domingo, 28 de agosto de 2011

PARANÁ POEMA

Escrito há quase 10 anos, o pronunciamento abaixo retrata ainda hoje toda a Poesia e pujança do nosso Estado. Daí a importância de sua reprodução na data em que o Paraná comemora 158 anos de sua criação. - 29 de agosto data da Criação da Província do Paraná. Simultaneidades.

Paraná Poema
Por Rafael Greca

O ano de 2003 marca os 150 anos da emancipação política do Paraná, a serem comemorados a partir do próximo dia 19 de dezembro.
Permitam-me, Senhores Deputados, fazer aqui o elogio de minha terra. Um discurso feito de terra. Memória da terra sagrada do Paraná, que tantas e tão grandes riquezas deu à brava gente brasileira.

O Paraná nasce em berço de areias, no seu extremo leste, junto à praia original da ilha do Mel. Ali, onde a luz do Sol cria o primeiro instante da nova manhã, ali,junto aos sambaquis onde areia, cascalho e conchas guardam memórias dos primeiros mortais que se deitaram na terra.

O Paraná cresce nos granitos da Serra do Mar. As montanhas que nós, curitibanos, imaginamos verdes ou azuis, na proporção da distância em que as contemplamos.
Vista de perto, vasculhada em suas entranhas, a serra tem outras cores.
Eu, menino, testemunhei as explosões das pedreiras do meu avô Greca. Foi quando descobri que a montanha de granito é cinzenta, esbranquiçada, e, depois da dinamite, cintila, despedaçada em quartzo, feldspato e mica.
Aí vem o planalto curitibano.
Nascente e leito do rio Iguaçu.
Feitos de argila e turfa.
A argila, barro primordial, terra que recebe os pinhões.
Berço dos tingüi, que nela se acostumaram a viver escondidos nos buracos que chamavam "coivaras".
A mesma argila bendita que se fez barro para tijolos e telhas, bolachas de terra cozidas em formas européias, com as quais se ergueu a cidade. Tijolos maciços, telhas goivas, telhas alemãs, telhas francesas. As goivas, diz a lenda, moldadas coxas de escravos, barro temperado de suor com a forma dos corpos servis.

As alemãs, planas como escamas, amarradas umas às outras, medrosas dos ventos do Sul.
E as telhas francesas, mais comuns hoje em dia, novidade trazida da Europa por Francisco Klempz, nos idos de 1890, para sua olaria no Barigüi da Fazendinha.
A turfa negra, sabão de caboclo, barro dos banhados do Iraí, Miringuava e Iguaçu,horror dos prefeitos na difícil tarefa de pavimentar o Boqueirão e o Cajuru.

Assim é o adorado chão de Curitiba, terra de construir e semear. Ninguém compreendeu-o melhor do que os nossos avós, fundadores e imigrantes. A eles também nossa homenagem.
Mas, continuemos nossa viagem pelo cerne da terra paranaense, além dos ipês de Curitiba.

Vamos atravessar as muralhas de calcário, contemplar os salões subterrâneos de Colombo, as minas generosas de talco e cal, lá onde começa a terra dobrada. Rio Branco do Sul, Bocaiúva, Campinhos, Bacaetava, Serrinha, Lapa, Cerne, Purunã,todos os nomes da nossa expressiva Escarpa Devoniana.

Mas, aí já é o segundo planalto.
Pedras que, esmagadas, se tornam óleo, xisto betuminoso, no solo notável de São Mateus, sombreado de ervais. Arenitos rosados, em Vila Velha, Furnas, Brotas, Tamanduá, Palmeira, Buraco do Padre, Jaguariaíva, Capão Alto e Guartelá.
Berço do rio Tibagi, que no seu longo curso conhece outras histórias da terra.
Inesquecível no brilho e pureza de seus diamantes sem jaça, garimpados junto à antiga Vila dos Remédios, no acesso a Monte Alegre, hoje, Telêmaco Borba.
Há ainda o carvão, gerador de energia, aquele que move as máquinas da termelétrica de Figueira.
Sem falar no gás de Pitanga, no centro do Paraná. Dizem, tão volumoso, quanto o caudal de águas subterrâneas do nosso mar inferior, o aqüífero Guarani.
Dali brotam as águas quentes de Jurema, Verê, Foz do Iguaçu.

Passemos ao Terceiro Planalto, que começa no Morro do Chapéu, antes do rio das Mortes, portal dos Campos de Guarapuava. Ali despencam infinitas cascatas, as mais bonitas, escondidas pelo mato do sertão de Prudentópolis. Ali começa um mar de searas, verde mar de alimentos que frutifica o Paraná e move seu porto, a saciar parte da fome do mundo.
Agora estamos embarcados, canoas guarani nos fazem deslizar pelos rios Iguaçu, Piquiri, Ivaí, Tibagi e Paranapanema, até o extremo oeste.
Pode-se olhar diversas vezes um mesmo rio, nunca é a mesma a água que a gente vê.

Nada é mais glorioso do que a foz do Iguaçu, com suas miríades de borboletas amarelas, indo e vindo por entre os jorros das cascatas, lá onde nascem aos milhares as andorinhas, estas que vão e voltam, voando entre as ramas altas das sibipirunas e das canafístulas, rivalizando com as araras, os tucanos e as baitacas.

A lição de Heráclito de Éfeso, o que elogiava as lágrimas, também corre no nosso pranto.
Pranto pela derrubada das matas, pelo afogamento de Sete Quedas, pelas dores, pelos embates, pelas injustiças e pelo sangue derramado na ocupação, tão rápida, de tão extenso território.

Chegamos ao futuro.
As terras vermelhas e roxas do norte e do oeste do Paraná. Nascidas da decomposição do basalto, do cataclismo que separou África de América, no dia cósmico em que as águas do Atlântico fraturaram, afogaram e apartaram para sempre o continente de Godwana.
Paraíso perdido, terras mais férteis do mundo.
Útero tropical da civilização do café.
Plantamos a rubra fruta arábica, servimos ao mundo a estimulante e dadivosa bebida, e colhemos 200 notáveis cidades, em tempo menor que 50 anos.
No noroeste, a mata derrubada, herdamos o arenito Caiuá. Hoje se sabe, até ele pode ser fértil. Deserto capaz de se renovar, se corretamente manejado. O Paraná é, por inteiro, uma seara generosa.

No sudoeste, sonhamos em italiano a utopia realizada de terra para muitos, para aqueles que nela vivem e trabalham. Milhares de pequenas propriedades repartidas com italianos do norte, brasileiros do sul, que também aqui colheram cidades. Estas com menos de 40 anos.

O Paraná é tudo isso, e também a sua muralha, lá onde o Sol se põe. O imenso paredão de basalto negro, a conter o caudal do grande rio que nos dá seu nome.

Paraná, rio Paraná, muita água, água grande em tupi.
Lá onde dormem os jacarés e as capivaras, lá onde a onça pintada mata a sua sede, lá onde se aninham, aos milhares, andorinhas, araras, tucanos e baitacas.
O Paraná não cabe na medida da mediocridade, da inveja que é capaz de secar, desde o orvalho até o caudal de sucesso. O Paraná é maior do que as pessoas da testa curta, de inteligência estreita, de olhar mesquinho, de horizonte convergente,estes que são incapazes de viver em salões de pé-direito alto, de contemplar panoramas abrangentes.

Nosso Paraná é maior do que todas as dificuldades.
Mesmo com a Nação e o mundo cobertos pelas sombras da guerra.
Há de erguê-lo, sempre mais.
Nos combates cotidianos, marcados pela angústia do tempo.
E também neste Congresso Nacional, no momento de exaltar a terra e a gente
que nos elegeu – quando o tempo não existe, quando vestimos o verde manto de esperança – anelando a eternidade.
Manto debruado pelo brilho das letras, ouro bendito da nossa magna língua portuguesa.
Metáfora da nossa vida nesta terra.

Por isso, engenheiro, escolhi falar-lhes em termos geológicos. Com a linguagem original da terra paranaense.
O solo que nos amalgamou. Alicerce, base que nos sustenta.
Vivos, somos este pó levantado.
Terra Sagrada. Terra em pé.

