Santos e Dulce Batista.

Além das apresentações poéticas acontecerão aulas públicas de poesia, com a poeta e educadora social Virgilene Araújo.

Saiba mais em: www.poesianapracasete.blogspot.com

CD CLARINETEANDO - Sergio Albach


Domingo 29 de agosto lançamento do CD Clarinetando
o lado do Trio de Ouro Catuaba Brasil!
Clique sobre a imagem e conheça todos os detalhes.

O Vizinho poesia de Isabel Sprenger Ribas

É sempre gente que chega de mansinho.
Neste meu bairro. Gente educada...
Vem de paragens desconhecidas, diversificadas.
Povo que vai entrando no coração, devagarzinho,
sem barulho ou ostentação.
No silêncio das atitudes, em expressiva demonstração de carinho.
Dia após dia, misturando com as nossas, as suas vidas,
nas agruras, nas alegrias. Entre tantas situações, vivências e lidas...

Dia após dia, esta gente, em atitudes genuínas vai dizendo,
o que tem dentro dos corações, o que está sentindo.
Vai construindo. Seus sorrisos vão mostrando afeto e atenção.
Solidariedade e amizade, num crescendo. Vamos retribuindo...

Eu por aqui, sou feliz com meus vizinhos.
Gente boa, esta gente do meu dia a dia,
De todo instante, nos dias quentes ou nas manhãs frias.
Gente do meu agora!

Mais do que do meu dia a dia,
gente da minha hora à hora...

Isabel Sprenger Ribas
Dia do Vizinho, 20.08. 2007
--------------------------------

RASCUNHO & BORRÃO poesia de Paulo Roberto Wallbach

RASCUNHO & BORRÃO

Nas linhas pautadas do velho caderno
aterrissam sonhos, que viajam em mim...
Vêm de algures, além do inverno,
ao porto seguro da pista molhada,
em versos sem fim...

Pedaços poemas, delírios sem asas,
fonemas opacos que vêm para mim;
às vezes quebrados, não chegam, não vingam,
se perdem no espaço...
e viram poeira num outro jardim.

Palavras sem forças, sem nexo, sem voz,
que risco e apago e faço borrão.
Pensamentos que fogem, se soltam no ar,
e voltam sem vida na mente cansada
de minha emoção...

Os versos que morrem no ventre da alma,
são sementes estéreis jogadas no chão...
Sepulto as letras nas pautas vazias,
escritos perdidos à espera de luz,
meu lápis riscando em traços em cruz...
fechando o caderno rascunho e borrão!

Paulo Walbach Prestes
É Poeta, pertence ao Centro de Letras do Paraná
Ocupante da Cadeira 29, do Patrono Fernando Amaro, da Academia Paranaense da poesia.
Poema com Menção Honrosa no Concurso de Poesia da Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, em 2010.

Academia Mourãoense de Letras convida:

Caros confrades e confreiras,

Em nome da Academia Mourãoense de Letras, tenho a satisfação de convidar para a palestra "A importância do Patrimônio Cultural', com José La Pastina Filho (Superintendente do IPHAN no Paraná) e lançamento do portal da Academia Mourãoense de Letras.


Dia: 9 de setembro, quinta-feira
Horário:20 horas
Local:Auditório da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão - FECILCAM

O endereço eletrônico do nosso portal é www.academiacm.org.br
Grato,
Jair Elias dos Santos Júnior
Vice-presidente da Academia Mourãoense de Letras

domingo, 22 de agosto de 2010

4º Prêmio Internacional Poesia ao Vídeo

O 4º Prêmio Internacional Poesia ao Vídeo tem a finalidade de estimular a produção, leitura e interpretação de poemas e a divulgação da Arte Poética e seus escritores. São 9 mil reais em prêmios e mais passagens e hospedagem para a Fliporto 2010.

CRONOGRAMA

10 de junho Divulgação do regulamento
20 de junho a 15 de setembro Inscrições e envio dos arquivos concorrentes
30 de setembro Divulgação das edições pré-selecionadas
30 de setembro a 10 de outubro Seleção, pela comissão julgadora, de 10 edições entre as pré-selecionadas
12 de outubro Divulgação dos 10 classificados para a imprensa
15 a 29 de outubro Votação on line que definirá a classificação final e os três primeiros lugares premiados.
30 de outubro Divulgação oficial dos vencedores
15 de novembro Entrega dos prêmios durante o encerramento da Fliporto Digital com transmissão ao vivo.

REGULAMENTO

I – O 4º Prêmio Internacional Poesia ao Vídeo será outorgado ao melhor poema interpretado e editado em vídeo, podendo concorrer qualquer cidadão do mundo, desde que o poema interpretado seja originalmente em língua portuguesa ou espanhola. Não serão aceitos poemas traduzidos.

