sábado, 30 de julho de 2011

Uma Trova de Maria da Conceição Fagundes



Trovador, qual gralha azul,
a espalhar boa semente,
tece seu ninho no Sul
e abriga sonhos da gente!
Maria da Conceição Fagundes

AGITO CULTURAL - LAPA-PR - 31 JULHO - DOMINGO

No dia 31 de Julho, teremos Agito Cultural na praça General Carneiro a partir das duas horas da tarde, com várias brincadeiras, oficina de pintura, cama elástica, perna de pau, bambolê e muitas outras atrações para a família!
Sem contar as bandas da Lapa, sempre marcando presença. Desta vez, teremos Acústico2,(pop) Overloud (rock) e Lady Lu (sertanejo universitário).
O Agito Cultural é um projeto da Secretaria de Cultura e Turismo da Lapa-Pr, que acontece desde 2009, e tem o apoio das Secretarias de Comunicação e Educação, e tem por objetivo oferecer uma opção de lazer para as crianças, e ao mesmo tempo, abrir espaço para as bandas da cidade se apresentarem.
Haverá venda de salgados e doces com as barraquinhas da APPA.
NÃO PERCA! Mais uma ótima opção para seu domingo, dia 31 de julho.
O Agito Cultural tem o apoio do SESC Paraná.

Palestra: A Natureza é Poesia

CONVITE
A Academia Feminina de Letras do Paraná em conjunto com o Centro Paranaense Feminino de Cultura promovem a apresentação de poemas organizados em Power Point Slides (pps) pela escritora Lygia Lopes dos Santos.
Tema: Natureza é Poesia

Nesta oportunidade, a poetisa vai contar sobre o seu encanto pela poesia que herdou de seus pais e de seu avô paterno, escritores e poetas. É admiradora de Helena Kolody, grande Musa do Paraná, de quem teve o privilégio de ser aluna no Instituto de Educação.
Lygia constatou que seus poemas exaltam a natureza e que se as paisagens não fossem tão lindas, os grandes poetas não teriam inspiração. A seguir, mostra sua admiração:

“Vendo a natureza poderosa,
o poeta sente a fantasia
da sua vida grandiosa,
plena de intensa harmonia.”

Agradecemos antecipadamente a sua presença.

Teresa Teixeira de Britto
Secretária de AFLP

Data:08 de agosto de 2011
Horário:15h
Local: Centro Paranaense Feminino de Cultura
Rua Visconde do Rio Branco, 1717
Telefone 3232-8123

XII FESTA DO SÃO LOURENÇO

Convite preferencial aos parceiros / colaboradores das festas anteriores

Prezados Senhores:

Reforçando a tradicional parceria da nossa Associação com seus parceiros nos projetos, temos a honra de convidar V.Sa. para a 12ª Festa do São Lourenço, no Parque São Lourenço. Além de Oficinas de Desenhos para as Crianças e Exposições de Escolas, Eventos Esportivos e de Manutenção da Saúde, teremos uma Feira Gastronômica e uma Feira de Artesanato - aberta a artesãos de Curitiba.

Para o sucesso da festa, é fundamental a participação dos patrocinadores.

Aguardamos sua confirmação e desde já agradecemos o seu costumeiro apoio - em busca de um mundo mais sustentável.

Cordialmente,

Cesar Paes Leme
Presidente da AMA São Lourenço

Escritor e crítico Sérgio Rodrigues ministra Oficina de Leitura na BPP

Estão abertas as inscrições para a Oficina de Leitura com o escritor e crítico literário Sérgio Rodrigues. As inscrições devem ser feitas por email, respondendo esta mensagem até 10 de agosto. Os interessados devem enviar um breve currículo e um texto com até dois mil caracteres sobre um romance brasileiro que tenha marcado sua vida de alguma forma. O material será analisado pelo próprio Sérgio Rodrigues.

As aulas acontecem nos dias 24, 25 e 26 de agosto, na Sala de Reuniões da Biblioteca Pública do Paraná, das 14h às 18h. A oficina é gratuita e as vagas são limitadas.

Sérgio Rodrigues é escritor e jornalista, autor, entre outros livros, de Elza, a garota (2009) e Sobrescritos: 40 histórias de escritores, excretores e outros insensatos (2010). Mantém os blogs Todoprosa, sobre literatura, e Sobre Palavras, em que publica crônicas e textos sobre a língua portuguesa, ambos no portal da revista Veja.

Quinta edição
Esta é a quinta edição da Oficina BPP de Criação Literária de 2011. Já passaram pela BPP Humberto Werneck (Crônica), Miguel Sanches Neto (Conto), Marcelo Sandmann (Poesia) e Luiz Ruffato (Romance). Ainda neste ano, mais três oficinas estão programadas: Michel Laub (Narrativa de Ficção), Marcos Damaceno (Texto Dramático) e Eliane Brum (Reportagem). Todas as oficinas são gratuitas, e as informações sobre como se inscrever em cada uma delas são divulgadas pela BPP com antecedência.

Serviço
Oficina BPP de Criação Literária – Leitura, com Sérgio Rodrigues.
De 24 a 26 de agosto de 2011, das 14h às 18h.
Inscrições: 20 de julho a 10 de agosto.
Na Sala de Reuniões, no terceiro andar da Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133, Centro, Curitiba-PR), (41) 3221-4974.
Aulas gratuitas. Vagas limitadas.

7 Expo Lapa - Festival de Inverno da Lapa

Museu Guido Viaro convida: CINEDEBATE – Pioneiros do cinema no Paraná

Clique sobre a imagem e saiba mais!
Quem foram as pessoas que incentivaram e fizeram cinema no Paraná?

A ideia do evento é trazer filmes e personagens importantes para o cinema no estado. Homens e obras que apesar de serem representativos de sua época, hoje raramente são lembrados. E nem só de cineastas o cinema é feito, houve personagens que mesmo não tendo produzido um filme sequer colaboraram com o desenvolvimento e a divulgação do audiovisual, como é caso de David Carneiro.

Durante o evento serão projetados filmes e vídeos produzidos no estado, desde as primeiras filmagens realizadas por Anníbal Requião e João Baptista Groff, a obra de Sylvio Back, o experimentalismo de Valêncio Xavier, até um documentário sobre David Carneiro. Depois da exibição, haverá um debate com pesquisadores e cineastas.

Daiani Fagundes Faraj
Coordenadora de Eventos

Museu Guido Viaro (AMGV)
(41) 3018-6194 / 8856-2815
http://www.museuguidoviaro.blogspot.com/

Programa Nossa História

A nova diretora de rádio da RTVE, Adriana Sydor acaba de informar que, atendendo vários pedidos, o programa "Nossa História",além de ir ao ar aos sábados, 7 da noite, será reapresentado aos domingos ás 8:00 da manhã.
Neste final de semana o tema é "Confrarias", reunindo para uma conversa agradável pessoas apaixonadas por Trens, Máquinas a Vapor, Jogos de Tabuleiro, filme "Jornada nas Estrelas" e Ufologia.
A produção e apresentação são de Zélia Sell e Guilherme Nascimento e o programa também pode ser ouvido ao vivo nesses dias e horários pela internet, acessando:
Fotos e comentários no blog:
http://www.nossahistoriaam630.blogspot.com/

Ciclo de Leituras: Obra Completa de Helena Kolody

Saiba mais clicando sobre a imagem

Agenda - Audiências Públicas - Conselho Estadual.

clique sobre a imagem para visualizar a programação

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Centro de Letras do Paraná: Programação de Agosto/2011

EVOCAÇÃO HISTÓRICA

“A história não é um simples quadro de acontecimentos: é mais, é o verbo feito livro” (Machado de Assis).

Após o tradicional recesso de julho, quando a saudade mais apertava o coração, voltamos às nossas atividades neste tão querido Cenáculo.

O mês de agosto tem um significado especial por assinalar a sanção da Lei nº 704, por Sua Majestade o Imperador D. Pedro II, criando a “Província do Paraná”.

É verdade que nos acostumamos lembrar apenasmente o dia 19, quando o primeiro presidente, Zacarias de Góes e Vasconcellos, fora empossado, olvidando, o que é lamentável, do acontecimento maior.

