terça-feira, 2 de agosto de 2011

Congresso Brasileiro de Escritores 2011- São Paulo

Veja aqui os escritores que já confirmaram palestras.

Frei Betto
Palestra: “Os escritores e as ditaduras”
Dia 14/11/2011

Autor de 52 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.

Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias “Batismo de Sangue”. Em 1986 foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o Troféu Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”.

Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007 é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio fundador do Programa Todos pela Educação.

Affonso Romano de Sant’Ana
Palestra: “Ler o mundo: um desafio”
Dia 14/11/2011

Nas décadas de 50 e 60 participou de movimentos de vanguarda poética. Em 1965 publicou seu primeiro livro de poesia, “Canto e Palavra”. Em 1968 participou do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, que agrupou 40 escritores de todo o mundo.

Em 1969 doutorou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais e, um ano depois, montou um curso de pósgraduação em literatura brasileira na PUC do Rio de Janeiro. Foi Diretor do Departamento de Letras e Artes da PUC-RJ, de 1973 a 1976, realizando então a “Expoesia”, série de encontros nacionais de literatura.

Foi cronista no Jornal do Brasil (1984-1988) e do jornal O Globo até 2005. Atualmente escreve para os jornais Estado de Minas e Correio Brasiliense. Algumas de suas obras: O Desemprego da Poesia (ensaio, 1962); Poesia sobre Poesia (1975); Que País é Este? (poesia, 1980); O Canibalismo Amoroso (1984); A Mulher Madura (crônicas, 1986); O Lado Esquerdo do Meu Peito (1993); Fizemos bem em Resistir (1994); Mistérios Gozosos (1994).

Entre os prêmios recebidos: Prêmio Pen-Club; Prêmio União Brasileira de Escritores; Prêmio Estado da Guanabara; Prêmio Mário de Andrade do Instituto Nacional do Livro; Prêmio do Governo do Distrito Federal.

Severino Antônio
Oficina: “Escrever é desvendar o mundo”
Dia 13/11/2011

Doutor em Educação, autor de “A Educação e Conhecimento: uma nova escuta poética”; “O Visível e o Invisível”; “Redação: Escrever é Desvendar o Mundo”; “A menina que aprendeu a ler nas lápides”; “Novas Palavras” (com Emília Amaral e outros); “A Utopia da Palavra”; “A Irmandade de todas as coisas”, dentre outras obras.

Sinopse: Nesta oficina, ao mesmo tempo prática e teórica, faremos experiências criativas com as palavras, a partir das modalidades clássicas de texto. Exercícios de escrever e de ler - criadoramente, com lógica lucidamente, com imaginação.

A linguagem é dimensão da existência. Não pode ser reduzida a instrumento, nem mesmo a ferramenta para fazer ferramentas. Como escreve Otávio Paz, com sabedoria poética, “a palavra é um símbolo que emite símbolos. Pela palavra, o homem é uma metáfora de si mesmo.” A partir destes pressupostos, serão feitas algumas sugestões de redação e de leitura, para despertar a capacidade criadora.

experiências de liberação da linguagem e do pensamento;
experiências de descrição: redescobrindo as coisas a partir da redescoberta da própria capacidade de percepção;
experiências de narração: como redescoberta do gosto de criar enredos e personagens – as narrativas que vivemos, as que escutamos, as que sonhamos;
experiências de dissertação: para recuperar a alegria de pensar, a paixão de questionar o mundo, com diversos jogos lógico-expositivos.

Laura Bacellar
Palestra: “Conversa de uma editora com autores iniciantes”
14/11/2011

Laura Bacellar trabalha em editoras desde 1983. Começou na Editora Paz e Terra como estagiária e já ocupou todas as funções editoriais – de produtora na Hemus a editora chefe na Brasiliense. Fundou e dirigiu o primeiro selo editorial inteiramente dedicado às minorias sexuais, Edições GLS.

Escreveu três livros como ghostwriter e um com seu próprio nome, “Escreva seu livro – guia prático de edição e publicação”, pela Editora Mercuryo. Adaptou seis clássicos do inglês, Robinson Crusoé, Drácula, Sherlock Holmes, Frankenstein, Rei Artur e Caninos brancos para a editora Scipione, tem mais dois no prelo e escreveu uma outra obra infantil, Mini Larousse da educação no trânsito, para a Larousse do Brasil em 2005.