II – Das inscrições
1. As inscrições serão iniciadas no dia 20 de junho e encerradas no dia 15 de setembro de 2010.
2. O site da FLIPORTO disponibilizará o regulamento e o formulário para inscrição dos concorrentes e envio de vídeos.
3. A edição do vídeo concorrente deverá ser absolutamente inédita.
3.1 A comissão julgadora desclassificará a edição concorrente caso detecte o seu não ineditismo, através de quaisquer mídias inclusive eletrônicas entendidas, aqui, também como publicação com acesso em quaisquer endereços da WEB.
4. Cada concorrente só poderá participar com 01 (uma) edição de poesia em vídeo.
5. A inscrição deverá ser feita por um único responsável: ou o autor do poema ou o próprio intérprete ou ainda pelo editor do vídeo concorrente.
6. As inscrições deverão ser feitas on line, única e exclusivamente no site da FLIPORTO –
www.fliporto.net .
7. Todas as dúvidas quanto a este regulamento só serão esclarecidas, pela cordenação do prêmio, através do e-mail poesiaaovideo@fliportodigital.net se anteriores à inscrição e envio do arquivo com o vídeo concorrente
8. Após a inscrição, no formulário on line –
http://www.fliporto.net/premios_3pv_formulariohtml – o concorrente deverá enviar, na mesma data, o arquivo do vídeo concorrente para o e-mail: poesiaaovideo2010@gmail.com. As inscrições feitas sem esse envio, na mesma data da inscrição, serão canceladas.
8.1 O concorrente receberá e-mail confirmando o envio do arquivo de vídeo o que corresponderá à confirmação da inscrição no Prêmio.
8.2 A confirmação da inscrição por e-mail automático não significa que o vídeo foi classificado como concorrente. A Coordenação do Prêmio publicará posteriormente a listagem dos vídeos concorrentes pré-classificados, ou seja, aqueles que atenderam a todos os critérios estabelecidos neste item II e no item III seguinte.
8.3 Não poderão, a coordenação do Prêmio ou quaisquer outros membros da equipe Fliporto, em nenhuma hipótese, anteciparem quaisquer avaliações sobre a inscrição e o arquivo de vídeo recebidos. Envios de e-mails ou telefonemas dos inscritos, sobre esse assunto, serão ignorados.
9. Não poderá concorrer ao Prêmio nenhum membro da FLIPORTO, seja da curadoria, do conselho consultivo, da equipe técnica e empresas envolvidas ou quaisquer participantes e convidados.

III – Dos critérios técnicos de edição

1. O vídeo deverá ter o título do poema editado.
2. O vídeo poderá ser editado com imagens do próprio intérprete, leituras plásticas (imagens) ou leituras teatralizadas do poema.
3. É absolutamente imprescindível a leitura audível do poema.
4. É absolutamente imprescindível legendar a edição com a transcrição completa do poema.
5. É obrigatória a inserção, no próprio vídeo, da referência bibliográfica do poema ou, se inédito, o nome do autor e endereços de contato, bem como os créditos de todos os participantes da edição, inclusive os da trilha sonora, quando houver.
6. O arquivo em vídeo deverá ter no máximo 7000 KB, exclusivamente em extensões avi, mpeg ou wmv.

IV – Dos critérios de avaliação

1. Os vídeos enviados sem atendimento a qualquer uma das especificações técnicas de edição - 1, 2, 3, 4, 5, 6 - do item III, serão automaticamente desclassificados.
2. Os vídeos que forem classificados por atenderem as especificações técnicas serão avaliados pelos seguintes critérios:
2.1 Grau de poeticidade dos poemas caracterizado fundamentalmente, pelo ritmo, sonoridade e outros recursos intrínsecos à criação literária, que os diferenciem da prosa.
2.2 Originalidade, pertinência e competência da interpretação;
2.3 Correção da linguagem, inclusive a prosódia;
2.4 Qualidade técnica da edição, entendida aqui como a boa resolução de imagem e som.
2.5 Número de votos on line.
3. Não será disponibilizada área de comentários para o vídeo inscrito e nenhum e-mail enviado para a coordenação do Prêmio ou outros membros da equipe Fliporto será motivo de crédito ou descrédito para o concorrente.
4. A Comissão Julgadora classificará 10 concorrentes para a votação on line.
4.1 A decisão final da Comissão Julgadora FLIPORTO será irrevogável e irrecorrível.
5. A votação on line definirá a classificação dos vencedores.

V – Da composição do júri

O 4º Prêmio Internacional Poesia ao Vídeo terá dois júris: um composto por três membros especializados em literatura, especialmente a literatura divulgada no meio digital e um popular, entendido aqui como a votação on line, acessível a todos os internautas.