O Movimento Pró-Paraná, Ente de Integração e Relações Institucionais, criado por inspiração do saudoso jornalista e advogado Doutor Francisco Cunha Pereira Filho, com o apoio de instituições cívicas e culturais, tem promovido ato público de comemoração da efeméride.

Neste ano e neste mês de agosto, a nossa entidade festejará a data magna, homenageando a figura emblemática do grande músico paranaense Bento Mussurunga, autor do “Hino do Paraná”, mercê da apresentação do seu sobrinho neto, o maestro Paulo Torres, regente da Orquestra de Câmera da Pontifícia Universidade Católica de Curitiba.

Por outro lado, homenageará, também, um dos nossos fundadores, Emiliano Perneta, festejando, com o Centro Paranaense Feminino de Cultura e o Instituto Neo-Pitagórico, o centésimo ano da coroação “Príncipe dos Poetas Paranaenses”, o que acontecerá dia 20, na “Ilha da Ilusão”, em pleno “Passeio Público”, como, também, rememorará a “Instituição dos Cursos Jurídicos no Brasil”.

Como se observa, bastante atraente e significativa é a programação, confiando-se que nossos associados compareçam, trazendo os familiares e muitos amigos.

PROGRAMAÇÃO – AGOSTO / 2011.

DIA 02
16:00 HORAS:Reunião da Diretoria e Conselho Fiscal.
17:00 HORAS:Tribuna Livre. Oportunidade para espontânea manifestação dos associados.

DIA 09
17:00 HORAS:Palestra do confrade vice-presidente Paulo Roberto Walbach Prestes.
TEMA: “A poesia no jardim da música popular brasileira”.

DIA 16
17:00 HORAS:Terça da Poesia, a cargo da Academia Paranaense da Poesia.

DIA 20
11:00 HORAS:Homenagem a Emiliano Perneta: “Cem Anos da Coroação como Príncipe dos Poetas Paranaenses”.
Local: “Ilha da Ilusão”, no “Passeio Público”

DIA 23
17:00 HORAS:“Aniversário da Criação dos Cursos Jurídicos no Brasil, por Álvares de Azevedo”.Exposição do confrade Sylvio Magellano.

DIA 30
17:00 HORAS: Homenagem a Bento Mussurunga, como parte das comemorações do “Dia do Paraná”.
Apresentação do maestro Paulo Torres e exibição da Orquestra de Câmara da PUC-PR.

LUIS RENATO PEDROSO
Presidente.

receita de chimarrão: Poesia de Raul Pough

receita de chimarrão:

a cuia, de jaguarão

de encruzilhada, a erva amarga
a água, do camaquã
do uruguai, a bomba prateada

buena chama braseira
de um guasca fogão à lenha;
e uma velha cambona tropeira
que do tempo desdenha

um gaudério de tradição
de alpargatas e bombacha larga;
e perfume flor de maçã
dos cabelos da xirua amada

tudo pronto!
agora, é sorver o sul...
RAUL POUGH
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Conheça mais sobre Raul Pough acessando AQUI!

O VOLUNTARIADO DO BEM, SEMPRE

"O que fazemos por nós mesmos morre conosco, o que fazemos pelos outros permanece e é eterno."

No mundo atual, moderno pela tecnologia de informação, muitas atividades ganham uma dinâmica melhor se os produtos e serviços tiverem, além da original seriedade, uma abrangência infinita de parceiros.

Pela internet é possível se nutrir de redes de voluntariado, cuja finalidade é propiciar uma variedade de atividades com enfoque absoluto ao bem-estar da humanidade. Na medida em que uma ferramenta de primeiros socorros ou rápidas informações é disponibilizada economiza-se energia e se ganha tempo na resolução dos problemas.

De fácil manipulação e utilização, o Planeta Voluntários nasceu com a premissa de fortalecer parcerias, agregar conhecimento e disseminá-lo, seja no eixo social, cultural, científico ou beneficente.

Cada atividade é desenvolvida com a determinação de se buscar caminhos retos e rápidos, com o propósito de atuar na imediata resolução, pois muitas vezes, uma resposta, uma alternativa ou mesmo ou uma sugestão, por simples que seja, pode estar a quilômetros de distância. Com os parceiros e colaboradores se forma um expressivo banco de dados e em poucos minutos se pode atuar na prática através da permuta comunitária. É a forma instantânea de agir e reagir.

Na última década grandes avanços se consolidaram pelas atuações da mídia eletrônica. Muitos casos considerados difíceis foram resolvidos. Encontraram-se pessoas há muito tempo procuradas; dividiram-se ajudas coletivas em prol de vítimas de catástrofes e consegui-se repassar à boa e importante informação. É bem verdade que há muitos instrumentos servindo várias populações hoje em dia. No caso do Planeta Voluntários, além de se caracterizar como uma organização que prima pela absoluta benevolência, há na espinha dorsal dos objetivos um imensurável potencial profissional, utilizando a rede para ser e não para ter.

Paradoxalmente muitas pessoas acreditam que a internet e suas derivações servem para afastar as pessoas. O Plante Voluntários não. Nossa missão é aproximá-las para com efeito somatório dividirmos o que de bem se precisa para que as pessoas tenham dias melhores, anos melhores, uma vida melhor.

Marcio Demari é Empresário em Londrina, Pr. Além de fundador e Presidente do Portal Planeta Voluntários.

Porque ajudar faz bem !
http://www.newsdoplaneta.com.br/

Museu Guido Viaro e Cineclube Espoletta convidam: Exibição do filme " Morte em Veneza"

O CINECLUBE ESPOLETTA E O MUSEU GUIDO VIARO CONVIDAM, DENTRO DO CICLO "REBELDES CLÁSSICOS", PARA A EXIBIÇÃO DO FILME "MORTE EM VENEZA"

DIREÇÃO: LUCHINO VISCONTI
APÓS A EXIBIÇÃO, HAVERÁ UM DEBATE SOBRE O FILME.

30 DE JULHO (Sábado)
17 E 30 HORAS.
Entrada Franca

Local: Museu Guido Viaro
Rua XV de novembro 1348 (esquina com General Carneiro )
Fone: 3018-6194

Daiani Fagundes Faraj
Coordenadora de Eventos
Museu Guido Viaro (AMGV)

Convite de Posse ALB-MARIANA

Para visualizar o convite em seu tamanho original clique sobre a imagem!
Paulo José de Oliveira, Brasileiro nascido em Formiga – MG em 10/09/1962, casado, pai de dois filhos, Turismólogo (Fatur/UNIFOR/MG) e Educador Ambiental (UnB), Técnico em Eventos (Cefet/MG), ativista cultural, escritor, poeta, trovador, com vários trabalhos publicados em livros, antologias, jornais, revistas, sites, promotor de eventos sócio-culturais, organizador e membro de várias entidades, diretor conselheiro da Federação das Academias de Letras de Minas Gerais – FALEMG, da Academia Formiguense de Letras – AFL, do Clube Literário Marconi Montoli – CLMM, membro correspondente da Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA, da Academia de Letras e Artes da Serra – ALEAS, do Clube de Trovadores Capixabas – CTC, entre inúmeras outras. Autor do livro: Do Germinar ao Frutificar (Guia Histórico da Saúde- 2004)

Patrona: Maria Ruth de Souza Pinto, Brasileira nascida em Formiga - MG em 29/09/1920, era escritora, professora, musicista e romancista. Ela publicou os livros de poesias "Rodízios da Vida" (1988) e "Paradoxos do Meu Ser" (1990), e teve participação no livro "Marcas" do Clube Literário Marconi Montoli - CLMM. Falecida em 26/12/1990.
***
Creusa Cavalcanti França . Escritora e poeta, com expressão como ficcionista, ensaísta, trovadora, conferencista. Diplomada em Letras Clássicas, pela Universidade Federal de Juiz de Fora e, em Psicologia pelo CEPA_RJ. Membro Titular Fundador da Academia Juiz-forana de Letras, integrando-lhe a Diretoria, desde a fundação (1982); Fundadora e Presidente do Centro de Estudos Literários – JF (1995); Membro Efetivo da Academia Feminina Mineira de Letras e da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais; da Fluminense de Letras – Niterói – RJ; entre outros silogeus. Agraciada com o “Mérito Cultural” (1999) e “Personalidade Cultural” (2001), pela UBE–RJ; com a Comenda “Henrique Guilherme Fernando Halfeld” e “Pedro Nava”, maiores honrarias concedida pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora; Medalhas Tiradentes, Santos Dumont e Juscelino Kubitschek, pela FALASP. Autora das obras: “Retalhos de Ilusão”; “Memorial Literário”; “Perfís Literários”; “Contemporaneidade Literária”; “Manhãs do Tempo”; “Na Estância da Poesia”; “Na Estética das Horas”; “Horas Azuis”; “Mosaico de Emoções”; “Paisagens do Tempo”. Laureada em Concursos Literários de âmbito nacional e internacional.