O Paraná é sagrado, porque sagrados somos todos nós, os seus filhos.
Os que nascemos, nos erguemos, construímos a vida e vamos adormecer nesta terra.
Mesmo mortos, quando formos pó deitado, só a memória do Paraná e do Brasil, do bem que tivermos compartilhado ou realizado, nos dará a imortalidade. Esta imortalidade que queremos celebrar no momento em que principiam as comemorações do sesquicentenário da emancipação política do Paraná de São
Paulo, da criação do Paraná como unidade da Nação brasileira.
Pronunciamento proferido pelo deputado federal Rafael Greca, no dia 4 de dezembro de 2002, no pequeno expediente da Câmara dos Deputados sobre: Emancipação Política do Paraná.

Trovas em Homenagem ao Paraná, 158 anos da criação da Província


Pôr-do-sol, campos desertos,
e o pinheiro então parece
estar de braços abertos
a sussurrar uma prece.
Adilson de Paula

Paraná…terra de encantos…
Luz de um povo varonil!
A flora e a fauna são mantos
que engrandecem o Brasil.
José Feldman

Encantada olho os pinheiros,
formosos! Iguais? Não há.
Dos poetas são os parceiros
que versam o Paraná!
Vânia Ennes

Terra-mãe não me contive:
Teu chão, sol, fonte que corre...
És Terra por quem se vive,
És terra por quem se morre!
Amália Max

Sou caipira, sou da roça,
não uso terno, ou crachá...
Se a minha mão é mais grossa,
mais rico é meu Paraná!!!
Maria Lúcia Castanho

Solenidade em comemoração aos 158 anos da criação da Província do Paraná

O desembargador Luis Renato Pedroso, vice-presidente para assuntos cívicos e culturais do Movimento Pró-Paraná, convida para a solenidade em comemoração aos 158 anos da criação da Província do Paraná.

O evento está programado para às 18h da próxima segunda-feira (29), no 9º andar do prédio da Associação Coimercial do Paraná (ACP), localizado na Rua XV de Novembro, 621, na região central de Curitiba.

A oradora oficial da solenidade será a historiógrafa Chloris Elaine Justen de Oliveira.

sábado, 27 de agosto de 2011

Centro de Letras do Paraná: Programação de Setembro de 2011

A FAMíLIA CENTRISTA

"A família é a base fundamental da sociedade".
(Camilo Castelo Branco, apud Jeorling J. Cordeiro Cleve, in "Pensamentos de todos os tempos", volume 3)

Envio-lhes esta mensagem, caríssimos confrades, justamente na nominada "Semana da Família", consagrada no calendário cristão.

É que seguidamente apregoamos que o nosso querido Centro de Letras do Paraná se constitui em a "Segunda casa de todos nós", justamente porque nos consideramos uma verdadeira família.

E o convívio semanal mais nos aproxima e envolve, fazendo que nos estimemos cada vez mais e tornemos o nosso ambiente sobremaneira acolhedor, a fim de que o desfrutemos prazerosamente.

Saudando-os, pois, neste ensejo, bem como todos os seus, permito-me solicitar e encarecer o prestigiamento aos eventos que são promovidos, nas costumeiras terças-feiras, sempre antecedidos pelo
tradicional "Chá de Confraternização", divulgando-os no centro de suas atividades profissionais e entre seus tão diletos amigos.

O nosso Cenáculo, próximo de completar seu primeiro centenário, necessita urgentemente do amparo de seus associados, ainda porque as naturais dificuldades ainda não foram superadas.

E, unidos, vivendo como uma família, projetaremos cada vez mais, a também "Casa de Euclides Bandeira e Emiliano Pernetta"!

PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO/2011

DIA 06
17 HORAS:Palestra do Professor Velocino Bruck Fernandes - TEMA: "Minha vida e minha obra".

DIA 13
17 HORAS:Exposição da Professora Sílvia Maria de Grácia Marques.
TEMA: "Alfredo Andersen - O Pai da Pintura Paranaense".

DIA 20
17 HORAS: Terça da Poesia, a cargo da Academia Paranaense da Poesia.

DIA 27
17HORAS: "A Vida e a Obra de João Turin, precursor da escultura no
Paraná". Narrativa do advogado Jiomar Turin.

LUÍS RENATO PEDROSO
PRESIDENTE

Lançamento do Jornal Memai

JORNAL MEMAI 07 ABORDA O TERROR NUCLEAR

JORNAL MEMAI – Letras e Artes Japonesas lança sua sétima edição, tendo como tema de capa o pesadelo nuclear, que tem atormentado o imaginário japonês desde a 2ª. Guerra Mundial. Godzila, Akira Kurosawa, Masuji Ibuse são algumas obras da ficção japonesa que abordaram o tema.

O jornal também traz a homenagem da França ao Japão, com a instalação da Casa de Chá criada pela designer Charlotte Perriand; entrevista com o escritor Oscar Nakasato, que recebeu o premio Benvirá de Literatura pelo romance Nihonjin; e uma matéria sobre haicai, ilustrada com haicais de imigrantes e pelo o sumi-ê de Lucia Hiratsuka.

O JORNAL MEMAI é publicado trimestralmente e tem distribuição gratuita em Curitiba, Londrina, Maringá e São Paulo. Quem tiver curiosidade em conhecer a versão impressa pode pedir pelo email contato@jornalmemai.com.br.
O site, que está sendo atualizado, traz até a edição 05 do jornal.

APRESENTAÇÃO DA TUNA DE MEDICINA DO PORTO DIAS 29 E 30 DE AGOSTO

EXIBIÇÃO EM CURITIBA EM 29 E 30 DE AGOSTO

Um belíssimo espectáculo de estudantes universitários da Faculdade de Medicina do Porto com músicas portuguesas muito animadas, irreverentes e divertidas.
CONVITE - ENTRADA LIVRE

PROGRAMAÇÃO

29-08-2011 - 18h30
Auditório da FESP, Rua Dr. Faivre, 141

30-08-2011 - 10H30
UFPR - Sector da Saúde - Rua Padre Camargo, 280, 1º
(atrás do Hospital das Clínicas)

30-08-2011 - 18H30
SOCIEDADE PORTUGUESA 1º DE DEZEMBRO
Rua Pedro Ivo, 462

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Em destaque: ROZA DE OLIVEIRA

Homenagem do Blog Simultaneidades na data de seu aniversário, com os votos de muito amor, saúde e poesia em seus caminhos!

Breve Biografia:
Roza de Oliveira é "fluminense de nascimento e paranaense por adoção", casada com o pianista Julio Enrique Gómez. É professora aposentada, engajada em projetos de Oficina de Poesia "Despertando o Ser Poético" para Professores, Adolescentes e adultos na Melhor Idade. É conferencista e declamadora ao lado de seu marido no Projeto Litero Musical "Lançando a Rede na Lua" , É Presidente da Academia Paranaense da Poesia , membro da Academia Sul -Brasileira de Letras, da UBT Seção Curitiba, do Centro de Letras do Paraná, da Academia Feminina de Letras do Paraná, do Centro Paranaense Feminino de Cultura, entre outras entidades culturais. Participa de muitas Antologias, e reúne vários Prêmios na arte da Poesia e da Trova. Possui 13 livros publicados: poemas, ensaios, contos, poemas infanto – juvenis trovas e a Tese de Mestrado em Literatura Brasileira "As Imagens do Ar nos Poemas de Tasso da Silveira" publicada em 2001 pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.

RELÂMPAGOS DIVINOS

Relâmpagos luzindo em noite escura
em seus corcéis de luz aurifulgente,
anunciais de forma rica e pura
um mágico saber - clarividente!

Telegramas de luz cuja linguagem
computador nenhum pode gravar
e, presciente dessa luz-imagem,
só o poeta a sabe decifrar.

Bendito seja tal conhecimento
que em seus raios de luz, força e verdade
emerge dos arcanos de uma alma.

E, assim sendo, relâmpagos divinos,
trazeis da criação a tempestade
que me compensará com paz e calma.
Roza de Oliveira

22º Concurso de Contos Paulo Leminski

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Apresentação
O Concurso de Contos Paulo Leminski, desde seu início em 1989, faz parte do Calendário de Eventos Culturais de Toledo e da Unioeste, e tem repercussão na área cultural e literária da cidade, da região e do país. A realização do evento é uma atividade conjunta entre a Unioeste - Campus de Toledo - e Prefeitura Municipal de Toledo (Biblioteca Pública Municipal). A inscrição de um conto, devendo ser obra original e inédita, no evento é gratuita e deve obedecer ao Regulamento, que pode ser consultado nos portais virtuais da Prefeitura Municipal de Toledo, http://www.toledo.pr.gov.br/, ou Unioeste http://www.unioeste.br/leminski , onde também são veiculadas notícias relativas a esse evento.