VI – Da premiação

Os três primeiros lugares receberão, em solenidade antecedida pela exibição dos vídeos com transmissão ao vivo, os seguintes prêmios em valor líquido: R$4.000,00 (quatro mil reais) para o primeiro lugar; R$3.000,00 (três mil reais) para o segundo lugar; R$2.000,00 (dois mil reais) para o terceiro lugar, bem como passagens e hospedagem gratuitas durante a realização do evento, 12 a 15 de novembro de 2010. Os prêmios serão entregues ao concorrente efetivamente inscrito no site da FLIPORTO, não se responsabilizando a comissão por quaisquer acordos entre autor do poema, intérpretes e editores do vídeo.

VII – Das disposições gerais

1. A inscrição, independente de qualquer outro documento, significa plena aceitação do concorrente, quanto aos termos deste Regulamento.
2. Ao inscrever obras de terceiros, o concorrente inscrito está ciente da inscrição e assume a responsabilidade, nos termos da lei, pela originalidade, autenticidade e autoralidade do poema editado em vídeo, que dispute o prêmio, não respondendo a comissão da FLIPORTO, a Comissão Organizadora e os jurados por reclamações de terceiros, a qualquer título e a qualquer tempo.
3. As decisões dos jurados são definitivas e irrecorríveis, não havendo reavaliação ou revisão das decisões proferidas.
4. Os casos não previstos neste Regulamento serão resolvidos pela curadoria da FLIPORTO.
5. Ao efetivar a inscrição e envio do arquivo, o concorrente estará automaticamente declarando que está absolutamente de acordo com todas as normas do 4º Prêmio Internacional Poesia ao Vídeo.

Antologia Poética do 1º Congresso Internacional de Poetas del

Antologia Poética do 1º Congresso Internacional de Poetas del Mundo. Volume I. A poesia como instrumento de paz.

A Organização do 1º Congresso Internacional de Poetas del Mundo,através do Projeto Palavras Azuis, em parceria com a Nova Letra, Gráfica&Editora convida para a edição de uma Antologia, que será lançada dentro da programação oficial do evento.
http://congressodepdm-blumenau.blogspot.com/
A obra será realizada pelo sistema cooperativado.
As inscrições já estão abertas e vão até 15 de Dezembro de 2010.

Regulamento:
O autor pode enviar até cinco poemas, dos quais serão selecionados três para publicação.
Os textos deverão vir em word, fonte Arial tamanho 12, através do e-mail terezinhamanczak@yahoo.com.br
Cada integrante da Antologia terá direito à três páginas de publicação .
*Biografias em cinco linhas no final do livro, em ordem alfabética.
1 - Custo por participação: R$ 240,00

2 - Número de exemplares que cada autor terá direito: 20 além dos 10 que cederá para distribuição por ocasião do lançamento da antologia e para as escolas.

3- Pagamento através de 3 (três)cheques pré-datados que deverão ser enviados juntamente com a ficha de inscrição do autor.

O prazo limite para o último cheque será 15 de fevereiro de 2011.

3.1.- Data limite para envio dos originais: 15 de dezembro de 2010.

3.2 – A remessa dos exemplares será por conta do autor.

4 - O lançamento da Antologia será dentro da programação oficial do Congresso Internacional de Poetas del Mundo.

5 - Tema livre

INFORMAÇÕES:
Descrição da obra:
Livro com 180 páginas; Capa em supremo 250/m2 com 4 X 0 cores, nas medidas 14X21cm fechado; Laminação BOPP Fosca (frente). Verniz UV Localizado; Miolo Fechado em Pólem Soft 80g/m2 com 1X1 cores.

Ficha de Inscrição
Nome:
Profissão:
RG :
CPF :
Endereço completo:
e-mail :
*Biografia em até cinco linhas.

Endereço para envio das inscrições:
Antologia Poetas del Mundo
Rua Narciso Maximiliano da Silva,108
89055120 Blumenau SC
Contato :
Celular 47 84024233

Seja um Poeta del Mundo
Cadastre-se em http://www.poetasdelmundo.com/
RESPONSABILIDADE DE:TEREZINHA MANCZAK

Veja as fotos da Reunião de Agosto 2010, da UBT Curitiba.

UBT-Curitiba. Agosto 2010

Clique sobre a imagem para visualizar o album.