Saiba mais em:
http://academialetrasbrasilmariana.blogspot.com/

Palladians apresenta dois recitais raros na Capela Santa Maria

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Maria Nascimento Santos Carvalho presta homenagem à União Brasileira de Trovadores

União Brasileira de Trovadores - UBT -
Campos dos Goytacazes. Concurso de Trovas - 2011

Palestra de Maria Nascimento Santos Carvalho
Presidente da União Brasileira de Trovadores UBT -
Seção Rio de Janeiro

Homenagem à UBT e aos Trovadores Campistas
Data: 18 de junho de 2011.
Local: União Brasileira de Trovadores
Seção Campos dos Goytacazes

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Autoridades presentes,
minhas senhoras, senhores,
inspirados concorrentes,
caros irmãos trovadores:

Vir a Campos é um presente
de valor inestimável,
que, além de deixar contente,
une o útil ao agradável.

Nesta homenagem, senhores,
começarei pelas bases,
destacando trovadores
de Campos dos Goytacazes.

Meus amigos:

Cumprindo uma honrosa missão, volto a Campos dos Goytacazes, cidade que amei desde o primeiro olhar, desde os primeiros passos que dei nesta terra gloriosa e apaixonante.

Como disse, foi amor à primeira vista... Vim aqui aplaudir os irmãos Trovadores premiados no Concurso de Trovas, no ano de 1970, e gostei tanto da cidade e de seus habitantes, que, em vez dos dois dias programados, fiquei 10 dias, na casa do casal Conceição e Décio Cunha, na Rua Marquês de Abrantes. Muitas vezes voltei nos anos seguintes, inclusive para receber o prêmio de primeiro lugar do Concurso de Trovas da Associação de Criadores de Canários Campainha.

Fiz uma palestra no encerramento de um dos eventos trovadorescos, substituindo, por motivo de doença, o saudoso Trovador Luiz Otávio, Príncipe dos Trovadores do Brasil, fundador e Presidente Perpétuo da União Brasileira de Trovadores. Naquela oportunidade, recebi o honroso título de "Namorada dos Trovadores Campistas" e, em consequência, fui transformada numa “Trovadora - poligâmica” (por uma boa causa, é claro...).

Assim, amigos, versando a palestra sobre os Trovadores de Campos, creio estarmos fazendo uma justa homenagem a Campos dos Goytacazes, esta terra acolhedora, de povo solidário e hospitaleiro.

A seleção que será a seguir apresentada foi feita de acordo com os três volumes da “Coletânea Trovadores do Brasil” dos anos 1965, 1967 e 1970, organizada pelo saudoso irmão-trovador Aparício Fernandes. Vejamos:

-Antônio Augusto de Assis (A. A. de Assis): nascido em São Fidélis, é um dos mais notáveis trovadores brasileiros. Ainda bem jovem, criou asas, alçou grandes voos, radicando-se em Maringá/PR onde presta grandes serviços à educação, às letras e à cultura. Escreveu a conhecida “Missa em Trovas”, texto usado oficialmente na celebração de missas solenes nos Jogos Florais e Concursos de Trovas. Recentemente recebeu o título de Cidadão Maringaense por seus indiscutíveis méritos.

Deus fez a Terra... e, ao fazê-la,
deu-lhe o toque comovente:
fez o céu para envolvê-la
num pacote de presente!

-Constantino Gonçalves
Viola dos meus amores,
levo-te pelos caminhos,
para que faças de flores
e estrada que tenha espinhos.

-Denancy Mello Anomal:
Para que possa correr
e alcançar vasto horizonte,
a trova tem que nascer
como nasce a água na fonte.

-Heraldo Lisboa (De Dores de Macabu): Presidente do Grêmio Brasileiro de Trovadores – Seção juvenil, e, posteriormente, sócio da UBT - RJ.

A Maria Aparecida
é moça para se ver:
- Além do nome, a bandida
deixa tudo aparecer...

-José Carlos Guimarães: autor de trovas de rimas simples, consideradas quadras, que raramente eram classificadas nos Concursos e Jogos Florais.

No coração, sendo mancha
de minha ilusão perdida,
saudade é traço marcante
que levo por esta vida!

-Jesy Barbosa: poetisa e cantora, eleita na década de cinquenta “Rainha da Canção Brasileira”.

Quanto mais teu corpo enlaço,
mais padeço o meu tormento,
por saber que meu abraço
não prende teu pensamento.

-Maria de Lourdes Póvoa Bley:
Minha vida... nossas vidas...
algum dia se encontraram
e ficaram tão unidas
que nunca se separaram...

-Pedro Manhães: talvez o Trovador mais conhecido da cidade campista. Era poeta, jornalista, membro da Academia Pedralva de Letras e Artes, do Instituto Campista de Literatura e da UBT – Seção de Campos. Faleceu em 15 de dezembro de 1989.

Ai, amor, doce segredo
que não se vê, mas se sente ...
- razão de um eterno enredo
na vida de toda gente!

-Rodrigues Crespo:
Não me chames de senhor,
que não sou tão velho assim.
E ao teu lado, meu amor,
não sou senhor nem de mim...

-Sílvio Fontoura: Utilizou rima simples numa quadra de excelente qualidade.
Nós todos somos assim,
em qualquer situação:
- Se a razão é contra nós.
nós somos contra a razão.

-Antônio Carlos Teixeira Pinto:
Não consigo, madrugada,
de forma alguma entendê-la:
A cada flor despertada,
ter de morrer uma estrela!

-João Antonio de Azevedo Cruz: aderiu, na maioria da sua obra trovadoresca, as rimas do 1º com o 4º verso e do 2º com o 3º:

Teu nome, posto no meio
da frase, tem a virtude
de dar à frase mais rude
os ares de um galanteio.

-Cid Andrade:
Hei de guardar, na lembrança,
lembranças dos bons momentos...
- Se o meu amor não te alcança,
te alcançam meus pensamentos!

-João Rodrigues de Oliveira: tinha predileção pelas trovas brejeiras.
Sempre foi tão reverente
e tão pegado à etiqueta,
que, quando perde um parente,
só toma cerveja preta.

-João José Marques Tavares:
Se eu ficasse cego, iria
em pouco tempo morrer.
É que, amor, me mataria
a vontade de te ver.

-Phocion Serpa:
A saudade é uma cortina
de tecido singular,
banhada de luz divina,
cor do céu e cor do mar...

-Álvaro Duarte Barcelos: nascido em 1905, sócio fundador da Associação Campista de Imprensa e da Academia Campista de Letras. Na década de 60 já clamava a Deus pelos menos favorecidos.

Ó Deus, por que não condenas
os que esqueceram Teu nome,
e deixam a duras penas
os pobres passando fome?

-Ângela Maria Sarmet Moreira:
Mãe! Tens de neve os cabelos,
alma pura de menina...
Os teus olhos... só por vê-los
o meu olhar se ilumina.

-Durval Coutinho Lobo:
A Vida na solidão
é também felicidade,
quando o amor no coração
se transfigura em saudade.

-Isimbardo Peixoto:
Poemas já fiz diversos
àquela que é meu tormento,
porém meus melhores versos
eu lhe escrevo em pensamento.

-Milton Nunes Loureiro: saudoso Presidente da UBT-Niterói. Realizou 40 Jogos Florais durante suas vitoriosas gestões. Faleceu em 31.01.2011.

Vivo a espera na lembrança,
mas não sei, amor, porque,
já perdi toda esperança
de me esquecer de você.

-Antônio Manoel Abreu Sardenberg: também nascido em São Fidélis. É o criador do conceituado site “Alma de Poeta”, que congrega uma infinidade de obras literárias de autores consagrados. Também, presta um grande serviço à língua pátria, divulgando cultura pela internet. É delegado da UBT-São Fidélis, já tendo realizado vários encontros e concursos literários.