Os três primeiros colocados, e também o melhor conto toledano - não estando este entre os três primeiros - recebem um prêmio em dinheiro e um certificado que atesta a respectiva premiação. Além desses, os contos indicados para menções honrosas também recebem um certificado que atesta essa indicação.

Para a leitura de todas as obras inscritas, análise e discussão, uma banca é escolhida pelas instituições organizadoras e coordenadores do concurso, cabendo à Comissão Julgadora reunir-se para a leitura, análise e discussão, tomada de decisão e registro em ata e entrega do resultado à Coordenação do Evento. Então os contos premiados são divulgados nos Portais da Unioeste e Prefeitura Municipal, na mídia local. Em outro momento, essas obras são reunidas, a cada período de quatro ou cinco anos, numa coletânea. Assim, os autores de contos premiados, e também aqueles que tenham recebido menção honrosa, têm seus trabalhos publicados num volume. Em 2010 foi lançada a 4ª. Coletânea de Contos do Concurso Paulo Leminski, contendo obras da 16ª à 19ª edição desse evento.

Prefeitura Municipal de Toledo (Biblioteca Pública Municipal) e UNIOESTE, Campus de Toledo - PR

Regulamento:
Inscrição: de 31 de julho a 11 de novembro de 2011.
Reunião Final da Comissão Julgadora: 01 e 02 de março de 2012.
Premiação: 17 de março de 2012.
Informações:
Unioeste - Campus de Toledo - PR - (45) 3379-7091
Biblioteca Pública Municipal - 045 3252-6225 3055-8790

REGULAMENTO COMPLETO CLIQUE AQUI!

DÁRIA FARION

Dária Farion
Procurei devolver a Deus o que Ele me deu, transformado em amor.
Em todas queria ser solução, em todas fui oração.

Sonhei o universo, vivi o show da vida no cenário da Deusa Terra, no palco iluminado do meu coração. Foram tantos os tempos, foram tantos os momentos. A cada tempo uma sementeira e a colheita dadivosa; a cada momento a emoção e seu reino.

Agradeço a Deus meus tesouros: meus filhos minha benção maior, foi fantástico esse reino entre berços rosas e azuis. É sublime agora o reino de orgulho: os filhos, higianos, orquestrando cânticos opimos; com apojaturas se doando para um mundo melhor.

Agradeço a Deus meus amigos e poetas, minha Maria Efigênia que no seu relicário me abrigou e no "FALA COM DEUS" sublimou. Maria Inês me aconchegou no coração e na AVBL. Maria Rosa que no poema “Quem És“ revelou a bondosa visão do seu coração. Chloris no amor recíproco; na graça de poder chlorisar haurindo luz. Lilia na ternura: “Você não me ama, porque sou sua filha, sou sua filha porque me ama”. Janske apanhei “Felicidade” que nas ondas magnéticas fugia. Adélia Maria que encontrou a verdadeira dimensão dos meus versos e nos prefácios revelou. Roza que de braços abertos me recebeu na Academia da Poesia. Lygia que com carinho me aconchegou na Academia Feminina.Todos os poetas/amigos com seus poemas/oração.

Epígrafe
Pelas estradas da vida
Logrei meus sonhos
Flagrei estesias
Escrevi minhas poesias.
Aos neófitos eu diria:
Cada verso é uma semente nobre
Lançai as sementes, lançai
O mundo precisa de poesia.
Neste agora, vencida toda epopéia que a vida traçou, vou por outro caminho, buscar outra fonte, outra paisagem, noutra dimensão.
Quantos poentes verei ainda não sei, mas enriquecidos pela escassez do tempo são cada vez mais lindos.
Para o templo que abrigou minha vida,
Para a vida que executou a canção
A canção que a vida ditou
Minha gratidão.

OBRIGADA MEU DEUS

Por acreditar que eu conseguiria, e
Na frente de tantas batalhas me colocar.
Pautei acordes para enfeitar a canção,
Apojatura na partitura para a vida caminhar.

Obrigada meu Deus pelo EU poeta,
Visto a inspiração com palavras
Enfeito com as cores das lutas e vitórias.
Bendigo os horizontes que sonhos registraram

Vou fundo no tempo, resgatando lembranças,
Relembrando a coragem de cada travessia,
Abençoando os momentos de oásis.

Que espetáculo mais lindo!
Ver florir as realizações no meu poente.
Meu Deus e um dia perfumada Te visitar!

Obrigada meu Deus, pelas decisões acertadas,
Pela felicidade de não precisar pedir perdão,
Pelo filho que abraça forte, indica o norte
Carregando a mãe na subida, amparando na descida.

Dária Farion

Publicado originalmente no site do Centro Paranaense Feminino de Cultura

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um passeio pela História: Criação da Província do Paraná - 29 de agosto de 1853

A denominação “Paraná” vem da língua guarani e quer dizer: “para” ... mar + “anã” ... parecido, parente, semelhante, significando rio grande, rio como mar, rio semelhante ao mar.

É termo de origem geográfica e refere-se ao Rio Paraná, o maior curso d’água em território paranaense, que divisa o Estado do Paraná da República do Paraguai e do Estado do Mato Grosso do Sul. Originalmente a pronúncia correta do termo era Paranã, porém, com o tempo alterou-se a acentuação da última vogal. Em se tratando de estudo toponímico, deve-se levar em conta que o topônimo Paraná, aparece, dentre várias citações, em três outras importantes denominações no território paranaense, a saber: “Rio Paranapanema”, que divide, a norte e noroeste os Estados do Paraná e de São Paulo; “Paranaguá”, primeiro município criado no estado; “Rio Paraná”, situado na porção oeste paranaense.

A ação legislativa para a elevação da Comarca de Curitiba à categoria de província, como Província do Paraná, ocorre em três momentos distintos. Em 1843, foi apresentado na Câmara dos Deputados um projeto criando a Província de Curitiba, que não chega a ter sua discussão concluída em razão de manobras dos opositores. Em 1850 o assunto seria debatido no Senado. Discutia-se a criação da província do Amazonas e, por meio de emenda ao projeto, aprovou-se também a Província do Paraná. Em 1853, na Câmara dos Deputados, a matéria é retomada, sob acusações de interesse eleitoral do governo. O projeto foi combatido principalmente pelos deputados liberais de São Paulo, que tentaram, como em 1843, uma compensação pela perda da comarca: a anexação de parte da província de Minas Gerais. Aprovado finalmente o projeto pela Câmara dos Deputados, em 20 de agosto, a nova Província foi instalada em 19 de dezembro de 1853.

A denominação Paraná, dada ao Estado da Federação, surgiu a partir de 1853, no período da elevação da então Comarca de Curitiba, que era jurisdicionada à Província de São Paulo, à categoria de Província.
A sanção do projeto que criou a Província foi do Senador Honório Hermeto Carneiro Leão (Marques do Paraná), da Província de Minas Gerais. Até então o nome que prevalecia para a porção territorial que hoje compõe o Estado do Paraná era Curitiba, em função da denominação da Comarca. Nos livros, documentos e jornais da época conhecia-se este território, então paulista, por Comarca de Curitiba.
Em 1811, Pedro Joaquim de Castro Correia e Sá pretendeu criar uma Capitania no território que é hoje o Estado do Paraná. Ambicionava ser Capitão-General e apostou seu prestígio nesta proposta. Sobre a intenção de Correia e Sá, o historiador Romário Martins, em História do Paraná, pág. 321, diz o seguinte: “... viu na Comarca de Paranaguá, dilatada, pobre e distante da sede do governo paulista a que estava sujeita, o campo propício aos seus desejos”. Apesar do apoio político obtido, o aspirante a Capitão-General não obteve êxito em seus objetivos. A Corte lhe fechou as portas. O autor classifica Correia e Sá de oportunista e destaca os nomes de Floriano Bento Viana, Francisco de Paula e Silva Gomes e Manoel Francisco Correia Júnior como verdadeiros baluartes da criação da Província do Paraná. Eram patriotas, pura e simplesmente idealistas.
Bento Viana era militar e, a 15 de julho de 1821, iniciou um movimento separatista que passou para a história com o nome de “Conjura Separatista”. A princípio os ideais de Bento Viana foram bem aceitos por seus companheiros, mas no momento mais importante, na exposição de seus argumentos para a criação da Província não recebeu apoio de ninguém. Ficou sozinho.
Depois de Bento Viana o nome de Francisco de Paula e Silva Gomes destacou-se no cenário político do separatismo. Segundo Romário Martins: “... ele trazia à baila os seus argumentos sobre as necessidades da criação de uma nova província em Curitiba, necessidades nacionais de ordem política, econômica e militar”. Silva Gomes morreu assassinado por um índio tapuio, que havia sido criado como seu filho.