Mulher por Fahed Daher

Se a história de Adão e Eva é correta, você, Mulher, é o significado da aventura e da descoberta do mundo.
A maça foi o apetite que se transformou em gula para as emoções do amor... Amor que não sei se Deus sabia que havia criado em você, mas que se criou em você e se manifestou na malícia insegura ou na maliciosa insegurança ou na maliciosa ingenuidade que levou Adão ao pecado... se é que consideramos, mesmo, pecado...
Mas uma coisa ficou certa em tudo isto: Você dirige.
Mandar é o atributo dos tiranos que, na insegurança e ou no medo da derrota, impõem ordens, mesmo arbitrárias, quando não só arbitrárias.
Você dirige através da insinuação, da persuasão, do carinho da sedução e, sempre que sincera, através do amor. O amor, o suavisador de feras.
O feminismo que algumas vezes se apresenta como partido político, ou movimento de disputa da masculinidade ou movimento das frustradas amorosas não são exatamente o seu carisma.
O feminismo da intelectualidade, da capacitação, da dignificação do sexo, da defesa e desenvolvimento harmônico das suas crias, da igualdade cristã entre as pessoas, independente de sexo, este é o seu destino.
Se a meta é a humanidade e para ela o equilíbrio e a paz, não é senão na solidificação da família que se fará o cumprimento do objetivo.
A realização pessoal e egoística da autopromoção narcisista tão apregoada pelas figuras dos vídeos, na confusão de amar e desamar, na frustração recebida e causada, sem o objetivo da doação amorosa e sem o objetivo do equilíbrio, não é da sua formação.
Através dos séculos você foi abusada, até que no surgimento do evangelho foram colocadas a Madalena e as Bodas de Canaã a indicarem o verdadeiro caminho da humanidade e o verdadeiro papel cabe a você.
A força bruta da masculinidade perdeu valor diante da força da inteligência que criou as máquinas e o novo surto da economia... Quando surgiu este momento da inteligência você passou a despontar e passou a ocupar cada vez maior lugar, mais ativo na civilização.
A duplicidade do seu valor se evidencia quando a sua meta é a família e a sua inteligência alcança o trabalho no mundo econômico e, no mundo do lar você os concilia.
Da análise do gênesis se constata que Deus criou o mundo dentro de uma sequência de perfeição de formas e de funções.
Depois de Ter criado o homem, não satisfeito criou ainda a mulher. Para harmonizar a sua criação não a criou de nenhuma matéria isolada, mas a criou do meio de Adão. Nem da cabeça para que não seja tirana, nem dos pés para que não seja escrava, nem do abdome para que não seja das fermentações, nem dos genitais para que não seja somente o gozo, mas do peito, onde está o sopro da vida no ar que se respira e onde está o coração, fonte da vida que alimenta todo o corpo e vibra com as emoções das alegrias e das tristezas.
Deus, na operação da criação de Eva não tirou só a costela de Adão, com a costela veio um naco do coração que faz com que cada homem busque o pedaço de coração que lhe falta e a mulher busca o coração que formou o seu.
Deu-lhe Deus, à mulher, o dom da amamentação com o manancial do alimento não lá na barriga, mas exatamente no peito junto ao coração, o mesmo coração símbolo do amor, para aconchegar a cria junto à face e fazer com que aquele que dela colhe a vida sinta o seu respirar, seus murmúrios de carinho e caricia, seu palpitar, no acalento dos braços macios e corajosos.
O mundo é seu, mulher! A política é sua, quando você sente que a sua família é o seu carisma e apenas pode bem sobreviver com uma sociedade digna e equilibrada.
O maior dos oradores não pode convencer mais do que a sua oração aos Pés de Maria ou das suas palavras no aconchego da cama ou das horas de refeição.
Você é a poesia, a harmonia, o sonho, a fibra, a luta, a vitória.
®Dr.Fahed Daher
– Médico - Governador 95/96 Distrito 4710 R.I. Apucarana Cidade Alta.
Academia de Letras de Londrina - Centro de Letras do Paraná (Curitiba)-
Academia de Letras José de Alencar (Curitiba) AVSPE. Academia de Letras Centro Norte do Paraná - Presidente –Apucarana PR Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Vice-presidente PR.

Vamos Fazer um Ato - Homenagem a Leminski


Vamos fazer um ato.
Entrar no tempo.
Prestigiar o mundo.
Pronto.
Sopro a fumaça.
Sofro a pressão.
Mais um pouco e nada terá acontecido.
Tudo será o que for.
E o que der e vier.
- seja lá o que será.

p.86 Catatau - Paulo Leminski

sábado, 21 de agosto de 2010

Pré-Lançamento da Antologia Teia Poética.

Aconteceu na noite de ontem, 20 de agosto de 2010, na Livraria do Joaquim, o Pré-Lançamento da Antologia Teia Poética, segundo livro do Grupo de Escritores Paranaenses Pó&Teias.A Antologia é apresentada à comunidade literária curitibana pela professora Glória Kirinus e prefaciado por Assionara Souza.
Para ver as fotografia do evento, clique na Coluna Simultaneidades Aconteceu na barra lateral direita ou AQUI!

Conheça um pouco do livro e de seus autores lendo abaixo o prefácio de Assionara.