É co-autora, com o índio cariri Tkainã, do livro juvenil Mãe d’água pela Scipione em 2008. No mesmo ano publicou O mercado gls com Franco Reinaudo pela editor Ideia e Ação. Em 2010 lançou A mãe possível – Os caminhos do xamanismo para dissolver a culpa da mãe que não é perfeita com a mestra xamã Carminha Levy.

Dá cursos regularmente para autores e editores em instituições como a Universidade do Livro, ligada à Unesp. Mantém o site www.escrevaseulivro.com.br, que é bastante utilizado por editores para instruir autores que os procuram. Atualmente trabalha como free-lancer para várias grandes editoras e é responsável pela Brejeira Malagueta, www.editoramalagueta.com.br, a primeira editora dirigida a lésbicas do Brasil.

Deonísio da Silva
Oficina: “A arte de narrar. Contos de fada, lendas, Dostoievski ou Machado: por que, como e para quem contamos histórias?”
Dia 13/11/2011

Escritor, Doutor em Letras pela USP, com 34 livros publicados, entre romances e contos (publicados em Portugal, Cuba, Itália, Alemanha, Suécia etc.), além de ensaios e livros infanto-juvenis. Seus livros, constantemente reeditados, foram premiados pelo MEC, Biblioteca Nacional etc. Recebeu também o Prêmio Internacional Casa de las Américas.

Sinopse: O complexo, misterioso e divertido mundo dos contos de fada e das lendas está em A arte de narrar. O escritor Deonísio da Silva desconstrói estruturas narrativas para mostrar aos alunos como foram construídas: quais seus personagens solares, temas, problemas, mensagens etc. Segundo ele, esses são os primeiros passos para se escrever romances. Em seu habitual estilo bem-humorado, ele ensina: “A avó da menina foi abandonada num asilo florestal. (Des)orientando a filha, a mãe avisa, antes de pedir-lhe que vá fazer uma visita à mãe dela: “Cuidado com o lobo!”. Lá chegando, a pirralha encontra o feroz animal vestido com a camisola da vovó. Ela o confunde com a vovó. Afinal, a pimpolha “sofre das vistas” ou a mãe de sua mãe é muito feia e pode ser confundida desse modo? Mas – tcham, tcham, tcham! - vem sempre um homem para salvar a mulher, de preferência devastando a floresta e matando os animais. E este é o lenhador! Ou o caçador, dependendo da versão”. Mas, esclarece: “Não é assim que a história vem sendo lida para e pelas crianças há vários séculos. A leitura é outra! E por quê?”.

A Oficina vai durar duas horas e os textos utilizados pelos alunos serão fornecidos em forma eletrônica ou impressa.

Mouzar Benedito
Palestra: “O Saci como ícone de identidade nacional na literatura”
Dia 14/11/2011

Mineiro de Nova Resende. Jornalista e geógrafo, foi engraxate, aprendiz de barbeiro e de seleiro, caixeiro, calculista, técnico em contabilidade, pesquisador de cultura popular, professor, tradutor de teatro e de livros etc.

Trabalhou ou colaborou em cerca de trinta jornais e trinta revistas. Participou da fundação dos jornais Versus e Em tempo e colaborou em várias outras publicações alternativas. Tem 22 livros publicados e participou de três coletâneas. No início da década de 1980, produziu a versão brasileira (em parceira com Henfil) da revista Mafalda, de Quino, pela Global Editora.

Sinopse: Estamos numa fase em que o brasileiro vem perdendo progressivamente o que Nelson Rodrigues chamava de “complexo de vira-lata”. E o que propomos é isso: uma afirmação da literatura brasileira, que inclui a abordagem de temáticas brasileiras, o uso de um vocabulário brasileiro e até a “antirreforma” ortográfica.

Mas o que tem o Saci com isso?

Em 1917, Monteiro Lobato passeava pelo Jardim da Luz, ponto de encontro da burguesia paulistana, e viu estátuas de nibelungos, fadas, gnomos... E concluiu: parece que estamos perto do Polo Norte! Perguntou: cadê o Saci? Cadê a Iara? Cadê o Curupira?