Concluindo a trilogia dos heróis da criação da Província do Paraná está Manoel Francisco Correia Júnior, um ilustre parnanguara que, dentre outras coisas, para a consolidação da Comarca de Curitiba em Província, em 1842, por conta da Revolução Paulista “armou, fardou e manteve à sua custa um batalhão legalista” Romário Martins, História do Paraná, pág. 328. Correia Júnior havia recebido promessa da alta cúpula militar imperial que, se vencida a revolução, transformariam a Comarca em Província. Sobre Correia Júnior escreveu Moreira de Azevedo: “... viu os seus haveres abalados pelos sacrifícios que fez na qualidade de coronel da Guarda Nacional encarregado da defesa da Comarca, ameaçada em 1842 pelos revoltosos de São Paulo.

Segundo Romário Martins a ação política de Correia Júnior foi obscurecida por João da Silva Machado, então encarregado das providências militares da Comarca de Curitiba. Silva Machado não teria, em suas correspondências ao Presidente da Província de São Paulo, se referido às ações desprendidas de Correia Júnior. Silva Machado, o futuro Barão de Antonina omitiu injustamente o serviço ideológico de Correia Júnior, que havia investido sua fortuna nesta empreitada, tendo-a perdido, ficando sem seus bens, sem prestígio e sem amigos.

O patrono da Província acabou sendo João da Silva Machado, um tropeiro gaúcho de excepcional visão política e empresarial. Sobre De Silva Machado o historiador Romário Martins diz o seguinte: “Sua presença em Curitiba por ocasião da revolta de Sorocaba (1842) lhe inspirou duas resoluções que ele levou a cabo com completo sucesso: a de apossar-se de latifúndios por todas as partes da Comarca e a de conseguir a elevação desta à categoria de Província e fruir os proventos políticos que daí adviriam. Não houve região alguma da Comarca vastíssima onde ele não registrasse uma posse de terras escolhidas entre as melhores. Não houve também, é justo que se diga, esforço que não desprendesse no sentido de congregar prosélitos para a causa da separação e constituição da Província. Todas as honras e proventos lhe couberam no dia da vitória. A Comarca fê-lo barão de Antonina. A Província fê-lo senador”.

Sanção da Lei nº 704, de 1853 - Finalmente, em 29 de agosto de 1853, o decreto aprovado pelas duas casas legislativas é sancionado pelo Imperador D. Pedro II, tornando-se lei, criou a Província do Paraná.

Lei nº 704, de 29 de agosto de 1853 -
Eleva a comarca de Curitiba na Província de S. Paulo à categoria de Província, com a denominação de — Província do Paraná.

Art. 1º: A comarca de Curitiba na província de S. Paulo fica elevada à categoria de Província, com a denominação de — Província do Paraná —. A sua extensão e limites serão os mesmos da referida comarca.

Art. 2º: A nova Província terá por Capital a Cidade de Curitiba, enquanto a Assembléia respectiva não decretar o contrário.

Art. 3º: A Província do Paraná dará um Senador, e um Deputado à Assembléia Geral; sua Assembléia Provincial constará de vinte Membros.

Art. 4º: O Governo fica autorizado para criar na mesma Província as Estações fiscais indispensáveis para a arrecadação, e administração das Rendas gerais, submetendo depois o que houver determinado ao conhecimento da Assembléia Geral para definitiva aprovação.

Art. 5º: Ficam revogadas as disposições em contrário.

Segundo Ruy Christovam Wachowicz, em História do Paraná, pág. 119 “... no processo de emancipação da Comarca, não houve participação da população nem sua maior mobilização. Tudo se resolveu nos escalões imperiais. A diminuta participação das próprias elites regionais no processo de emancipação, levou as autoridades imperiais a batizarem a nova Província. Recentemente, havia sido criada uma Província no norte do Brasil que teve seu nome tirado do maior rio da região: Amazonas. O mesmo comportamento foi aplicado à Comarca de Curitiba. Sendo o Paraná o maior rio a banhar o território provincial, dele foi extraído o nome da mesma: Paraná”.

A forma como surgiu a denominação do Estado do Paraná foi impositiva. Não houve consenso. Foi uma decisão “de cima para baixo”. Se prevalecesse o bom senso continuaria o nome da antiga Comarca de Curitiba. O primeiro Presidente da Província do Paraná foi Zacarias de Góes e Vasconcellos, que governou de forma brilhante, deixando seu nome marcado pelas ações acertadas de sua administração.

Fontes: Secretaria Estadual de Cultura do Paraná e Universidade do Legislativo Brasileiro - UNILEGIS

Convite: Lançamento de Livro e exposição

Clique sobre a imagem e saiba mais!

LILINHA FERNANDES, A RAINHA DA TROVA DO BRASIL - 120 ANOS DE NASCIMENTO

Por Maria Nascimento Santos Carvalho
Publicado originalmente no Site Recanto das Letras

LILINHA FERNANDES, a Rainha da Trova Brasileira
*24/08/1891 + 08/06/1981
24/08/1891 - 24/08/2011/120 anos

Queridos irmãos de sonhos do Recanto das Letras

No dia vinte e quatro de agosto festejava o seu aniversário natalício a saudosa irmã Trovadora e Rainha da Trova Brasileira, Maria das Dores Fernandes Ribeiro da Silva, que adotou o pseudônimo literário LILINHA FERNANDES.

Era filha de José Lourenço Guimarães Fernandes e de Dona Francisca Julieta Guimarães Fernandes e esposa do talentoso instrumentista , folclorista e desenhista, Maestro Heitor Ribeiro da Silva.

Sagrou-se Rainha da Trova Brasileira no Congresso de Poetas e Cantadores da Bahia, no ano de 1960 e publicou os seguintes livros de Trovas e sonetos: Flores Agrestes (sonetos); Contas Perdidas; Apogiaturas; 100 Trovas de Lilinha Fernandes (Coleção Trovadores Brasileiros); Cigarras de todo ano; Cantigas que só eu canto; (Coleção Trovas e Trovadores) e Cantigas do meu inverno.

Seus trabalhos foram bastante divulgados em Jornais, revistas, programas radiofônicos, antologias, coletâneas etc.

São de Lilinha Fernandes as Trovas abaixo:

Minhas netas, sempre rindo,
são meu alegre evangelho.
Musgo verde revestindo
de esperança, um muro velho.

Bravura é da água da fonte
que, aos tropeços, vem, contente,
vencendo as pedras do monte,
matar a sede da gente !

Se ouvisse o homem da terra,
de Deus o conselho amigo,
em vez de campos de guerra
faria campos de trigo.

Meu coração quando o ninas
com tuas juras de amor,
parece um templo em ruínas,
todo coberto de flor !

Morreu na guerra. Que brilho !
Tem mais um herói a história.
E a mãe, chorando o seu filho,
Amaldiçoa essa glória.

Cheguei, por muito te amar,
a esta perfeição imensa:
o prazer de tudo dar
sem exigir recompensa.

Nos jazigos, pensativos,
os mortos hão de chorar,
sabendo que há muitos vivos
sem ter onde se abrigar.

Vivo tanto a tua vida,
na vida do sonho meu,
que até me sinto esquecida
da vida que Deus me deu.

Não lastime, anjo risonho,
nada ter para sonhar.
Pior que não ter um sonho
é ver um sonho acabar.

“Que levas tu na mochila?”
Diz ao corcunda um peralta.
E o corcunda: - “A alma tranqüila
e a educação que te falta.”