A verdade nos maltrata
nesta lição contundente:
saudade que não se mata,
aos pouquinhos mata a gente.

-Antônio Roberto Fernandes: também natural de São Fidélis, tem, no entanto, sua vida literária e profissional ligada a Campos. Foi o grande incentivador e comandante do “Café Literário”.

Sou feliz! Não vivo ao lado
das estrelas na amplidão,
mas posso ter um punhado
de vagalumes na mão!

Prata Tavares: de Conceição de Macabu, mas radicado em Campos, exerceu a profissão de radialista e jornalista, sendo redator-chefe do jornal “A Cidade”:

Roubei-te um beijo outro dia,
todo nervoso, afobado,
e fazendo-o, quem diria
que roubando fui roubado!

-Sonia Vasconcellos:
No trem do meu casamento
a sogra pegou carona.
Se a vida a dois é tormento,
vida a três é maratona!

-Walter Siqueira: de Quissamã. Foi fundador da Academia Pedralva de Letras e seu Presidente desde a sua fundação, em 1947, até 1954. Membro da Academia Campista de Letras, do Instituto Campista de Literatura e da União Brasileira de Trovadores. Foi, portanto, o quissamaense mais campista que já existiu.

Quando, manhã, bem cedinho,
abrindo os olhos desperto,
através do teu carinho,
vejo logo um céu aberto!

-Latour Neves Silva Arueira: o saudoso Latour Arueira era jornalista atuante. Foi presidente da Academia Pedralva de Letras de Campos de 1972 a 1974 e durante muitos anos presidiu o Conselho Nacional da UBT. Assíduo frequentador das reuniões da UBT-Seção Rio de Janeiro.

Eis que o destino descobre
a sorte que Deus me deu...
Ninguém no mundo é mais pobre
e nem mais feliz do que eu...

-Agostinho Rodrigues: Radicado na cidade de Campos dos Goytacazes, e redator do boletim literário "Navegando na Poesia", de grande sucesso em todo o Brasil.

Minha fonte respeitada,
que eu amava com fervor,
hoje está purificada
junto a Deus, Nosso senhor!

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À Neiva de Souza Fernandes, Trovadora Ilustre e Delegada da UBT – Campos, que, corajosamente idealizou este certame de Trovas, almejamos que realize muitos outros, com o apoio da comunidade campista, para elevar cada vez mais o nome de Campos dos Goytacazes. Como homenagem ao seu desprendimento e dedicação constantes, registramos uma de suas inúmeras Trovas:

Quem me dera alguém pudesse
entender meu sentimento.
Seria a trova uma prece
para o fim do sofrimento!

E eu fui falando ... falando,
quase esquecendo o presente...
Mas volto lhes confessando
o que hoje a minha alma sente...

Permitam - me lhes dizer,
com infinita humildade,
que nem sei como conter
meu grau de felicidade...

Estou realmente encantada
por tudo que me fizeram,
e levo na alma guardada
toda a atenção que me deram.

Em meio a tanta afeição
a minha emoção é tanta
que as frases de gratidão
morrem presas na garganta.

Pela amizade, que fez
maravilhoso o meu dia,
eu partilho com vocês
a minha grande alegria.

Caros irmãos Trovadores:
- Num preito de gratidão,
trouxe-lhes milhões de flores
no jardim do coração.

Que a Neiva, dia após dia,
tendo idéia sempre nova,
como nova estrela guia
guie os destinos da Trova...

Pessoalmente e em nome e da União Brasileira de Trovadores - Seção Rio de Janeiro, cumprimento a querida Irmã Trovadora Neiva de Souza Fernandes, D.D. Delegada da UBT de Campos dos Goytacazes, aos demais dirigentes, sócios, amigos da trova. Agradeço também ao Magnífico Trovador Edmar Japiassú Maia, que me indicou para mostrar esses “Dois Dedos de Trovas”. E a todos que testemunharam a alegria que se reflete no meu semblante e cala em minha alma, finalizo dizendo:

Deus é tão amigo dos poetas que lhes deu inspiração para cantar, em versos, a grandiosidade da Natureza e dotou o “homem comum” de sensibilidade para entender a bendita linguagem do amor e da Poesia ...

Maria Nascimento Santos Carvalho

II JOGOS FLORAIS DE SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA-RJ

CONCURSO DE TROVAS – ÂMBITO NACIONAL – TEMA CRIANÇA.

VENCEDORAS POR ORDEM ALFABÉTICA:
Da criança sem afeto
ao homem de sonhos vãos,
meu brinquedo predileto
sempre esteve em outras mãos!
ARLINDO TADEU HAGEN – Juiz de Fora

Crianças de rua, à espera
de que o porvir lhes sorria,
semeiam grãos de quimera
nos campos da fantasia...
DARLY O. BARROS-SP

No olhar puro da criança,
onde repousa a inocência,
o amor dorme em segurança
e os anjos têm residência!
HERON PATRÍCIO – SP

Cuidado, esposa e marido,
nessas brigas conjugais,
porque o casal sai ferido
e as crianças... muito mais!
JOSÉ OUVERNEY-Pindamonhangaba

A criança pobre insiste...
olha a estátua e não sossega...
e ao ver seus olhos, diz, triste:
-Que pena...a justiça é cega!
THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA-SP

MENÇÃO HONROSA POR ORDEM ALFABÉTICA:

No instante em que é concebida,
entra na história a criança.
Negar-lhe o direito à vida
é um crime contra a esperança!
A. A. DE ASSIS –Maringá

Refúgio manso de outrora
onde eu sonhava, em criança,
o teu colo, mãe, agora,
é somente uma lembrança!
ALMIRA GUARACY REBELO-Belo Horizonte

Sem dúvida, em toda parte,
Naturalmente, não cansa:
Brinca, grita, ri, faz arte...
-criança é sempre criança!
ROBERTO RESENDE VILELA-Pouso Alegre/MG

Todas elas descuidadas,
crianças a cirandar,
são destinos de mãos dadas
que a vida vai separar.
SEBAS SUNDFELD-Tambaú/SP

Na inocência de criança,
muitos sonhos eu tecia,
com os fios da esperança
e as cores da fantasia.
WANDA DE PAULA MOURTHÉ-Belo Horizonte

MENÇÃO ESPECIAL POR ORDEM ALFABÉTICA:

O meu EU sofreu mudança,
uma mudança sem fim.
Só não mudou a criança
que eu fui e que vive em mim!
ADEMAR MACEDO-Natal/RN

Afirmo com segurança:
as lições que marcam mais
a vida de uma criança,
são os exemplos dos pais!...
JOSÉ TAVARES DE LIMA-Juiz de Fora

Nos meus tempos de criança,
construí reinos sem fim...
Hoje é um reino de lembrança
que reina dentro de mim!
MARIA DE FÁTIMA SOARES DE OLIVEIRA-Juiz de Fora

Meu relicário encontrei...
e havia tanta lembrança
que, entre relíquias, achei
os meus sonhos de criança!!!
EDUARDO A. O. TOLEDO - Pouso Alegre

Criança, pingo de gente,
que nos encanta e seduz;
É sempre uma chama ardente
enchendo a casa de luz...
AMAEL TAVARES DA SILVA-Juiz de Fora

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ROBERTO ACRUCHE MANDA O SEGUINTE RECADO:

“Breve estarei enviando o resultado do Estado do Rio de Janeiro.
OBS. Aproveito o ensejo para informar que diante das inúmeras festividades juninas, rancheiradas e festivais que estarão ocorrendo até o final de julho, resolvemos, para maior brilho da solenidade de premiação dos Jogos Florais, adiar esta para os dias 20 e 21 de agosto de 2011.