Foi para a redação do Estadinho (vespertino do Estadão) e pediu que os leitores escrevessem contando se nos locais onde moravam tinha Saci e o que ele fazia. Recebeu tantas cartas que publicou um livrão chamado Inquérito sobre o Sacy. E o Saci representa bem o brasileiro: é pobre (nem roupa tem), negro e perneta... e vive alegre, é brincalhão.

Além disso, ele era índio na origem, virou negro e ganhou o gorrinho mágico dos europeus. É mesmo a síntese do brasileiro. É ícone do nosso imaginário. E o que seria da literatura sem o imaginário?

José Eduardo Mendes Camargo
Palestra: “O projeto Usina de Sonhos”
Dia 14/11/2011

Natural de Dois Córregos, Estado de São Paulo, é autor de quatro livros de poesia e administrador de empresas. Empresário do setor agroindustrial, é diretor do Departamento de Integração Regional do CIESP e membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP.

Preside o Instituto Usina de Sonhos - instituição de atividades sócio-culturais que utiliza a poesia como agente de transformação do comportamento humano (reconhecido pela UNESCO e MinC). Realiza anualmente o Festival Internacional de Poesia em Dois Córregos, que neste ano teve a sua 5ª edição.

Sinopse: O Instituto Usina de Sonhos foi criado em 1996 na minha cidade natal, Dois Córregos-SP, com a finalidade de disseminar a poesia entre os estudantes locais das escolas publicas e particulares. Devido ao sucesso que obtivemos, conseguimos o reconhecimento e apoio da UNESCO, e elogios oficiais do Ministério da Educação e Cultura e da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

O projeto foi realizado por seis meses seguidos através de oficinas de poesias com industriários, trabalhadores rurais, detentas da cadeia pública, religiosos, comerciários, estudantes e alunos da APAE.

Nesta palestra exibiremos um documentário de 71 min., produzido pela Bossa Nova Films, que fala sobre a vida de poetas de Dois Córregos, e que será inscrito em festivais nacionais e internacionais.

Jorge da Cunha Lima
Palestra: “Cultura na era digital”
14/11/2011

Advogado, administrador de empresas e jornalista. Como poeta e romancista, tem as seguintes obras publicadas: Ensaio Geral (Ed. Martins), Mão de Obra (Ed. Brasiliense), Véspera de Aquárius (Ed. Paz e Terra) e O Jovem K (Ed. Siciliano). Desempenhou também atividades editoriais para casas como a Editora Senac e Imprensa Oficial do Estado.

Foi diretor do jornal Última Hora e da revista Senhor-Vogue. Na área cultural pública presidiu a Fundação Cásper Líbero, o Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica e o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta (atualmente é vice-presidente).

Como secretário da Cultura do governo Franco Montoro, foi um dos principais responsáveis pela realização do Congresso Brasileiro de Escritores de 1985, tendo dado todo o apoio ao seu alcance.

Blog: blogjorgegedacunhalima4.blig.ig.com.br

A. P. Quartim de Morais
Palestra: “Singularidades do mercado editorial”
Dia 14/11/2011

Jornalista, articulista e editorialista de O Estado de S. Paulo. Elaborou em 1995 o projeto de implantação da Editora Senac São Paulo. Atualmente é também editor-associado da Global Editora, onde coordena a linha de títulos de ficção e não-ficção para comercialização no varejo.

Sinopse : Sob a permanente pressão das transformações impostas pelas novas tecnologias no campo das comunicações e pelo fundamentalismo de mercado decorrente da globalização, a indústria do livro no Brasil enfrenta uma crise de identidade que ameaça colocar em sério perigo o futuro da literatura brasileira.

Como reflexo retardado de um fenômeno que se manifesta pelo menos desde os anos 70 no Primeiro Mundo, o big business editorial brasileiro tem intensificado, a partir da virada do século, a tendência a ser gerido como um negócio qualquer, desconsiderando a responsabilidade social que implica o fato de trabalhar com um produto especial, o livro.

O resultado disso é que as grandes corporações editoriais brasileiras que atuam no segmento trade, que trabalha com conteúdos de interesse geral destinados à venda basicamente nas livrarias, hoje estão muito mais preocupadas com o desempenho comercial do que com o conteúdo dos títulos que lançam.