Teia Poética: Tecendo a manhã
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
no toldo (a manhã) que plana livre de armação.” João Cabral de Melo Neto

Recorro a João Cabral e seu poema “Tecendo a manhã” para acrescentar algumas palavras ao lançamento desta segunda comunhão poética do grupo Pó&teias. Conduzidos pela escritora Gloria Kirinus, que tem, como poucos, a literatura como sua profissão de fé, o grupo cresceu e se manifesta com uma característica particularíssima e rara: nesta tela em que se tece o fazer literário há espaço para que todos entrem e contribuam “para que a manhã, desde uma tela tênue, se vá tecendo”.
Os textos transitam por vários gêneros: da poesia mínima à crônica de uma Curitiba que foi e não é mais. Há quem possa refratar essa convivência, num mesmo livro, de expressões literárias tão díspares. Mas é justamente essa orquestração de muitas vozes que enlaça e fortalece a teia.
Embora o livro distribua os textos seguindo a ordem alfabética, será tentador para alguns leitores organizar a leitura a partir de um grande panorama histórico literário da poesia que se fez e ainda se faz em Curitiba. Um itinerário que sai da estação do Parnaso até encontrar conexão com o ligeirinho Leminski. Exemplo disso, os textos mordazes de Raul Pough: “BLOQUEIO: Ando meio vago/ nas horas escritas”; ou ainda em COTIDIANO II: “Pena, pele, sangue, carne/ amálgama da vida/ em pasta”, de Deisi Perin.
Não deixa de comparecer as tintas de uma tradição haicaísta, que nos remonta a personalidades como Dona Helena Kolody e Alice Ruiz: como no poema ALVORADA: “pássaros gorjeiam/ primeiros raios de Sol/ um avião corta-me a retina”, de Carlos Sousa.
Nesse sentido, percorrer o livro será empreender uma viagem a uma Curitiba que, ainda que se camufle em acrílicos, esquinas, becos, vielas, bares, bordéis, subúrbios ou mesmo guardada num vão da memória, acha-se aqui, na voz dos autores de Pó&teias.
Nos temas com visada metalinguística, lembramos o ENLEVO, de Andréa Motta: “derramadas as palavras/ no centro do infinito/ com que ternura te encontro (...) ouso em teu nome,/ poesia/ compor a tristeza/ e a alegria/ que deslumbra/ os sentidos”. E também o S/: “o meu corpo nu/passeia pela casa/e/na parede da sala/sangra/a minha natureza morta”, de Angela Gomes.
Ao lado da atmosfera nostálgica presente em textos como os de Raquel Macedo Mestre, temos também o grito solto em delicados rituais da poesia de Iriene Borges: “A isso que sou /boneca de sonho/ títere do som/ não cabe reter a palavra que resvala.” Resvala e esbarra na bem direcionada e urbefágica lente – nem um pouco reticente (só pra não deixar de rimar) – de Ricardo Pozzo, que enfatiza o coro fatalista: “Quem verá o vento balançar a macega?/Ou crispar desconexa língua de fogo?/Em estreitas veias da urbe/a banhar-se em chorume,/o cadáver carbonizado (...)”. E mais ainda que o grito, a refinada e expectante ironia (que já não se assombra dos mais que 111AIS) de Wilson Nogueira: “Ora é só uma louca com a camisola suja de cocô/ A pele desbotada e os olhos desancorados de si (...)”. Tríade que se fecha e se espraia na voz de Tullio Stefano, atento ao canto dos (últimos?) malditos: “Não se pode dormir/enquanto o raio do sol/ é o espectro da morte”.
Vale destaque para um vislumbre na Curitiba das estruturas bem planejadas, mesmo que brade: “foda-se o poema!”, que pode ser apreciada no sofisticado poema instalação, “O inseto”, que nos remete à aporia drummondiana, assinado por Rodrigo Madeira, poeta que, assim como João Cabral, planeja e mede a engenharia das palavras:
2. O inseto de
palarva e tinta,
multiplicado
por suas asas
Como se vê, o livro Teia Poética traz iguarias para todos os gostos (desde sonhos a biscoito fino). É só escolher, freguesia! (Assionara Souza)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Curta Metragem Londrinense ganha Prêmio de Melhor filme no Festival de Gramado

A Londrina mítica de Ohara, por Annalice Del Vecchio.
Ganhador de cinco troféus, curta de Rodrigo Grota é registro poético da vida do fotógrafo Haruo Ohara a partir de suas próprias fotografias. Simone Spoladore é premiada como melhor atriz

O documentário Contestado – Restos Mortais, de Sylvio Back, que viveu por três décadas em Curitiba, foi elogiado pela crítica, mas não foi lembrado na noite de premiação do 38.º Festival de Cinema de Gramado, realizada no último sábado.
Apesar disso, o Paraná saiu carregado de troféus, em boa parte graças ao curta londrinense Haruo Ohara, de Rodrigo Grota, que retrata em belíssimas imagens em preto e branco flagrantes do cotidiano do fotógrafo nipo-brasileiro Haruo Ohara, que viveu em Londrina entre 1933 e 1999.