PEDIMOS AOS CLASSIFICADOS QUE CONFIRMEM COM ANTECEDÊNCIA A PRESENÇA NA SOLENIDADE, PARA QUE POSSAMOS FAZER AS RESERVAS DE HOSPEDAGEM.
BREVE, ESTAREMOS DIVULGANDO A PROGRAMAÇÃO.”
Abraços... Roberto Pinheiro Acruche.
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JOGOS FLORAIS DE CAMBUCI 2 0 1 1 - Resultado Nacional

ÂMBITOS NACIONAL/ INTERNACIONAL

TEMA LIVRE
VENCEDORES (por ordem alfabética):

Ailson Cardoso de Oliveira – Magé/RJ
Diamantino Ferreira – Campos dos Goytacazes/RJ
Messias da Rocha Filho – Juiz de Fora/MG
Campos Sales – São Paulo - SP
Clenir Neves Ribeiro – Nova Friburgo - RJ
Élbea Priscila de Souza Silva – Caçapava/SP
Elen de Novais Félix – Niterói/RJ
Fabiano de Cristo M. Wanderley – Natal/RN
Gilvan Carneiro da Silva – São Gonçalo/RJ
Izo Goldman – São Paulo/SP
José Moreira Monteiro – Bom Jardim/RJ
José Lucas de Barros – Natal/RN
Jorge Roberto de Carvalho – Niterói/RJ
Laérson Quaresma de Moraes – Campinas/SP
Neiva Fernandes – Campos dos Goytacazes/RJ
Olympio da Cruz Simões Coutinho – Belo Horizonte/MG
Pompílio O. Vieira - São Vicente/SP
Relva do Egipto Rezende Silveira – Belo Horizonte/MG
Vanda Fagundes Queiroz – Curitiba/PR
Vera Maria Puget Blanco – Rio de Janeiro/RJ

Fonte: Falando de Trova

III Festival de Poesia Falada de São Fidélis,

A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de São Fidélis divulga o regulamento do III Festival Aberto de Poesia Falada que irá acontecer nos dias 16 e 17 de setembro de 2011. Os trabalhos poderão ser inscritos até o dia 20/08/11.
PREMIAÇÃO:
1º Lugar – 5.000,00 (cinco mil reais)
2º Lugar – 4.000,00 (quatro mil reais)
3º Lugar – 3.000,00 (três mil reais)
Melhor Intérprete – 2.000,00 (dois mil reais)
Menção Honrosa – 1.000,00 (mil reais)

REGULAMENTO:
Realização – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – Prefeitura Municipal de São Fidélis
Modalidade: Poemas Livres (máximo 40 linhas) e Tema Livre
Das Inscrições:
Os trabalhos só poderão ser inscritos via correios e terão que ser postados até o dia 20 de agosto do ano em curso impreterivelmente. Quaisquer trabalhos postados com data posterior serão desconsiderados.
Endereço para postagem:
Biblioteca Municipal Corina Peixoto de Araújo
Praça Guilherme Tito de Azevedo nº 135 – centro
CEP: 28400-000 – São Fidélis – RJ
Das Normas:
a) Os concorrentes poderão participar com no máximo 03 (três) trabalhos. Coloque em envelope maior (um para cada trabalho) o poema digitado em papel A4, em três vias, Times New Roman, corpo 12, usando pseudônimo. Dentro desse envelope, colocar envelope menor (fechado) indicando externamente o Título do trabalho e pseudônimo, e, internamente em papel papel A4, identificação do concorrente: nome e endereço completos, telefone, assinatura e se (possível) e-mail.
b) A4, identificação do concorrente: nome e endereço completos, telefone, assinatura e se (possível) e-mail.
c) Os trabalhos deverão ser inéditos e não poderão ser divulgados por quaisquer meios total e parcialmente até a realização do Festival;
d) Os trabalhos classificados e premiados poderão ser publicados de acordo com a organização do Festival;
e) Serão selecionados 20 dos trabalhos inscritos, que serão apresentados (com interpretação) no dia 16/09;
f) Dez trabalhos serão escolhidos para a grande final no dia 17/09, quando serão conhecidos os 03 (três) primeiros colocados, mais intérprete;
g) Os autores dos trabalhos premiados, bem como os classificados autorizam sua publicação na forma que se fizer necessária;
h) As decisões da Comissão Julgadora serão definitivas;
i) Estarão em julgamento em cada trabalho, o conteúdo poético, a interpretação, a interação poesia, intérprete e público;
j) Nenhuma divulgação relacionada a NÃO realização do evento deverá ser levada em consideração;
k) A prefeitura municipal não se responsabilizará em nada, com transporte e hospedagem dos participantes.

Obs.: poetas inscritos e não residentes em São Fidélis, que não sejam intérpretes de suas poesia , ou que não tenha um intérprete a sua disposição, se desejar, caso alguma de suas poesias seja selecionada, pode autorizar a Secretaria de Cultura e Turismo de São Fidélis, para através de uma Oficina de Poesia Falada selecionar intérprete para sua poesia.

Informe-se/ Participe!
Telefone – (22) 2758 - 6829 e Celular (22) 9906 -6186

46º FEMUP - Festival de Música e Poesia de Paranavaí

43º Concurso Literário de Contos
Dias 18 e 19 de novembro de 2011
PARANAVAÍ – CIDADE POESIA
INSCRIÇÕES ATÉ 26 DE AGOSTO DE 2011.

Regulamento:

01 - Da promoção
O FEMUP é uma promoção da Prefeitura de Paranavaí através da Fundação Cultural.

02 - Da realização
O Festival será realizado nos dias 18 e 19 de novembro de 2011 a partir das 20h no Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa, em Paranavaí-PR.

03 - Dos objetivos
Promover e intensificar intercâmbios de natureza artístico-cultural, além de descobrir e valorizar novos talentos.

04 – Das modalidades
Música, Poesia e Conto.

05 - Das inscrições
a) PODERÃO INSCREVER-SE TODOS OS ARTISTAS RESIDENTES OU NASCIDOS NO TERRITÓRIO NACIONAL;
b) Inscrições abertas até o dia 26 de agosto de 2011; INSCRIÇÕES GRATUITAS.
c) Para inscrição, conta-se a data de postagem dos trabalhos;
d) Cada autor poderá inscrever até 02 trabalhos inéditos, por modalidade;
• MÚSICA: Não será permitida a apresentação de mais de duas músicas pelo mesmo intérprete; As letras das músicas devem ser no idioma português; Não serão aceitos trabalhos na categoria instrumental.
• CONTOS: Não deverão exceder a 10 (dez) páginas.
e) Para a inscrição dos trabalhos, deverão ser enviadas:
• 06 cópias de cada trabalho apenas com o nome da obra e pseudônimo do autor.
• Ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada;
• Para cada modalidade deverá ser preenchida uma FICHA distinta;
• Na modalidade música deverá ser encaminhado apenas 01 CD (gravação de boa qualidade);
• COLOCAR TUDO DENTRO DO MESMO ENVELOPE.
f) O mesmo pseudônimo deve ser utilizado para todos os trabalhos e em todas as modalidades;
g) Os trabalhos devem ser digitados. Não serão aceitos trabalhos manuscritos.
h) TODOS OS TRABALHOS INSCRITOS DEVEM SER INÉDITOS NO FESTIVAL, OU SEJA, O TRABALHO NÃO PODERÁ TER SIDO SELECIONADO EM OUTRAS EDIÇÕES DO FEMUP.
i) Para inscrições na fase Regional, TODOS os envolvidos com o trabalho inscrito deverão residir nas cidades que compõem a Regional de Cultura da AMUNPAR;
j) Os trabalhos deverão ser enviados para:

Fundação Cultural de Paranavaí
Rua Guaporé, 2080 - Cx. P. 511
CEP 87705-120 Paranavaí - PR

Informações:
(44) 3902-1128 - cultura@fornet.com.br

06 - Do julgamento dos trabalhos
Serão formadas Comissões Julgadoras específicas para cada modalidade e as decisões tomadas por essas Comissões serão irrecorríveis.

07 - Da classificação
MÚSICA: 24, sendo 12 da fase Regional e 12 da fase Nacional;
POESIA: 12, sendo 03 da fase Regional e 09 da fase Nacional;
CONTO: 08, sendo 03 da fase Regional e 05 da fase Nacional.
Participam da fase Regional, as cidades que compõem a Regional de Cultura da AMUNPAR.
TODOS OS TRABALHOS CONCORRERÃO EM NÍVEL NACIONAL.