LILINHA FERNANDES, hoje está completando 120 anos de nascida e é uma pena que sejamos tão frágeis e de vida tão curta

Que, por mais inteligente e cultos que sejamos temos que partir para o outro Plano, porque já nascemos com data de validade.

LILINHA FERNANDES, por certo, está festejando o seu aniversário com inúmeros poetas, convidados especiais, num lugar privilegiado, na terra dos bons e dos justos, na Casa Celeste.

Maria Nascimento Santos Carvalho

Programa Nossa História - "158 anos da Emancipação Política do Paraná"

Clique e visualize no tamanho original
O programa "Nossa História" deste final de semana (sábado, 7 da noite e domingo 8 da manhã)transmitido pela rádio E- Paraná AM 630 celebra os 158 anos da Criação do Paraná.

Foi em 29 de agosto de 1853 que Dom Pedro II assinou o decreto imperial que nos emancipou definitivamente de São Paulo.
Hoje, após todos esses anos, o Paraná ainda luta por várias causas, e os convidados - todos integrantes do Movimento Pró-Paraná-,contarão essa história.

O programa, que está no ar há quase 10 anos, vem contando de forma simples as histórias da nossa história.
A produção e apresentação são de Zélia Sell e Guilherme Nascimento, e pode ser ouvido também pela internet, acessando:
http://www.rtve.pr.gov.br/
e clicando em "rádio AM 630 ao vivo".

É fundada a Academia Campolarguense da Poesia.

Prezados Companheiros,

É com muita satisfação que levamos ao conhecimento de Vossas Senhorias que no último dia onze de agosto na cidade de Campo Largo, Estado do Paraná, tivemos a honra de fundar a Academia Campolarguense da Poesia.

Tal realização só se tornou possível graças aos esforços de um pequeno grupo de abnegados apaixonados pela Poesia, tendo como seu principal organizador e primeiro Presidente eleito o Poeta Miguel Angel Almada.

Levamos a notícia com extremo entusiasmo e certos que podemos dividir esta vitória com todos aqueles que promovem a cultura poética em nosso país.

No decorrer dos próximos dias estaremos formalizando esta nova entidade que já nasce com a missão de aglutinar esforços em prol da cultura campolarguense, cidade da região metropolitana de Curitiba, elo de ligação com os Campos Gerais, Capital da Louça e Terra de Valorosos Artistas.

Por fim, estamos certos que num futuro breve poderemos juntos trabalhar para cada vez mais elevar a cultura poética de nossa pátria.

Atenciosamente,

Maria Olívia Quandt
Diretora de Informática da
Academia Campolarguense da Poesia

Aconteceu em concorrida cerimônia, a posse dos novos acadêmicos da ALB de Mariana/MG

A Academia de Letras do Brasil - ALB-Mariana realizou no dia 20 de agosto de 2011, no auditório do ICHS/UFOP, solenidade de posse de novos acadêmicos efetivos. Na cadeira de nº 23 tomou posse o escritor Paulo José de Oliveira, representando o Município de Formiga, cuja patrona é a Profa. Maria Ruth de Souza Pinto. Na cadeira de n° 24 tomou posse a escritora Creusa Cavalcanti França, representando o Município de Juiz de Fora, cujo patrono é o escritor Murilo Monteiro Mendes. A palestra da reunião solene Letramento Literário e o Acesso à Cultura, foi proferida pela acadêmica Maria Goretti de Freitas.

A acadêmica Magna Campos proferiu discurso de saudação ao acadêmico Paulo José de Oliveira e a acadêmica Angela Togeiro proferiu discurso de saudação à acadêmica Creusa Cavalcanti França. Os neo-acadêmicos receberam saudação especial dos Membros da Academia Infanto-Juvenil de Letras, Ciências e Artes de Mariana que declamaram diversos poemas dos empossandos, emocionando a todos.

Na oportunidade o escritor formiguense Paulo José de Oliveira recebeu o “Diploma Grande Mérito Cultural” da Aldrava Letras e Artes e da Academia de Letras do Brasil – Mariana – MG “pelos relevantes serviços prestados à cultura, contribuindo na construção da história literária, artística e cultural deste país e do exterior.” Paulo José de Oliveira recebeu ainda, a “Medalha Aldrava e ALB-Mariana Mérito Cultural” (foto anexa) também pela atuação na área literária e cultural.

No final, o formiguense Paulo José fez a entrega à presidente da ALB-Mariana Sra. Andréia Donadon um kit contendo lembranças de Formiga, enviado pela Secretaria Municipal de Cultura Prof. Ms. Maria Andrada.

Estiveram presentes na solenidade os acadêmicos, autoridades, estudantes, amigos e familiares dos neo-acadêmicos das três cidades mineiras: Mariana, Formiga e Juiz de Fora. Da família da Prof.ª Maria Ruth Souza Pinto patrona de Paulo José de Oliveira estiveram presentes a sua filha Dra. Ivone Dirk Souza Filogônio e a amiga Maria Heloisa Barros – que são de Belo Horizonte.

Mais detalhes e fotos do evento podem ser vistos no site:
http://www.jornalaldrava.com.br/pag_alb_posse_ago_2011.htm

Aconteceu em Curitiba: Homenagens a Paulo Leminski

Clique sobre a imagem e saiba mais!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dia 25 de Agosto: Homenagem ao Soldado Brasileiro - Trovas, Milonga e Poesia!

Duque de Caxias
O Dia do Soldado é instituído em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), patrono do Exército brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803 que entra na História como "o pacificador" e sufoca muitas rebeliões contra o Império.

BIOGRAFIA:
Marechal de Exército- Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro (25 de agosto 1803 - 7 de maio 1880) "Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Em 22 nov 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar. Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo, em 3 maio 1823, nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura. Com pouco mais de 20 anos, já era capitão e participou, ainda com o Batalhão do Imperador, da Campanha da Cisplatina. Em 2 de dezembro 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a "Balaiada", após o que recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Entrou na História como "O Pacificador" e sufocou muitas rebeliões contra o Império. Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo graduado. Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, que já durava 8 anos, e ao término da qual foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde. Em 1851, foi novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do Sul. Desta feita, para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 junho de 1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez. Em 10 de outubro de 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-de-Exército, assumindo, em 10 de fevereiro de 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços prestados na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu, em 23 março de 1869, o título de Duque - o mais alto título de nobreza concedido pelo imperador. Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes; a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi. Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".

Milonga para um soldado/O jogo da vida

O hei sonhado nesta casa,
entre paredes e portas,
Deus permite que os homens
sonhem coisas que são certas.

O hei sonhado mar afora,
em umas ilhas glaciárias,
que não digam os demais
o túmulo e os hospitais.

Uma de tantas províncias,
do interior foi sua terra,
não convém que se saiba
que morre gente na guerra.

O sacaram do quartel,
Puseram-lhe nas mãos
as armas e o mandaram
a morrer com seus irmãos.

Ouviu as balas arengas
dos vãos generais,
viu o que nunca havia visto,
a neve e as areias.

Ouviu vivas, e ouviu morras
ouviu o clamor da gente,
ele só queria saber
se era ou não era valente.

O soube naquele momento
em que lhe entrava a ferida,
se disse não teve medo,
quando o deixou a vida.

Sua morte foi uma secreta vitória
ninguém se admire que me dê inveja e pena
o destino daquele homem.

Ouviu as balas arengas
dos vãos generais,
viu o que nunca havia visto,
a neve e as areias.

Ouviu vivas, e ouviu morras
ouviu o clamor da gente,
ele só queria saber
se era ou não era valente.

O soube naquele momento
em que lhe entrava a ferida,
se disse não teve medo,
quando o deixou a vida.
Autor: Jorge Luis Borges

Trovas em homenagem ao dia do Soldado:

Soldado não faz só guerra
soldado também faz paz.
Pois, ele honra nossa terra
com orgulho do que faz.
Adrielle Freitas - Curitiba/PR
O estandarte brasileiro,
Conduziu para a vitória.
Viva o Duque de Caxias!
Grande herói da nossa história!
Camilo Borges Neto - Curitiba/PR
Nobre é a missão do soldado
na defesa da fronteira
patrulhando com cuidado
mantém no alto a bandeira.
Ceciliano Ennes Neto - Curitiba/PR

Oh! Soldado, no teu dia
Tão glorioso e tão valente
O Brasil em ti confia
Cuidando da tua gente.
Elsa Coelho - Curitiba/PR

==
Poesia!
BATALHÃO DA JUVENTUDE
Fahed Daher
®

Batalhão! Às minhas ordens!
Armas erguidas ao sol,
olhando o céu com coragem,
homens de fibra e de escol.