Só de Kikitos, foram três: melhor filme, dividido com o singelo curta baiano Carreto, de Marília Hughes e Cláudio Marques; melhor direção e melhor fotografia. Levou ainda os prêmios Aquisição do Canal Brasil e Cidade de Gramado de melhor filme.
Uma realização do núcleo de cinema Kinoarte, com patrocínio do Ministério da Cultura, Haruo Ohara foi tão premiado em Gramado quanto foram os demais filmes que compõem a Trilogia do Esquecimento, que inclui ainda Satori Uso (2007), sobre um poeta japonês (que nunca existiu), e Booker Pittmann (2008), sobre o jazzista norte-americano que passou uma temporada obscura na Londrina dos anos 50. “São filmes de ficção, mas foram construídos com abordagem totalmente documental. Isso causa uma confusão saudável no público”, diz Grota, que desde a semana passada frequenta Curitiba a cada duas semanas para dar aulas de Direção na Escola de Cinema da CineTVPR/FAP.

A “confusão” talvez ocorra porque os três filmes tiveram como inspiração as imagens de uma Londrina mitológica feitas pelo pioneiro Haruo Ohara e reelaboradas pelo experiente diretor de fotografia Carlos Ebert (O Bandido da Luz Vermelha). O cineasta, que se diz um apaixonado pela bruma densa, o céu visto em 360º e a terra vermelha de Londrina, também fotografou o longa curitibano em fase de finalização Circular, dos diretores Alysson Muritiba, Adriano Esturilho, Bruno de Oliveira, Fábio Allon e Diego Florentino.
Diante do desafio de retratar a vida absolutamente pacata deste agricultor e fotógrafo, Grota optou por uma abordagem poética e subjetiva. O espectador vê as cenas do cotidiano familiar de Haruo, como a de crianças brincando ou comendo, sob a ótica da criação do próprio fotógrafo.

A Trilogia do Esquecimento será reunida em DVD, com previsão de lan­­­­çamento em dezembro, contendo os três filmes, making of e ce­­­nas cortadas. Com patrocínio da pre­­­­feitura de Londrina, terá distribuição gratuita em cineclubes e ins­­­­tituições culturais e educacionais.

A atriz curitibana Simone Spoladore, presente em três longa-metragens exibidos nesta edição do Festival de Gramado, foi eleita melhor atriz pelo júri oficial por sua atuação no longa Não Se Pode Viver sem Amor, do chileno radicado no Rio de Janeiro Jorge Durán.
Ela dá delicadeza à Roseli, uma jovem do interior que viaja para o Rio de Janeiro à procura de um homem que a abandonou e ao filho dele, Gabriel (Victor Navega Mota). Simone também aparece na comédia Elvis & Madona, do ca­­­­rioca Marcelo Laffitte, exibido na destacada Mostra Panorâmica, e nas encenações do documentário O Último Romance de Balzac, de Geraldo Sarno (ven­­­­­cedor dos prêmios de melhor direção de arte e prêmio especial do júri). Fonte: Gazeta do Povo

O filme “Haruo Ohara” (PR, fic, cor e p&b, 16 min, 35mm, 2010), uma realização da Kinoarte, também foi selecionado para o 21º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum, que será realizado na capital paulista entre 19 e 27 de agosto. Fica a nossa torcida pelo sucesso do curta!

Foto: Carlos Ebert

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Artigo: Investigação sobre blogs: implicações entre literatura e mídia digital

Por Ana Carolina Coelho

Para os escritores, mais que um novo suporte para seus escritos, a Internet revelou-se um território de experimentação, com dinâmicas próprias de expressão, divulgação, leitura e comercialização. Dentre as ferramentas surgidas, uma que ganhou destaque foi o formato blog, que transforma o escritor em seu próprio editor. Uma pesquisa que vem sendo realizada para o doutorado em Comunicação Audiovisual da Universidade de Salamanca tem como propósito analisar estas questões da literatura na rede. A partir dos blogs de conteúdo literário (hospedados nos domínios Blogger e Wordpress), são levantadas interessantes reflexões sobre as intercessões entre literatura, mídia digital e copyleft.
O objetivo desta pesquisa é analisar como a Internet se tornou um novo suporte comunicativo, tanto de produção como de destribuição de conteúdos para autores que mantém blogs literários e como estes autores acreditam que devem ser tratados os direitos de autor no ciberespaço. Afinal, o sistema clássico de edição ainda permanece como o veículo predileto para a publicação de material literário?