08 - Das apresentações
Dia 18/11/2011 (sexta-feira)
• Leitura dramática dos contos
• 06 músicas da fase Regional
• 06 músicas da fase Nacional
• 06 poesias (Declamação)

Dia 19/11/2011 (sábado)
• Leitura dramática dos contos
• 06 músicas da fase Regional
• 06 músicas da fase Nacional
• 06 poesias (declamação)

09 – Das declamações
• Os declamadores serão escolhidos pela Fundação Cultural de Paranavaí, através do 18º Festival Zé Maria de Declamação;
• A declamação não poderá exceder o tempo máximo de cinco minutos e, para tanto, será permitida a fragmentação do poema.

PARA A CATEGORIA MÚSICA E DECLAMAÇÃO: O ARTISTA QUE NÃO COMPARECER SEM AVISO PRÉVIO DE 30 DIAS, FICA PROIBIDA SUA INSCRIÇÃO NO FESTIVAL SUBSEQÜENTE, SENDO VEDADA SUA PREMIAÇÃO E AJUDA DE CUSTO

10 – Da ajuda de custo
• Música, poesia e conto – Fase nacional: R$ 1.000,00;
• Música, poesia e conto – Fase regional: R$ 500,00;
• Declamação: R$ 300,00;
• Será oferecido, a todos os selecionados que não residem em Paranavaí: Hospedagem e alimentação;
• Os artistas selecionados na fase Regional, que porventura forem para a Nacional, receberão ajuda de custo no valor de R$ 500,00.
• O artista selecionado que não comparecer ao Festival, não receberá a ajuda de custo.

11 – Da premiação
Todos os selecionados receberão:
• 10 antologias FEMUP/2011;
• 01 CD FEMUP/2011/Músicas/Regional;
• 01 CD FEMUP/2011/Músicas/Nacional;
• 01 CD FEMUP/2011/Poesias;
• Troféu “Barriguda”.

12 - Das disposições gerais
• Durante o evento acontecerão diversas atividades como: Leitura dramática dos contos e debates sobre a criação literária e musical com todos os participantes do Festival;
• A Fundação Cultural oferecerá Banda de Apoio a todos os músicos selecionados no Festival.
• Os documentos inscritos no Festival não serão devolvidos. Serão incinerados;
• Vedada a dupla ajuda de custo em caso do autor classificar-se com mais de um trabalho ou em mais de uma modalidade;
• Vedada a inscrição no festival subseqüente ao artista que provocar tumulto, de qualquer ordem, durante o evento;
• Na modalidade música é vedada a utilização de play-back ou qualquer recurso de programação musical, digital, eletrônica, etc., no momento da apresentação;
• Cabe à Comissão Organizadora do Festival responder pelos casos omissos neste regulamento.

CIDADES QUE COMPÕEM A REGIONAL DE CULTURA DA AMUNPAR
Paranavaí, Alto Paraná, Amaporã, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Guairaçá, Inajá, Itaúna do Sul, Jardim Olinda, Loanda, Marilena, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Paranapoema, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Santa C. do M. Castelo, Santa Izabel do Ivaí, Santa Mônica, Santo Antônio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, São Pedro do Paraná, Tamboara e Terra Rica.

FICHA DE INSCRIÇÃO
46º FEMUP - Festival de Música e Poesia de Paranavaí
43º Concurso Literário de Contos
Dias 18 e 19 de novembro de 2011

MODALIDADE:( ) POESIA ( ) CONTO ( ) MÚSICA
(Atenção: Para cada MODALIDADE deverá ser preenchida uma FICHA distinta)

Título do trabalho 1):
Título do trabalho 2):
Nome do autor:
Nome artístico:
Intérprete (no caso da modalidade música):
Pseudônimo:
Endereço:
CEP: Cx. Postal:
Cidade: UF:
Telefones (indispensável) – Comercial:( )
Residencial:( )
Celular:( )
Outro: ( )

E-mail: (indispensável)
________________________________________
AUTORIZAÇÃO

Autorizamos a utilização dos trabalhos relativos à música, conto ou poesia, por nós inscritos no 46º FEMUP, para publicação de livros, CD's ou quaisquer outros meios de divulgação do evento.
Declaramos conhecer e concordar com o regulamento deste Festival.

__________________,_____de____________de 2011.
Assinatura do autor

Para acessar a Ficha de inscrição Clique AQUI!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

UBT-CURITIBA Saúda os Trovadores em seu dia!

Quando a trova ganha espaço,
sente a extensão incompleta,
pois o "muito" ainda é escasso
para a emoção de um poeta.
Vanda Fagundes Queiróz

Hoje 18 de julho comemora-se em todo o Brasil, o Dia do Trovador. A União Brasileira de Trovadores Seção de Curitiba (UBT-Ctba) presta homenagem aos trovadores em seu dia, com as belissimas trovas de Vanda Fagundes Queiróz e Carolina Ramos, mais um breve video com inúmeras trovas exaltando os trovadores além da pesquisa realizada pelo escritor Português Carlos Leite Ribeiro e artigo da lavra de Eliana Ruiz Jimenez que retrata a Trova no Brasil.


O tempo, que não consome
o viço da Rosa, prova
que, Luiz Otávio, o teu nome
perfuma a História da Trova!
Carolina Ramos


Para visualizar o video em seu tamanho origial acesse o link:
http://youtu.be/piXwQGfuQD4

Dia do Trovador
18 de Julho
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro

Trovadores
O termo Idade Média foi criado pelos Europeus no século XVII para expressar a ideia de que entre sua época e a Antiguidade Clássica (Grego e Romana) tinha havido uma obscura fase intermediária. No entanto, entre 600 e 1500, datas que aproximadamente marcam o início e o fim da Idade Média, ocorreram vários fatos importantes que não é possível caracterizar o período de modo tão simplista.
No início da Idade Média, por volta dos anos de 600 a 1050, o nível de realização material e intelectual era baixíssimo. O Camponês vivia miseravelmente. Somente uma minoria leiga e eclesiástica possuía propriedades. Os que não possuíam terras, só tinham uma alternativa, a Servidão. O Feudo era unidade de produção e o Servo achava-se vinculado ao Senhor por uma espécie de contrato que implicava em direitos e obrigações recíprocas. A força militar dos Senhores Feudais estava na Cavalaria. Para pertencer a Cavalaria era preciso ser nobre e para ser nobre precisava ter certos recursos, como cavalo, arreios, armas e ajudantes.
Para serem observadas as habilidades dos Cavaleiros eram organizados Torneios, onde os Cavaleiros tinham o corpo protegido por Armaduras, uma protecção de metal que ia dos pés à cabeça do Guerreiro.
A Ordem dos Cavaleiros de Malta foi fundada em 1099, por Gerard de Tom e tinha por meta encargos militares para defender o Cristianismo da expansão dos Muçulmanos. Em 1880 o Papa Leão XIII concedeu à Ordem a Igreja de São Basílio, em Roma e a Ordem está organizada até os dias actuais em cerca de 40 países e dedica-se à actividade assistencial, com hospitais e asilos no Mundo. O nome Malta vem da ilha para onde foram localizados em 1522, onde permaneceram até 1798, quando a ilha foi conquistada por Napoleão Bonaparte.
No século XII Portugal se constitui numa Nação Independente (1113), época também quando começa o processo de urbanização da Europa, com expansão dos povoados, que se transformam em cidades. Uma característica do homem medieval é que ele vivia imerso no Catolicismo desde o nascimento até a morte.
A Universidade é uma criação medieval. Com esse nome, designava-se uma organização geral de professores e estudantes. Os estudantes contratavam professores e durante quatro anos estudava gramática, lógica e retórica e se passasse nos exames, obtinha o grau de bacharel em artes e para garantir a vida profissional estudava mais alguns anos pra obter o grau de Mestre de Artes e mais tarde o grau de doutor em Direito, Medicina ou teologia. A primeira Universidade foi de Bolonha, na Itália, fundada em 1088.
Trovadorismo: Durante os séculos XII, XIII e XIV, desenvolveu-se em Portugal o Movimento Poético que ficou conhecido por Trovadorismo. Produziam-se Cantigas, que eram poemas feitos para serem cantados ao som de instrumentos musicais como a Flauta, a Viola, o Alaúde e outros. O cantor dessas composições poéticas era chamado de Jogral e o autor recebia o nome de Trovador, daí a denominação dada a esse período de Trovadorismo.
O centro irradiador do Trovadorismo na Península Ibérica (Portugal e Espanha) foi a região que compreende o norte de Portugal e a Galiza. Na Galiza havia a Catedral de Santiago de Compostela, construção iniciada em 1075, famoso centro de peregrinações religiosas que atraía e atrai até hoje, milhares de pessoas.
As Cantigas Medievais era apresentadas com acompanhamento musical. As Letras de Canções feitas pelos Trovadores eram cantadas pelos Jograis. Os Jograis passam a condição de Artistas Ambulantes, animando festas em Cidades, Castelos e Torneios. Hoje os Jograis são os Cantadores de Viola. Hoje milhares de pessoas ouvem nas emissoras de Rádio, músicas que falam dos mesmos temas das Cantigas Medievais: Amores não correspondidos, Saudades, etc...
No Período destacam-se os Trovadores galaico-portugueses da Península Ibérica e os Trovadores de Provença, no sul da França, onde no século XI floresceu um rico movimento poético que se espalhou por toda a Europa.
No Género Lírico eram feitas Cantigas de Amor e de Amigo. Mas nem só de amor falavam os Trovadores, construindo poemas satíricos, as chamadas Cantigas de Maldizer e de Escárnio, atacando e satirizando pessoas.
Novelas de Cavalaria : Os Jograis passam a cantar históricos poemas dos Trovadores, descrevendo romances e duelos e brigas dos Cavaleiros. Surge então as Novelas de Cavalarias cujo texto feito pelo Trovador cantava os combates entre vilões e heróis, raptos de donzelas e final feliz. As novelas de Cavalaria constituem exemplo expressivo da influência dos povos ibéricos na formação da Cultura Brasileira. Trazidas pelos Colonizadores, essas narrativas acabaram se incorporando à nossa cultura popular, principalmente a da Região Nordestina, onde a Literatura de Cordel até hoje reflecte essa influência.