A Pátria nos chama pra luta,
somos de paz e de amor,
mas nesta fé nobre, augusta,
nossa guerra tem valor.

Nos livros também lutamos
e com eles manteremos
toda gloria que queremos
para esta Pátria que amamos.

A glória do combatente
é ter a alma vibrante,
o punho forte, valente
e o coração sempre amante.

Soldado é aquele que ama nossa terra,
os pés soldados neste chão bendito,
se for preciso, no grito de guerra
e na defesa deste céu bonito.

Somos irmãos pelas armas,
irmãos na pena e na enxada,
nos livros e nos motores,
nossa visão projetada
na maravilha das cores
desta bandeira hasteada
com todos nossos ardores.

A nossa ordem do dia
é o grito de rebeldia
contra todo adversário:
descaso, inércia, cegueira,
que desprezam o progresso
e o valor desta bandeira
que é o abrigo deste povo,
irmãos, de qualquer maneira..

Batalhão organizado,
democracia guerreira,
alevantando a bandeira
aguerrida, Brasileira,
Sentido!
No meu comando!.
Nossa tropa desafia
o inimigo onde atacar.
Assina a ordem do dia,
“A juventude escolar..“

Fahed Daher Médico- Apucarana PR
Academia de Letras Artes e ciências Centro Norte do Paraná
Governador 1995/1996 do Distrito 4710 Rotary
Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
AVSPE- Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores

Talentos da Maturidade 2011

Experiência, sabedoria, talento artístico e muitas outras competências. Foi para promover o reconhecimento e a inclusão social de pessoas com 60 anos ou mais que o Talentos da Maturidade foi criado em 1999.

Período de inscrições: De 21 de julho a 30 de outubro de 2011.

Categorias:
1. Artes Plásticas;
2. Literatura;
3. Música Vocal;
4. Fotografia,
5. Programas Exemplares.

Mais informações no clique AQUI!

II Concurso de Poesia Revista Literária - Edição 2011

R E G U L A M E N T O

O Portal Revista Literária, com o apoio da Scortecci Editora e do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, está organizando o II Concurso de Poesia Revista Literária – Edição 2011, para autores brasileiros, maiores de 18 anos, residentes ou não no Brasil.

O Concurso tem por objetivo descobrir novos talentos e promover a literatura. Nesta edição, contemplaremos o gênero POESIA. Com tema livre e inscrição gratuita.

O Portal Revista Literária escolherá uma Comissão Julgadora composta de 5 (cinco) membros de renomado prestígio literário, que fará a análise dos trabalhos e a solução dos casos omissos deste regulamento, se houver.

Inscrições

As Inscrições (gratuitas) poderão ser feitas durante o período de 20 de julho até 15 de setembro de 2011, somente pela internet através do Portal Concursos e Prêmios Literários.

O Autor poderá participar com somente 1 (uma) POESIA, inédita, em língua portuguesa, contendo obrigatoriamente um título. Não há necessidade de pseudônimo.

Prêmio

Os 40 (quarenta) trabalhos selecionados pela Comissão Julgadora serão publicados em Antologia, formato 14 x 20,7 cm, sem custo para seus autores, pela Scortecci Editora.

A título de Direito Autoral, cada autor selecionado receberá 5 (cinco) exemplares da antologia, pelo correio, entregues e de responsabilidade da Revista Literária, pelos Correios.

A publicação da obra será em ordem alfabética, por nome de autor, conforme material entregue pelo autor.


Responsabilidades

Revista Literária:

1) Escolha e Indicação da Comissão Julgadora do II Concurso de Poesia Revista Literária – Edição 2011;
2) Promoção e Divulgação do concurso;
3) Envio e postagem dos exemplares pelo correio para os 40 (quarenta) Autores Vencedores.

Scortecci Editora:

1) Editoração e Impressão da antologia do II Concurso de Poesia Revista Literária – Edição 2011;
2) Inscrições e suporte pela Internet através do Portal Concursos e Prêmios Literários.

Dados Técnicos da obra:

300 (trezentos) exemplares, formato 14 x 20,7 cm, miolo P&B, capa 4 cores em papel 250 gramas, sendo: 200 (duzentos) exemplares para os Autores Vencedores do II Concurso de Poesias Revista Literária – Edição 2011, 50 (cinquenta) exemplares para divulgação, e promoção do evento pela Revista Literária e 50 (cinquenta) exemplares para a Scortecci Editora comercializar ao preço de R$ 25,00 cada, através da Livraria Asabeça.

Autores Vencedores do II Concurso de Poesia Revista Literária - Edição 2011 poderão adquirir exemplares extras, não obrigatório, diretamente com a editora com 40% de desconto.

Cronograma:

Inscrições: 20 de julho a 15 de setembro de 2011
Divulgação do Resultado: Dezembro de 2011
Entrega dos prêmios: Até março de 2012.


Disposições finais:

É vetada a participação de pessoas ligadas à Revista Literária, direta ou indiretamente, de seus parentes em até segundo grau, bem como de todos os envolvidos no processo de julgamento do concurso.

Ao fazer a inscrição, o Autor estará concordando com as regras do concurso, inclusive autorizando a publicação da obra em antologia pela Scortecci Editora e responderá por plágio, cópia indevida e demais crimes previstos na Lei do Direito Autoral.

Inscrições: Clique Aqui


Revista Literária
Scortecci Editora

X Prêmio Literário Livraria Asabeça 2011

A Livraria Asabeça organiza anualmente o Prêmio Literário Livraria Asabeça, com o apoio da Scortecci Editora, para autores brasileiros, maiores de 18 anos, residentes no Brasil. O prêmio tem por objetivo descobrir novos talentos e promover a literatura brasileira e neste ano, em especial, sua edição será comemorativa ao aniversário de 30 anos da Scortecci em 2012. O concurso será dividido em 5 (cinco) prêmios regionais: norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste. O prêmio para o vencedor de cada região será um contrato de edição e publicação de sua obra com a Scortecci Editora.

REGULAMENTO

Inscrições (grátis) até 30 de novembro de 2011.

Gênero: Poesia (Livro inédito).

Ao fazer a inscrição, o Autor concorda com as regras do concurso, autorizando, inclusive, a publicação da obra selecionada pela Scortecci Editora, e responderá por plágio, cópia indevida e demais crimes previstos na Lei do Direito Autoral.

A Livraria Asabeça escolherá uma Comissão Julgadora, composta de três membros de renomado prestígio literário, e uma Comissão Organizadora, que resolverá os casos omissos deste regulamento, se houver.

O candidato poderá participar com 1 (um) livro, inédito, gênero POESIA, de 40 até 60 páginas, formato A4 (210 x 297 cm), texto digitado em Word, espaço 1,5, impresso de um só lado da folha, tamanho 12, fonte Times New Roman ou Arial.

Atenção:

1) Poesias publicadas em Blogs e Sites (menos e-books, com ISBN) são consideradas inéditas e poderão fazer parte da obra.
2) Poesias publicadas em antologias (coletâneas) perdem a condição de inéditas e não poderão fazer parte da obra.
3) Não enviar capa, ilustrações, prefácios, dedicatórias e agradecimentos.
4) Os trabalhos deverão estar em língua portuguesa, o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto.
5) A obra deverá ter obrigatoriamente um título. O autor poderá ou não usar pseudônimo (nome literário).

Deverá enviar junto com a obra (apenas 1 cópia) as seguintes informações:

Nome completo
Pseudônimo (nome literário), se houver
Endereço / Cidade / Estado / CEP
DDD / Telefone
e-mail
Cópia do RG
Cópia do CPF
Cópia de comprovante de residência
Minibiografia de até 20 linhas

Atenção: O original deverá ser enviado por correio, encadernado em espiral, devendo trazer na primeira página os dados do autor conforme relação acima.