Enquanto um grande número de escritores iniciantes, e até mesmo daqueles com obras já publicadas, encontram enormes dificuldades para publicar seus livros, as grandes editoras investem centenas de milhares de dólares no pagamento de advances para autores estrangeiros que despontam com sucesso nas listas de mais vendidos no Exterior.

A missão de divulgar a literatura brasileira, principalmente o indispensável trabalho de novos autores, acaba ficando quase que completamente sob a responsabilidade de pequenas e médias editoras ou das casas publicadoras sem fins lucrativos.

Dirce Lorimier e Paulo de Assunção
Palestra: “Projeto Memória da UBE”
Dia 14/11/2011

Dirce Lorimier é crítica literária e ensaísta. Doutora em História Social pela USP. Membro da diretoria da UBE e da Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA. É co-autora dos livros: Meu Nome é Zé, Antologia de Contos da UBE, Inquisição Portuguesa - Tempo, Razão e Circunstância (Prefácio, Lisboa, 2007).

Também é organizadora e co-autora do livro Religiões e Religiosidades - Leituras e abordagens (Arké 2008), dentre outras publicações didáticas. Autora de A Inquisição na América (Arké, 2004).

Ruth Guimarães
Oficina: “Composição de crônica”
Dia 13/11/2011

Romancista, cronista, contista e tradutora.Traduziu grande parte da obra de Dostoieviski, do francês, para a Editora Cultrix. Traduziu, diretamente do latim, também para a Editora Cultrix, “O asno de ouro”, de Apuleio. Como folclorista escreveu livros como “Filhos do Medo”, sob orientação de Mário de Andrade, e “A saga de Pedro Malazarte”. Seu romance de estreia, “Água Funda”, foi lançado em 1946, em São Paulo, no mesmo evento em que foi lançado “Sagarana”, do seu amigo Guimarães Rosa - uma nova edição está em processo de arte-finalização pela Editora 34.

Foi cronista do jornal “Folha de S.Paulo” na década de 60, dividindo espaço, em dias alternados, com Carlos Heitor Cony, Padre Vasconcelos e Cecília Meirelles. Mantém coluna semanal de crônicas no jornal O Vale, de São José dos Campos.

Ocupa a cadeira número 22 da Academia Paulista de Letras desde 2008.

Levi Bucalem Ferrari
Palestra: “O Escritor e a Política”
Dia 14/11/2011

Levi Bucalem Ferrari é professor de ciências políticas, poeta e ficcionista. Participou da resistência à ditadura militar e foi preso político. É membro da Accademia Siculo-Normanna di Cultura di Palermo e Monreale. Coordenou a implantação do Estado de Rondônia e o Programa Estadual de Desburocratização – SP.

Recebeu em 1998 o prêmio Melhores do Ano da Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA, com o livro O seqüestro do senhor empresário. Apresenta o programa Outras Palavras de divulgação literária na Rádio Cultura Brasil.

Presidiu a UBE por três gestões.

Sueli Carlos e Armando Taminato
Palestra: “O Mutirão Cultural da UBE e a importância da palavra falada na comunicação”
Dia 14/11/2011

Sueli Carlos é fonoaudióloga com especialidade em Motricidade Orofacial. Poetisa, pintora, diretora da UBE e coordenadora do Mutirão Cultural da União Brasileira de Escritores. Participação nas coletâneas Poetas da Mário de Andrade, III e Poetas de todos os Cantos.

Armando Taminato é advogado e também coordenador do Mutirão Cultural da UBE.

Antonio Penteado de Mendonça
Palestra: “O papel das Academias de Letras”
Dia 14/11/2011

Antonio Penteado de Mendonça é advogado e professor. Atual presidente da Academia Paulista de Letras. Colunista dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde e Tribuna do Direito.

Apresentador de programas na Rádio Eldorado AM. Tem mais de 2.000 artigos técnicos publicados no Brasil e no exterior. É autor de “Crônica da Cidade”, “Crônicas de Amor e Outras Histórias”, “Um Passeio pela História do Brasil e de São Paulo”, em conjunto com Luiz Gonzaga Bertelli, e “A Cidade em Movimento”.

Estão programadas também duas conferências, na tarde de 14 de novembro:

“Multiculturalidades: a contribuição de várias culturas para a formação da língua portuguesa”

Participantes: Antonio Cabrita, escritor moçambicano, e Maurício Melo Júnior.

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