Trovadorismo galaico-português
Na Idade Média, a poesia na Península Ibérica era composta e cantada por jograis, que, nas ruas ou na corte, criavam uma arte que viria a constituir um dos momentos mais fascinantes da História da Literatura. Esta série de textos pretende fazer uma sucinta apresentação acerca das principais figuras do mundo jogralesco: os trovadores, os jograis e as soldadeiras.
É difícil estabelecer com precisão o período de tempo em que se inscreve o Trovadorismo galaico-português. Seu princípio é comummente situado em 1196, provável época em que surgiu a cantiga Ora faz ost' o senhor de Navarra, um cacique político de Johan Soarez de Pávia, o mais antigo registro de que dispomos até o presente momento; quanto ao momento em que a lírica galaico-portuguesa cede lugar à chamada galaico-castelhana, portanto o que seria a época de seu término, geralmente são adoptados critérios não estritamente literários, mas materiais: como observa Giuseppe Tavani, o que ocorre é que a poesia do fim do século XIII e princípio do século XIV foi preservada no chamado Cancioneiro de Baena, compilado por volta de 1430, e passou-se a tomar tudo aquilo que nele está como sendo o corpus da poesia galaico-castelhana, embora haja nele textos muito próximos, temática e formular mente, aos cancioneiros galaico-portugueses (Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa e Cancioneiro da Biblioteca Apostólica Vaticana). De todo modo, em meio ao não pequeno conjunto de dificuldades relacionados a esta datação, é possível adoptar como limite o ano de 1354, uma vez que é este o ano da morte de D. Pedro, o conde de Barcelos, o último representante conhecido deste momento literário em que a influência cultural dos trovadores provençais se fazia notar, seja como modelo (caso, grosso modo, das cantigas de amor), seja como princípio catalisador de uma poesia autóctone (caso, grosso modo, das cantigas de amigo).
No entanto, deixando de lado estas labirínticas discussões, o que importa ressaltar é que o Trovadorismo galaico-português – assim chamado, aliás, devido à linguagem literária adoptada por poetas das mais diversas origens: o galaico-português (ou galego-português) – foi um período literário de riqueza indiscutível, que não apenas nos legou algumas obras de beleza incomparável (como a conhecida cantiga de Martin Codax: "Ondas do mar de Vigo, / se vistes meu amigo? / E ay Deus, se verrá cedo!"), como continua a fascinar alguns dos maiores poetas de nosso tempo – pensemos em Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Cecília Meireles, por exemplo. Mas quem eram aqueles poetas? Como viviam, como se formavam?
Durante muito tempo, acreditou-se havia três tipos de poetas na época do trovadorismo: os trovadores, concebidos como poetas e compositores de origem nobre; os segréis, também nobres, mas que dispunham de poucos recursos, sendo por isso obrigados a lançar mão da poesia e da música como meio de subsistência; e os jograis, artistas de origem não nobre, que sobreviviam tocando e cantando as composições dos trovadores – todos acompanhados pelas soldadeiras, cantoras e dançarinas que se exibiam em suas apresentações. As fontes para o estabelecimento dessas categorias eram as próprias composições dos cancioneiros e a Declaratio de Afonso X, uma composição criada com a finalidade de "organizar" as diferentes categorias do mundo trovadoresco, de maneira a separar as camadas inferiores, como os "cazurros" – jograis que faziam exibições nas ruas e praças, mais ou menos comparáveis aos actuais "artistas de rua", – dos jograis de origem mais nobre ou melhor formação.
Entretanto, mais recentemente, pesquisadores como Valeria Pizzorusso e António Resende de Oliveira têm proposto novas formas de compreensão do mundo jogralesco que resolvem melhor as contradições e incoerências subjacentes a esta análise "tradicional". Ocorre que, embora as cantigas identifiquem o segrel ao jogral, a Declaratio aparentemente o associa ao trovador, ao dizer que este era qualificado, nas cortes, como segrel. Desta forma, passou-se a considerar que o termo "trovador" não é um substantivo, mas um adjectivo que qualifica um tipo específico de jogral. Quanto ao termo "segrel", aparentemente trata-se apenas de um termo utilizado como sinónimo para "jogral", durante um período de tempo específico (meados do século XIII), na região de Castela. O que podemos inferir a partir das pesquisas mais actuais é que o termo "jogral" era utilizado como referência a todos os que ganhavam a vida realizando espectáculos perante um público, utilizando os mais diversos recursos: a música, a literatura, a prestidigitação, as acrobacias etc. Os jograis provavelmente haviam surgido dos antigos artistas que, na Antiguidade, apresentavam espectáculos de mímica e declamações, fosse nas ruas e praças, fosse nos palácios reais. Segundo Ramón Menéndez Pidal, o termo seria derivado de joculator, termo utilizado na Europa, no século VII, para denominar os artistas que se apresentavam para o rei ou para o povo.
Henrique Marques Samyn

Designa-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal durante seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV). No âmbito da poesia, a tónica são mesmo as Cantigas em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as Novelas de Cavalaria. A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a salvação da alma. O maior temor humano era a ideia do inferno que torna o ser medieval submisso à Igreja e seus representantes. São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte reflecte, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso, essa época é chamada de Teocêntrica. As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais, marcando bem a superioridade de uma sobre a outra. O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares Taveirós, provavelmente em 1198, intitulada Cantiga da Ribeirinha. A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram origem ao nome deste estilo de época português. Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o do Vaticano.
As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos: líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e maldizer). Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente, tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.
Cantigas de amor
Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e contactos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso, em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social superior, inatingível. Reflectindo a relação social de servidão, o trovador roga a dama que aceite sua dedicação e submissão.
Cantigas de amigo
Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado (chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes, as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o carácter popular da cantiga de amigo.
Cantigas satíricas
Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e até eles próprios.
Cantigas de escárnio - crítica indirecta e irónica
Cantigas de maldizer - crítica directa e mais grosseira
A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros medievais e também à religião.
A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.

Textos

Cantiga de Amor

Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.

Quando souberem que por vós sofri
Tamanha pena, pesa-me, senhora,
que diga alguém, vendo-me triste agora,
que por vossa crueza padeci,
eu, que sempre vos quis mais que ninguém,
e nunca me quiseste fazer bem,
nem ao menos saber o que eu sofri.

E quando eu vir, senhora, que o pesar
que me causais me vai levar à morte,
direi, chorando minha triste sorte:
"Senhor, porque me vão assim matar?"
E, vendo-me tão triste e sem prazer,
todos, senhora, irão compreender
que só de vós me vem este pesar.