Se publicar é tornar algo público, com o alcance da Internet isto nunca foi tão real: hoje podemos tornar uma obra pública em todas as partes do mundo em apenas alguns segundos. A interação que acontece através do sistema de comentários presentes nos blogs ou em comunidades de redes sociais que discutem temas relacionados ao meio são um exemplo do que o teórico Henry Jenkins denomina de cultura participativa: uma cultura com relativamente baixas barreiras para a expressão artística, com um forte apoio a criação e ao seu intercâmbio. Desta forma, coloca-se a questão: como produzir dentro de um território livre por natureza e seguir pensando a partir de conceitos de autoria e de produção como foi feito até a chegada da Internet? O certo é que devemos pensar em um novo equilíbrio entre a liberdade individual e os direitos de autor.
A discussão que propomos nesta investigação apresentará dados significativos a respeito da literatura digital produzida atualmente no Brasil: o que pensa a nova geração de criadores literários que começaram sua carreira em meio a uma revolução midiática e social provocada pelas novas tecnologias de informação? Com os dados reunidos neste estudo, construiremos uma série de parámetros de medida para avaliar as possíveis implicações desta revolução no processo de publicação e distribuição da produção literária contemporânea.
Vivemos em meio a uma revolução cultural e ainda não podemos prever os efeitos derivados da mesma. Sabemos no entanto que as tecnologias de comunicação não conduzem apenas a novas formas de manifestação da cultura, mas também a redefinição da cultura mesma, uma vez que entendemos que a revolução midiática inclui também uma revolução social.

Ana Carolina Coelho é doutoranda em Comunicação na Universidade de Salamanca, Espanha, e realiza tese sobre literatura e blogs e direitos de autor no ciberespaço.
E-mail: olcoelhope@hotmail.com

Fonte: Portal Cronópios

Lançamento do livro - Constelação de Ossos de Bárbara Lia



Lançamento do livro - Constelação de Ossos
Quando? - Qua, 1º de Setembro, 19:00
Onde? - Palavraria - Livros & Cafés - Rua Vasco da Gama, 165 - Porto Alegre
Quem? - Bárbara Lia

"Estrutura ficcional elaborada, em que os capítulos se sucedem em corrente límpida, revelando com simplicidade e magia a história de vida da personagem, desdobrando- se em uma continuidade fluida provocadora de uma leitura ávida e prazerosa. Prosa poética plena de sonoridades e metáforas ora líricas e encantadoras, ora duras e valorosas.
A Paranaense Bárbara Lia disseca um feminino sofrido - ótica da narradora – que permeia o texto, de sensibilidades e delicadezas, violências e mágoas." Fragmento da Apresentação do livro - Constelação de Ossos - Coleção Anáguas (Vidráguas)

Foto Capa: Ricardo Hegenbart

Artigo: A questão do fim do livro por Marcelo Spalding

O debate sobre o fim do livro está realmente palpitante, trazendo consigo uma leva de livros ― sim, o bom e velho livro ―, que prometem abordar de frente o tema. A questão dos livros (Companhia das Letras, 2010, 232 págs.), de Robert Darnton, publicado nos Estados Unidos em 2009 e já traduzido pela respeitável Companhia das Letras, é um deles.
Apresentado como "um livro sobre livros, uma apologia descarada em favor da palavra impressa e seu passado, presente e futuro", traz uma reunião de ensaios e artigos do professor universitário nova-iorquino que fez carreira em projetos acadêmicos e dirigindo bibliotecas. Como todo livro de reunião de ensaios e artigos acadêmicos, há uma boa dose de repetição, redundâncias, por vezes desgastando o leitor que fica com a sensação de que só precisaria ter lido um ou outro ensaio, e não a obra inteira.

Ainda assim a obra traz algumas reflexões importantes e toca nos principais temas sobre a questão dos livros na contemporaneidade, inclusive seu fim e digitalização: "o futuro, seja ele qual for, será digital. O presente é um momento de transição, onde modos de comunicação impressos e digitais coexistem e novas tecnologias tornam-se obsoletas rapidamente". E a biblioteca?, questiona. "Esta pode parecer a instituição mais arcaica de todas. Ainda assim, seu passado guarda bons presságios para seu futuro".
Lançando mão do olhar de historiador, Darnton afirma que houve quatro mudanças fundamentais na tecnologia da informação desde que os humanos aprenderam a falar. A primeira foi a invenção da escrita, tida como alguns pesquisadores como o avanço tecnológico mais importante da história da humanidade. A segunda foi a substituição do pergaminho pelo códice, logo após o início da era cristã. O códice, por sua vez, foi transformado pela invenção da impressão com tipos móveis, na década de 1450. E a comunicação eletrônica, por fim, quarta e grande mudança, aconteceu "ontem, ou anteontem, dependendo dos seus parâmetros":
"Disposta dessa forma, a velocidade das mudanças é de tirar o fôlego: da escrita ao códice foram 4300 anos; do códice aos tipos móveis, 1150 anos; dos tipos móveis à internet, 524 anos; da internet aos buscadores, 17 anos; dos buscadores ao algoritmo de relevância do Google, 7 anos; e quem pode imaginar o que está por vir no futuro próximo?"