Enviar para:
X PRÊMIO LITERÁRIO LIVRARIA ASABEÇA 2011
Caixa Postal 11481
São Paulo, SP
CEP 05422-970

PRÊMIOS

O vencedor de cada região será contemplado com um contrato de edição com a Scortecci Editora de 100 (cem) exemplares (sendo 50 exemplares para comercialização através da Livraria Asabeça e 50 exemplares inteiramente grátis para o autor), com até 60 (sessenta) páginas, formato 14 x 20,7 cm, miolo em preto e branco, com papel branco 75 gramas, Capa coloria com papel cartão 250 gramas, com orelhas e laminação brilhante.

Os livros terão ISBN, Ficha Catalográfica e selo Editorial Scortecci.

A título de Direito Autoral, cada autor receberá 10% (dez por cento) sobre o preço de capa de sua obra, comercializada através da Livraria Asabeça, pelo prazo de 1 (um) ano ou até o término da edição, o que acontecer primeiro.

Cada exemplar da obra será comercializado ao preço de R$ 20,00.

Após o término do contrato, o autor poderá adquirir o saldo dos livros com desconto de 80% sobre o preço de capa. Não havendo interesse por parte do autor, os livros serão distribuídos gratuitamente para bibliotecas e escolas públicas e utilizados para divulgação do próprio Prêmio Literário Livraria Asabeça.

OBSERVAÇÕES

- Os originais não serão devolvidos.
- Os autores vencedores autorizam o uso e veiculação de seu nome e obra pela Livraria Asabeça / Scortecci Editora para fins de divulgação, veiculação e comercialização.
- O resultado do X Prêmio Literário Livraria Asabeça 2011 dar-se-á em fevereiro de 2012 e será publicado oficialmente no Portal Concursos e Prêmios Literários e nos demais sites do Grupo Editorial Scortecci.
- Os autores vencedores deverão entregar à Scortecci Editora o arquivo digital da obra rigorosamente igual ao selecionado pela comissão julgadora.
- É vetada a participação de autores que já tenham recebido prêmio de publicação ou menção honrosa nos concursos: Asabeça e UBE-SP.

CRONOGRAMA

- Inscrições: até 30 de novembro de 2011.
- Divulgação dos vencedores: fevereiro de 2012.
- Lançamento das obras: 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2012, no estande da Scortecci, durante o evento festivo de 30 anos da editora.

MAIS INFORMAÇÕES

Telefones: (11) 3031.3956 ou (11) 3815.1177

Sujeitos Leitores, por Glória Kirinus

Campanha Sujeitos Leitores realizada pelo Colégio Nossa Senhora Medianeira.
Entrevista com a Prof. Glória Kirinus sobre leitura e literatura, assista abaixo ou diretamente no link: http://youtu.be/grGdwVm4SaU

Trovas de Nei Garcez

Trovas sobre Emiliano Perneta (para o centenário de sua coroação como Príncipe dos Poetas Paranaense, aos 20/8/2011)


Luziu, em nosso planeta,
mais uma estrela do esteta,
quando Emiliano Perneta
foi coroado Poeta.

Entre papel e caneta,
com estilo pioneiro,
foi, Emiliano Perneta,
simbolista brasileiro.

Na poesia do planeta,
quanta alegria nos dá,
ter, Emiliano Perneta,
Príncipe do Paraná.

Nosso Emiliano Perneta,
simbolista brasileiro,
fez, dos versos, a muleta,
que o levou ao mundo inteiro.

Viva Emiliano Perneta,
das poesias seletas,
coroado, entre retreta,
o Príncipe dos Poetas.

Nei Garcez

Fliporto 2011

Clique sobre a imagem e saiba mais!

Cooparte convida:

A Cooparte convida os amigos, parceiros e clientes para saboroso café em comemoração aos 3 anos de atividades da Loja Espaço Cooparte.
Data : 24 de agosto de 2011 (quarta – feira)
Horário: 10:00 horas
Local: Espaço Cooparte rua: Mateus Leme, 200 Bairro São Francisco
Contato : Fone 3524-3256
Atenciosamente
Thereza Christina de Araújo Gutierrez
Diretora - Presidente

domingo, 21 de agosto de 2011

Resultado do Concurso Interno de junho da UBT-Curitiba

Tema: SEMBLANTE

Comissão Julgadora:
A. A. de Assis
Prof. Garcia
Vanda Alves

Vencedor
Por mais que eu sofra, querida,
com meus sonhos, sigo adiante:
- A iluminar minha vida
levo a luz do teu semblante.
Luiz Hélio Friedrich

*

Menção Honrosa
Tuas palavras bonitas
eu recordo nesse instante:
promessas que estão escritas
nas linhas do teu semblante.
Janske N. Schlenker

*

Menção Especial
Na penumbra, o teu semblante,
doce e meigo, dá a ilusão,
de ativar, num só instante,
nosso fogo da paixão!
Maurício N. Friedrich


Tema: DEBOCHE

Comissão Julgadora:
A. A. de Assis
Prof. Garcia
Vanda Alves

Vencedor
Passa a vida debochando
- acha que não vai ter troco -.
Estava rindo: Foi quando
nem viu de onde veio o soco!
Janske N. Schlenker

*
Menção Honrosa
Toda coisa tem limite:
parafuso e até deboche!
Havendo graça que incite,
aperte, mas não arroche.
Mário A.J. Zamataro

*
Menção Especial
Debochado, o “seu” capeta
diz no inferno a seu freguês:
- Vais soltar uma gorjeta
ou vais ao fogo, de vez?
Maurício N. Friedrich

Paulo Leminski nasceu a 24 de agosto de 1944

Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, tradutor e professor

Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes. Mestiço de pai polonês com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.
Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezessete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968).

Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista.

Em 1965, tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô.
Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.

Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela.
De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).

Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo A Cor do Som entre 1970 e 1989.Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba, Ivo Rodrigues.
A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.
Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Petrônio, Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima, pois falava 6 línguas estrangeiras (inglês, francês, latim, grego, japonês, espanhol). Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.
Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de escritor, Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos.

Obra poética:
Quarenta clics em Curitiba. Poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires.
Curitiba, Etecetera, 1976. (2ª edição Secretaria de Estado Cultura, Curitiba, 1990.) n.p.
Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
e Ruiz, Alice. Hai Tropikais. Ouro Preto, Fundo Cultural de Ouro Preto, 1985. n.p.
Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
Distraídos Venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994. (2ª edição publicada pela Iluminuras, 2001. 80p.)
Szórakozott Gyozelmunk (Nossa Senhora Distraída) - Distraídos venceremos, tradução de Zoltán Egressy, Coletânea organizada por Pál Ferenc. Hungria, ed. Kráter, 1994. n.p.
O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.
Aviso aos náufragos. Coletânea organizada e traduzida por Rodolfo Mata. Coyoacán - México, Eldorado Ediciones, 1997. n.p.

Obra em prosa:
Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995)
Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995.
Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.

Biografias e ensaios:
Cruz e Souza. São Paulo, Brasiliense. Coleção "Encanto Radical", n° 24, 1985. 78p.
Matsuó Bashô. São Paulo, Brasiliense, 1983. 78p.
Jesus. São Paulo, Brasiliense, 1984, 119p.
Trotski: a paixão segundo a revolução. São Paulo, Brasiliense, 1986.
Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski). Sulina, Porto Alegre, 1990. (2ª edição 1998)ENSAIOS
POE, Edgar Allan. O corvo. São Paulo, Expressão, 1986. 80p. (apêndice)
Poesia: a paixão da linguagem. Conferência incluída em "Os Sentidos da paixão". São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 283-306.
Nossa linguagem. In: Revista Leite Quente. Ensaio e direção. Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, v.1, n.1, mar.1989.
Anseios crípticos (anseios teóricos): peripécias de um investigador dos sentido no torvelinho das formas e das idéias. Curitiba, Criar, 1986. 143p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995) •
Ensaios e anseios crípticos. Curitiba, Pólo Editorial, 1997. n.p.

Traduções:
FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.