Já que assim é, eu venho-vos rogar
que queirais pelo menos consentir
que passe a minha vida a vos servir,
e que possa dizer em meu cantar
que esta mulher, que em seu poder me tem,
sois vós, senhora minha, vós, meu bem;
graça maior não ousarei rogar.
(Afonso Fernandes)

Cantiga de Amigo

Enquanto Deus me der vida,
viverei triste e coitada,
porque se foi meu amigo,
e disso fui a culpada,
pois que me zanguei com ele
quando daqui se partia:
por Deus, se agira voltasse,
muito alegre eu ficaria.

E sei que andei muito mal
em zangar-me como fiz,
porque ele não o merecia
e se foi muito infeliz,
pois que me zanguei com ele
quando daqui se partia:
por Deus, se agira voltasse,
muito alegre eu ficaria.

Certamente ele supõe
que comigo está perdido,
do contrário, voltaria,
porém, sente-se ofendido,
pois que me zanguei com ele
quando daqui se partia:
por Deus, se agira voltasse,
muito alegre eu ficaria.
( Juan Lopes)

Cantiga de Escárnio

Conheceis uma donzela
por quem trovei e a que um dia
chamei de Dona Beringela?
nunca tamanha porfia
vi nem mais disparatada.
Agora que está casada
chamam-lhe Dona Maria.

Algo me traz enjoado,
assim o céu me defenda:
um que está a bom recato
(negra morte o surpreenda
e o Demónio cedo o tome!)
quis chamá-la pelo nome
e chamou-lhe Dona Ousenda.

Pois que se tem por formosa
quanto mais achar-se pode,
pela Virgem gloriosa!
um homem que cheira a bode
e cedo morra na forca
quando lhe cerrava a boca
chamou-lhe Dona Gondrode.
(Dom Afonso Sanches - Filho de D. Dinis)

Cantiga de Maldizer

Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!

Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!
(João Garcia de Guilhade)

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro - Marinha Grande - Portugal
==
DIA DO TROVADOR
Por Eliana Ruiz Jimenez
Balneário Camboriú/SC

O poeta é detentor de uma sensibilidade aguçada e tem a necessidade de compartilhar a sua visão emocional e os seus sentimentos com as outras pessoas, transformando essas impressões em versos, que podem ser livres, ou em formatos predeterminados, como na trova, por exemplo.

Os versos livres costumam surgir de repente e arrebatam o poeta onde ele estiver. É preciso segurar a ideia, transpô-la imediatamente para o papel antes que o sopro inspirador se dilua e as palavras se percam.

Já a trova é a expressão poética trabalhada. De formato rígido, requer métrica e rimas, além da expressão de um pensamento completo em quatro versos, sendo que o último arremata a reflexão com um grande final.

Habilidoso, o trovador precisa adequar o querer dizer na precisão das sete sílabas tônicas e ainda provocar no leitor a empatia com a saudade sentida, com o coração partido e – por que não dizer? – com as reminiscências que cada um traz consigo.

Audacioso, o trovador elabora a trova com sofisticação, procurando justapor as palavras num encaixe cuidadoso, observando tanto a forma como a sonoridade, procurando a rima inédita, notável. Vale pensar, refazer, pois o que importa é o resultado perfeito.

A trova é, portanto, a ideia sintetizada, a comunicação imediata, que pode trazer tanto um pensamento filosófico como a sabedoria da experiência, o humor ou o lirismo.

Quando finalmente pronta, a trova é como o filho criado, independente, que percorre o mundo levando a mensagem de seu criador.

Nesse oceano de trovas brilhantes, os trovadores são amigos fraternos que, embalados pela mesma inspiração poética, vão compartilhando a vida nos versos, falem eles das dores sentidas ou das alegrias da jornada.

No dia 18 de julho, data de nascimento de Luiz Otávio, responsável pela consolidação do movimento trovadoresco no Brasil, é comemorado o dia do trovador, data em que todos os poetas e admiradores dessa bela e requintada expressão poética relembram o saudoso e querido amigo, principalmente com a leitura de suas belas trovas, tão contemporâneas, que nos deixam a certeza de um homem que viveu à frente de seu tempo e que assim escrevia:

Meus sentimentos diversos
prendo em poemas pequenos.
Quem na vida deixa versos,
parece que morre menos.

*
Pelo tamanho não deves
medir valor de ninguém;
sendo quatro versos breves,
como a trova nos faz bem!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Festividades V Concurso Cidade de Maringá


Aconteceu em Maringá de 24 a 26 de junho próspero passado as festividades de premiação do V Concurso "Cidade de Maringá", o evento promovido pela Academia de Letras de Maringá, reuniu prosadores, poetas e trovadores de diversas regiões do País. Os anfitriões proporcionaram aos presentes momentos de plena magia, de elevação de sentimentos poéticos e de proveitosa convivência.

Abaixo as dez trovas vencedoras do V Concurso, com o tema: Celeiro
grafadas em ordem alfabética.

Nos campos do mundo inteiro
há um contraste que angustia
porque a mão que enche o celeiro
quase sempre é mão vazia!
ARLINDO TADEU HAGEN – BH

Num lar... que falte o sabor
do quitute predileto...
mas, o celeiro do amor
que esteja sempre repleto!
CAROLINA RAMOS - Santos

Os vôos alegres, tristonhos...
Diversidade completa!
Pulsa um celeiro de sonhos
no coração do poeta!
ÉDERSON CARDOSO DE LIMA – Niterói

Coração, velho celeiro,
tanto amou na mocidade
que está cheio, por inteiro,
de sementes de saudade...
HÉRON PATRÍCIO – SP

O meu celeiro está cheio
de feno, alfafa e capim;
e eu, vazio, aqui no meio,
quem sabe farto de mim?
JOSAFÁ SOBREIRA DA SILVA – SP

Da safra não faça alarde,
nem deixe o celeiro aberto,
porque a inveja dorme tarde,
vive atenta... e mora perto!
JOSÉ OUVERNEY – Pindamonhangaba

Decerto é o ventre materno,
com a semente contida,
um abrigo meigo e terno,
celeiro da própria vida.
MÁRCIA JABER DE BARROS MOREIRA – Juiz de Fora

Por tantos celeiros cheios
e tantos pratos vazios,
a vida nos mostra veios
de desumanos desvios!
MARIA HELENA OLIVEIRA COSTA – Ponta Grossa

Lavrador, são tuas mãos
que, em celeiros colossais,
deixam nas pilhas de grãos
as impressões... digitais!
MARIA LÚCIA DALOCE – Bandeirantes

Sem meus filhos ao meu lado,
contemplo, sem alegria,
o celeiro abarrotado
e a casa-grande... vazia!!!
NEIDE ROCHA PORTUGAL – Bandeirantes
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Veja também algumas imagens do evento clicando sobre as imagens:

Maringá

Festa Literaria de Maringá

Parque do Ingá

Virundum, Poesia de Edimo Ginot

Virundum
Edimo Ginot

no rio das margens plácidas
hoje só corre o esgoto
águas podres, águas ácidas
no rio que morreu de desgosto

o povo heróico do grito
grita forte e grita alto
é o grito de um povo aflito
que tem medo de assalto

quis saber do braço forte
que queria a igualdade
hoje está fraco e sem norte
subserviente à caridade

perguntei da mãe gentil
mas seu destino foi nefasto
deixou os filhos que pariu
aos cuidados de um padrasto

procurei a verde floresta
que todo dia é aviltada
achei foi uma grande festa
a celebrar a pátria "amada"

procurei no céu azul
para achar algo imaculado
achei o cruzeiro do sul
sorte ninguém ter roubado

o gigante dorme, não acorda
não solta a corda do lastro
e enquanto dormia, os calhordas
roubaram a vela e o mastro

pátria não é só a terra
é a terra e o povo também
mas não basta o povo que berra
muito reza e diz amém

e ainda há salvadores da pátria
que se revezam a cada dia
prometendo tudo a todos
realimentando a fantasia

fazem discursos pomposos
em crescente demagogia
mas, embaixo do pano, jocosos
aproveitam a mordomia

dizem que não sou patriota
e querem mudar minha visão
eu só digo: não sou idiota
só quero o bem da nação