O Google, aliás, está no centro da discussão do autor sobre o futuro do livro, graças ao ambicioso projeto Google Search Books. Darnton conta que em julho de 2007 ficou sabendo que Harvard estava envolvida em conversas secretas com o Google a respeito de um projeto que planejava digitalizar milhões de livros, começando com o acervo de Harvard e outras três bibliotecas universitárias, para então disponibilizar as edições digitais no mercado. O projeto já estava se desenvolvendo há alguns anos, tanto que em outubro de 2005 havia sido movida uma ação judicial contra o Google por um grupo de autores e editores que afirmavam ter seus direitos autorais infringidos.
O autor vê muitos méritos no projeto, hoje em pleno funcionamento, que irá facilitar o acesso a livros em qualquer parte do mundo, chegando a comparar a internet ao ideal iluministra de divulgação do conhecimento (aliás, a enciclopédia foi um símbolo iluminista como a Wikipedia é um símbolo da Era Digital). Mas também lembra que o Google já controla os meios de acesso à informação on-line da maioria dos americanos (GoogleSearch, Orkut, YouTube, GoogleMaps, GoogleImages.), e que com a desistência da Microsoft de atuar na digitalização de livros e o acordo feitopelo Google na justiça, apenas ele tem recursos tecnológicos, jurídicos e financeiros para um projeto dessa monta, impedindo qualquer outra iniciativa semelhante de atingir proporções parecidas. E "o que acontecerá se o Google der preferência à lucratividade em detrimento do acesso?", questiona Darnton. Segundo os termos do acordo feito entre a Justiça Americana e o Google, nada.
Outra linha de batalha do autor é a questão dos periódicos científicos, convertidos nos Estados Unidos numa indústria organizada e ambiciosa capaz de sugar todos os recursos possíveis das bibliotecas, pressionadas pelos alunos a adquirir os periódicos mesmo que as assinaturas anuais ultrapassem 10 mil dólares (eu já havia escrito sobre essa questão no Brasil em Quanto custa rechear seu Currículo Lattes). Com isso, as bibliotecas deixam de investir no que o autor chama de monografias, que seriam trabalhos acadêmicos de conclusão de cursos de graduação ou pós editados em formato de livro.
Como uma tentativa de recuperar esse tipo de produção, o autor relata sua participação no projeto Gutemberg-e, cujo objetivo era publicar teses de doutorado recriadas para publicação na internet em forma de livro eletrônico. Diferentemente do que imaginavam, os custos para uma publicação eletrônica se mostraram mais altos que os custos para a publicação impressa, graças às complexidades técnicas, o custo com direito de aquisição de imagens, sons, vídeos, etc. Ainda assim o projeto conseguiu um aporte financeiro importante e por alguns anos foi realizado, sem, entretanto, a repecussão e o retorno esperados pelos investidores. Com isso o projeto foi interrompido, mas segundo Darnton foi uma bela amostra de como é possível aproveitar as novas tecnologias para disseminação do conhecimento em novas formas, com nova estrutura, diferente da estrutura livresca. Para ele, o Projeto Gutemberg-e passou por dificuldades por estar a frente do seu tempo, tanto que o próprio Darnton está envolvido na criação de um livro eletrônico sobre sua tese de doutorado.

A concepção de Darnton para seu livro eletrônico é interessante: uma construção piramidal em que o leitor pode ir se aprofundando de acordo com seu interesse específico em determinados temas, ou ler apenas a superfície do trabalho integral. O projeto, que tem se mostrado extremamente complexo na elaboração, ainda é apenas um projeto, mas demonstra como o acadêmico apaixonado por livros percebe a função distinta do que é publicado nas novas tecnologias e do que é publicado em livro.
Na parte sobre o passado do livro, vale mencionar uma resenha sobre o livro Double Fold: Libraries and the Assault on Paper, de Nicholson Baker. Baker se insurge contra a política norte-americano de liberar espaços nas bibliotecas através da microfilmagem. Para tanto era aplicada a técnica da dobradura dupla: se a página do livro fosse dobrada duas vezes e quebrasse, o livro estava condenado. Com isso a capa era retirada e as páginas escaneadas em microfilme, depois sendo o papel descartado. Assim milhares de livros sumiram das bibliotecas e, o que para Baker é imperdoável, coleções inteiras de jornais desapareceram, restritas que estão apenas aos microfilmes.
A questão é: quanto tempo irão durar os microfilmes? Há garantia de que eles estarão intactos pelos próximos cem anos de chuva, sol, calor, umidade? Os livros, embora um pouco amarelecidos, estão preservados por mais de cem anos e nada leva a crer que não permanecerão inteiros pelos próximos cem, até porque o leitor folheia páginas, não dobra páginas. E o microfilme? E as mídias digitais?

Como se percebe, são questões bastante diversas, embora todas ligadas à questão do livro, e parece mesmo que precisaríamos um livro eletrônico em formato piramidal para esgotarmos cada aspecto, ou pelo menos compreender toda sua complexidade. O fato é que o fim ou não do livro é uma questão quase insignificante diante do que se tem feito com a informação e o conhecimento na Era Digital, suas novas formas, sua preservação, sua circulação. Não é o fetiche pelo cheiro ou a forma do papel o que está em jogo. E é bom estarmos atento a isso.

Fonte: Digestivo Cultural