Produção musical:
1981- Verdura - Caetano Veloso no disco Outras palavras
1981- Mudança de estação -A cor do Som no disco Mudança de estação
1981- Valeu - Paulinho Boca de Cantor no disco Valeu
1982- Se houver céu - Paulinho Boca de Cantor no disco Prazer de viver
1982- Razão - A Cor do Som no disco Magia tropical
1990- Verdura - Blindagem no disco Blindagem
1990- Se houver céu - Blindagem no disco Blindagem
1993- Mãos ao alto - Edvaldo Santana no disco Lobo solitário
1994- Luzes - Susana Sales no disco Susana Sales
1996- Mudança de estação - A cor do Som no disco Ao vivo no circo

Gravações em parceria (Letras de Paulo Leminski e música dos parceiros)1976- Festa Feira - com Celso Loch no disco MAPA - Movimento de Atuação Paiol
1982- Promessas demais - com Moraes Moreira e Zeca Barreto, gravação por Ney Matogrosso
1982- Baile no meu coração - com Moraes Moreira no disco COISA ACESA
1982- Decote Pronunciado - com Moraes Moreira e Pepeu Gomes no disco COISA ACESA
1982- Pernambuco Meu - com Moraes Moreira no disco COISA ACESA
1983- Sempre Ângela - com Moraes Moreira e Fred Góes no disco SEMPRE ANGÊLA de Ângela Maria
1983- Teu Cabelo - com Moraes Moreira no disco PINTANDO O 8
1983- Oxalá - com Moraes Moreira no disco PINTANDO O 8
1984- Mancha de Dendê não sai - com Moraes Moreira no disco MANCHA DE DENDÊ NÃO SAI
1984- Milongueira da Serra Pelada, O Prazer do Poder, Circo Pirado, Xixi nas estrelas, Cadê Vocês?, Coração de Vidro, Frevo Palhaço, Viva a Vitamina com Guilherme Arantes no disco PIRLIMPIMPIM 2
1985- Alma de Guitarra - com Moraes Moreira no disco TOCANDO A VIDA
1985- Vamos Nessa - com Itamar Assumpção no disco SAMPA MIDNIGHT
1986- Desejos Manifestos - com Moraes Moreira e Zeca Barreto no disco MESTIÇO É ISSO
1986- Morena Absoluta - com Moraes Moreira no disco MESTIÇO É ISSO
1988- UTI - com Arnaldo Antunes, gravado por Clínica no disco CLÍNICA
1990- Oração de um Suicida -com Pedro Leminski, Blindagem no disco BLINDAGEM
1990- Sou legal eu sei - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Não posso ver - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Palavras - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Hoje - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Marinheiro - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Quanto tempo mais - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Legião de anjos - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1991- Lêda - com Moraes Moreira no disco CIDADÃO
1991- Morena Absoluta - com Moraes Moreira no disco OPTIMUN IN HABBEAS COPPUS
1992- Polonaise - com José Miguel Wisnik no disco JOSÉ MIGUEL WISNIK
1992- Subir Mais - com José Miguel Wisnik no disco JOSÉ MIGUEL WISNIK
1993- Alles Plastik - com Carlos Careqa no disco TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS
1993- Freguês Distinto - com Edvaldo Santana no disco LOBO SOLITÁRIO
1993- Custa nada sonhar - com Itamar Assumpção no disco BICHO DE 7 CABEÇAS
1994- Polonaise - com José Miguel Wisnik na trilha sonora do filme ED MORT
1995- O Deus - com Edvaldo Santana e Ademir Assunção no disco TÁ ASSUSTADO? de Edvaldo Santana
1996- Filho de Santa Maria - com Itamar Assumpção, gravado por Zizi Possi no disco MAIS SIMPLES
1996- ODE X - com Marcelo Solla no disco Marcelo Solla
1997- Lua no Cinema - com Eliakin Rufino no disco SANSARA da Sansara
1997- Lêda - com Moraes Moreira no disco 50 CARNAVAIS
1997- Mancha de dendê não sai - com Moraes Moreira no disco 50 CARNAVAIS
1997- Parece que foi ontem - com Bernardo Pelegrini no disco QUERO SEU ENDEREÇO da banda Bernardo ellegrini e o bando do cão sem dono.
1997- Filho de Santa Maria - com Itamar Assunção no disco QUERO SEU ENDEREÇO da banda Bernardo Pellegrini e o bando do cão sem dono.
1998- Legião de Anjos - com Ivo Rodrigues no disco DIAS INCERTOS
1998- Rapidamente - com Ivo Rodrigues no disco DIAS INCERTOS
1995- Filho de Santa Maria - com Itamar Assumpção,Banda Beco no disco BECO
1995- V. de Viagem - com Banda Beco no disco BECO
1995- Peso da Lua - com Banda Beco no disco BECO
1998- Coisas - com Celso Loch no disco VERFREMDUNGSEFFEKT BLUES
1998- Além Alma - com Arnaldo Antunes no disco UM SOM
1998- Dor Elegante - com Itamar Assumpção no disco PRETOBRÁS
1999- Perdendo Tempo - com Antonio Thadeu Wojciechowski / Roberto Prado / Walmor Douglas na trilha sonora do filme BAR BABEL da banda Maxixe Machine
2001- Polonaise II - com Anna Toledo no CD Viva!
2001- A palmeira estremece - com Guca Domenico no disco TE VEJO
2004- Isto - com Carlos Careqa no CD Não sou filho de ninguém
2007 - Além Alma - com Cassyano Correr, pela banda Escola de Robô no disco "um mais um mais"

Literatura infanto-juvenil:
Guerra dentro da gente. São Paulo, Scipione, 1986. 64p.
A lua foi ao cinema. São Paulo, Pau Brasil, 1989. n.p.

Biografias sobre Leminski:
Toninho Vaz. Paulo Leminski - O Bandido Que Sabia Latim. Record, 2001. 378p.

Documentários sobre Leminski:
Werner Schumann. Paulo Leminski - Ervilha da Fantasia (1985) - Documentário de Werner Schumann, com Paulo Leminski, é o mais importante trabalho realizado sobre o poeta. No filme, Leminski fala sobre poesia, cinema, literatura, psicanálise e apresenta a sua obra. Quatro anos depois, ele viria falecer em Curitiba. O documentário está disponivel na íntegra no YouTube (29 minutos).

Estudos sobre a obra de Leminski:
CARVALHO, Tida. O Catatau de Paulo Leminski: descordenadas cartesianas. Cone Sul, 2000.
LIMA NETO, Manoel Ricardo. Caprichos e Relaxos: pequeno percurso para uma poesia de vanguarda. Fortaleza: UFC, 1998. Dissertação de mestrado.
MARQUES, Fabrício. Aço em flor: a poesia de Paulo Leminski. Autêntica Editora, 2001. 135p.
MELO, Marcelo de. Leminski e a Cidade: Poesia, Urbanização e Identidade Cultural. Monografia apresentada ao Curso de História da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1996. 61p.
MOREIRA, Paula Renata. Massa para o biscoito e biscoito para a massa: tensões entre expressão e construção na poética leminskiana. Fortaleza: UFC, 2006. Dissertação de mestrado.
NOVAIS, Carlos Augusto. O rigor da vida e o vigor do verso: o haikai na poética de Paulo Leminski. Belo Horizonte: UFMG, 1999. Dissertação de mestrado.
NOVAIS, Carlos Augusto. As trapaças de Occam: montagem, palavra-valise e alegoria no Catatau. Belo Horizonte: UFMG, 2008. Tese de doutorado.
OLIVEIRA, Fátima Maria de. Correspondência e vida de Paulo Leminski: f(r)icção de (tr)aços ou essa fúria que quer seja lá o que for. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2004. Tese de doutorado.
REBUZZI, Solange. Leminski, guerreiro da Linguagem. 7Letras
SANTANA, Ivan Justen. Paulo Leminski, intersemiose e carnavalização na tradução. São Paulo: USP, 2002. Dissertação de mestrado

HAI KAI (Paulo Leminski)

O ideograma de kawa, "rio", em japonês, pictograma de um fluxo de água corrente, sempre me pareceu representar (na vertical) o esquema do haikai, o sangue dos três versos escorrendo na parede da página..

HAI

Eis que nasce completo
e, ao morrer, morre germe,
o desejo, analfabeto,
de saber como reger-me,
ah, saber como me ajeito
para que eu seja quem fui,
eis o que nasce perfeito
e, ao crescer, diminui.

KAI

Mínimo templo
para um deus pequeno,
aqui vos guarda,
em vez da dor que peno,
meu extremo anjo de vanguarda.

De que máscara
se gaba sua lástima,
de que vaga
se vangloria sua história,
saiba quem saiba.

A mim me basta
a sombra que se deixa,
o corpo que se afasta.

[do livro Distraídos Venceremos]